XXIII - A traição - Parte 1

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RAFAEL NARRANDO:

Quando eu era mais novo, achava estranho imaginar que em algum momento da minha vida, uma pessoa que eu não conhecia, seria quem eu mais amaria. Me lembro que por volta do meus dezesseis anos, eu assistia à  alguns filmes de romance, e ria de todo aquele roteiro romântico e emocionante. Eu não acreditava que o amor existisse, ou que ele fosse um sentimento tão forte como todos diziam ser. Eu acreditava que todo esse sentimento intenso e incontrolável, não passava de uma atração física, ou de uma conveniência. Depois de um tempo, percebi que na verdade eu não duvidava da existência do amor, mas eu sentia medo. Medo de que eu não fosse correspondido, ou que esse sentimento fosse tão forte que poderia me cegar, medo de que ele me sugasse por completo, fazendo com que eu me tornasse alguém que eu não era. Nos filmes tudo parecia ser muito fácil e bonito, eles sempre mostravam um final feliz, que eram muito exagerados e exorbitantes. Eu sabia que na realidade, as coisas não eram assim. O casal nem sempre ficavam juntos, às vezes eles não tinham final feliz. E isso me amedrontava.
Meu primeiro namoro foi resumido em um total desastre. Meus medos e inseguranças foram colocados à prova, e eu não soube lidar com isso. Meu ciúmes também não ajudaram muito, pois o medo de que alguém poderia me tirar a pessoa por quem eu estava apaixonado --- ou amando ---, fizeram com que eu fosse um pouco controlador em meu primeiro relacionamento, problema que eu resolvi com o passar do tempo.
A maturidade me ensinou e me mostrou como lidar com esses medos, ela me ensinou a superá-los os meus problemas. E tudo isso fez com que, eu não caísse mais em minhas inseguranças.

Senti meu celular vibrar no bolso do meu terno. O busquei em meu bolso, e li a mensagem recém chegada:

" Pronto para o jantar de hoje à noite?" --- Vitória.

Abri um sorriso daqueles em que, só alguém que estava apaixonado conseguia compreender. Balancei a cabeça em negação, e comecei a digitar:

" Claro. Estou muito ansioso para te ver! Já estou com saudades."

Antes que eu pudesse desligar tela do celular e o guardar em meu bolso, ele novamente vibrou, anunciando uma nova mensagem:

" Também estou com muita saudades! Te espero aqui às 20:00, e não se atrase. E antes que eu me esqueça, traga o vinho."

Entrei dentro do carro, mas antes que eu começasse a dirigir, respondi a mensagem de Vitória.

" Ok. Levarei o melhor vinho que eu encontrar. Nos vemos em algumas horas."

Girei a chave na ignição do carro, e comecei a dirigir em direção a minha casa. No caminho parei em uma loja de vinhos, e comprei um dos melhores e mais caros vinhos, que eu conhecia. Aquele jantar seria o nosso primeiro encontro, naquela noite, nós poderíamos ser verdadeiros com os nossos sentimentos, sem nos preocupar se alguém nos veria. Seríamos livres para demostrar o quanto estávamos apaixonados.

Vingança SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora