I - Revenge

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✧Vingança Sangrenta✧

"Na vingança e no amor, a mulher é mais bárbara que o homem."
--- FRIEDRICH NIETZSCHE

"--- FRIEDRICH NIETZSCHE

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Acordei ofegante, sentindo o desespero entalado em minha garganta, e o medo pulsar em minhas veias. Com os olhos embriagados em lágrimas, olhei em volta do meu quarto.
Eu estava desesperada, pois além de não ver outra coisa que não fosse a medrontosa escuridão que pairava no ambiente, eu tinha acabado de ter outro pesadelo daqueles terrivelmente frequentes. Me sentei na cama, encolhi as minhas pernas e apoiei o meu rosto em meus joelhos. Naquele momento eu me permitir chorar, e as lágrimas começaram a escorrer pelas minhas pernas. Havia tempos que eu não me permitia chorar, que eu aprisionava tudo aquilo dentro de mim e fingia está tudo bem. Mas aquele sonho fez minha tristeza transbordar e reiniciou tudo aquilo de novo. Eu estava sozinha no escuro e com medo; aquilo não poderia ficar pior.

Eu era atormentada por aqueles pesadelos todas as noites.  Consequências de um crime que eu não cometi. Eu implorava para que qualquer divindade que me ouvisse, me libertasse daquele tormento, o que era difícil, pois eu sofria com aqueles pesadelos há vários anos e depois de um tempo, eu deixei de acreditar que algo ou alguém me salvaria.  O pior era que eu já estava acostumada com aqueles pesadelos; com acordar no meio da noite e não conseguir mais dormir. Porém mesmo sendo acostumada a viver daquela maneira, eu sentia tudo como se fosse a primeira vez.
Ter uma noite de sono calma e tranquila, para mim era um milagre. Viver sem temer dormir, era uma coisa que eu não conhecia. Aqueles pesadelos, não eram mais que lembranças do que eu já tinha sofrido. Todos nós temos  cicatrizes internas que jamais vão nos abandonar, mas as minhas nunca me permitiram esquecer o que aconteceu. Eu era marcada por um passado obscuro que todos os dias desejava esquecer.
Na maioria do meu tempo eu idealizava o dia em que  voltaria a ser a otimista e alegre Vitória que um dia já fui, mas no fundo eu sabia que aquilo era impossível. Eu jamais voltaria a ser quem eu fui um dia, não me conhecia mais. Tinha mudado completamente. Troquei de nome, de cidade, e não estive presente nos últimos momentos de vida dos meus pais. E jamais me perdoaria por isso.

A luz do sol passou pelas persianas da janela, e iluminou o meu quarto, me fazendo perceber que já era manhã, e que aquela foi mais uma das várias noites em que não dormi.
Me levantei da cama, e andei até o box do banheiro.
Enquanto sentia a água quente descer pelo meu corpo, a terrível sensação de cansaço desaparecia totalmente, como se jamais estivesse estado ali. Minutos depois  saí do banheiro, e caminhei até o closet no canto do quarto e o abri. Fiquei por um pequeno período tempo encarando as diversas variedades de roupas contidas naquele closet. Eu estava em dúvida,  não conseguia decidir o que vestir.  E,  acabei por fim vestindo um vestido preto que descia até os joelhos. Soltei meus cabelos e os escovei, e então fui para o trabalho.

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