XIII - Jornalista - Parte 2

84 8 0
                                    

●❯──────── ✦ ────────❮●

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

●❯──────── ✦ ────────❮●


DANIEL NARRANDO:

Eu estava em minha sala, quando  Henrique passou pela porta desesperado. Sua expressão de assustado e preocupado fizeram, com que eu me levantasse da minha mesa, com um pouco de medo. Eu tinha certeza que algo sério tinha acontecido, pois seu espanto era algo realmente preocupante. Logo depois de Henrique entrar em minha sala, Carlos e Arthur também entraram, e assim como eu, eles não faziam ideia do que poderia ter acontecido.

Henrique fechou a porta atrás de sí, e andou em nossa direção.

--- Algo ruim aconteceu! --- revelou Henrique, ao se sentar na poltrona que ficava frente à minha mesa. --- Nós estamos com problemas.

--- O que aconteceu? --- perguntou Carlos.

--- Seja o que for, podemos e vamos resolver! --- exclamou Arthur.

--- Precisamos que você nos conte o que aconteceu, pois somente assim podemos resolver --- falei.

--- Alguém roubou todo o dinheiro da conta da empressa --- Falou Henrique, e todos nós o olhamos surpresos, sem acreditar no que ele dizia. --- E isso não é o pior. Os noticiários já sabem disso, está em todos as plataformas de notícia.

--- Como... isso aconteceu? --- perguntou Carlos.

Todos nós estávamos surpresos, não conseguíamos acreditar no que Henrique dizia. Aquilo era uma catástrofe para empresa, estávamos a ponto de perder tudo.

--- Não sabemos ainda. --- A voz de Henrique saiu baixa e falha.

--- O que faremos agora? --- perguntou Arthur.

--- Podemos pedir um empréstimo ao banco? --- perguntei, encarando-os.

--- Isso está fora de opção! Aquele empréstimo que pedimos messes atrás, ainda não foi pago, e o nosso advogado me ligou mais cedo, para me dizer que o banco está nos processando. Se não pagarmos, perdemos a empressa --- disse Henrique, e mais uma vez todos nós o olhamos sem acreditar no que ele dizia.

--- Nós não temos dinheiro, a empressa foi roubada e nós ficamos falidos de uma dia para o outro. A melhor opção agora é vender a empressa antes que ela seja hipotecada pelo banco --- disse Carlos, ao passar as mãos pelos selvagens e cacheados cabelos.

--- Talvez há uma maneira de não perdemos tudo --- falei, e logo vi todos me olharem com esperança.

--- Qual? --- perguntou Arthur.

--- Podemos passar a empressa para o nome de alguém, e depois que resolvermos a dívida com o banco a pessoa colaca a empressa em nosso nome novamente, porém tem que ser uma pessoa sem parentesco ou conexão afetiva com todos nós. E eu acho que conheço a pessoa perfeita! --- respondi.

--- E podemos confiar nessa pessoa? ---  disse Carlos, com indagação.

--- Claro que sim, ela é muito honesta e eu confio plenamente nela --- respondi.

--- Então vamos fazer isso! --- disse Carlos, ao fechar o seu palitó. --- Marque uma reunião com ela amanhã, estaremos todos aqui quando você for falar com ela, e se ela concordar, já estaremos com os papéis prontos.

--- Ok. Amanhã essa será a primeira coisa que faremos! --- exclamei.

--- Eu vou informar a polícia sobre o roubo o mais rápido possível. Precisamos encontrar o culpado, e assim encontrar o dinheiro ou perderemos tudo --- disse Arthur, ao se levantar da cadeira e ficar frente a mim.

--- Ótimo! --- exclamou Henrique.

--- Daniel, você pode informar nosso advogado sobre a situação, e pedir para que ele faça os documentos de transferência de propriedade? --- perguntou Carlos.

--- Claro, farei isso assim que chegar em casa. --- Carlos se levantou da poltrona, e andou em direção ao meio da sala.

--- Já que está tudo conversado, podemos ir, amanhã será um longo dia --- disse Carlos, indo em direção a porta.

Ao chegar em casa, me joguei sobre a cama. Eu estava cansado, tudo que estava acontecendo parecia ser um terrível castigo, que todos nós merecíamos, afinal, destruímos a vida de uma pessoa. Eu sentia a tensão em meus ombros, suspirei de cansaço e passei as mãos em meus cabelos, os jogando para trás. Fiquei ali alguns minutos, encarando o telhado do meu quarto, enquanto pensava em Vânya.
Seu sorriso inocente, seu olhar penetrante e seus sedutores lábios, eram como um deleite para meus pensamentos. Peguei meu celular em meu bolso, e liguei para ela.

--- Alô? --- Sua voz doce, e provocante ecoou do outro lado da linha.

--- Alô, sou eu Daniel. Eu queria dizer que amanhã preciso conversar com você, é urgente. --- A chamada ficou silenciosa por alguns segundos, mas logo sua desarmante voz voltou à ecoar.

--- Claro! Estarei lá. --- Me levantei da cama, mas permaneci sentado na mesma.

--- Eu também queria saber, se podemos jantar amanhã ou quem sabe fazer outra coisa --- disse, ao me levantar da cama e ir em direção ao box do banheiro.

--- Eu adoraria! --- exclamou ela. --- Nos falamos amanhã? Eu estou muito ocupada no momento.

--- Ok, tchau. Nos vemos amanhã. --- Um bip inaudível substituiu a voz de Vânya, e ele indicava que a chamada foi finalizada.

Dentro do box do banheiro, tomei um banho quente e logo em seguida me joguei sobre a cama, caindo em um sono profundo.

O som alarmante do despertador se dicipou pelo meu quarto, e em uma rapidez quase sobrenatural pulei para fora da cama. Hoje eu tinha que chegar cedo, aquele seria o dia que rebelaria não só o meu futuro, mas também de todos meus amigos. Depois de haver feito minha higiene matinal, e de estar adequadamente vestido, desci para a garagem e dirigi em direção a empressa.
Ao passar pelo local onde Vânya trabalhava, não a vi sentada em sua mesa, e pensei que talvez ela já tivesse em minha sala, mas eu estava enganado.
Ao entrar em minha sala, me deparei com Henrique, Arthur e Carlos já me esperando, andei calmamente até minha poltrona e me sentei.

--- Descobriram algo relacionado ao roubo? --- perguntei.

--- Não, mas o delegado irá nos contar mais tarde o que descobriu até agora--- disse Arthur.

--- Então, onde está sua pessoa de confiança? --- indagou Carlos.

--- Ela ainda não chegou, mas ela irá vir! --- exclamei. --- Enquanto isso, diga-me mais sobre o processo, que está sendo movido contra nós.

--- Parece que se não pagarmos em trinta dias, irão tomar todos nossos bens --- disse Henrique.

--- Isso não vai acontecer. Vamos fazer o que Daniel disse, e preservar nossa empressa --- disse Carlos.

Antes que eu ou alguém pudesse dizer alguma coisa, a porta da minha sala foi aberta, revelando Vânya que adentrou a sala o mais rápido que pode.

--- Bom dia! --- disse ela, ao colocar uma mexa do seu cabelo loiro, atrás da orelha.

Vingança SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora