III - V de vingança

159 16 43
                                    

●❯──────── ✦ ────────❮●

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

●❯──────── ────────❮●

VITÓRIA NARRANDO:

Eu estava sendo forte, porque se não eu tinha desabado. Vê-lo lá, sentando como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse destruído a minha vida foi muito para mim.
Eu não suporto o fato dele levar sua vida tão plenamente, enquanto eu sou atormentada por aquelas lembranças à todo instante. Segurar meu ódio por ele foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz, pois a todo instante eu queria xinga-lo e agredi-lo, mas me controlei. Porque o mal que eles me fizeram sorrindo, eles vão colher chorando.
Como ele pode estar tão em paz depois do que ele me fez? Essa pergunta ecoava pela minha cabeça durante toda a reunião.
Apesar de ter se passado anos suas características e beleza continuavam as mesmas, a única diferença era que agora ele estava mais sério e responsável.
Sai da sala ainda me segurando para não explodir, fui o mais rápido que pude até o banheiro, onde me sentei em uma privada e chorei como uma criança desesperada. Superar era a única coisa que eu queria naquele momento, mas eu sabia que eu jamais iria superar tudo. Há muito tempo eu havia trilhado um caminho sem volta. Um caminho que só me levaria a um lugar ou melhor dizendo a uma coisa, vingança.
Levantei-me e andei até a pia. Lavei meu rosto, e em seguida me olhei no imenso espelho a minha frente. Minha maquiagem estava borrada, e eu não podia sair dali naquela situação, peguei algumas poucas maquiagens em minha bolsa e tratei de retocar toda maquiagem borrada pelas minhas lágrimas. Eu os veria com frequência, eu tinha que me acostumar com as suas desprezíveis presença. Meu celular tocou, eu o peguei em minha bolsa e vi o rosto de Alasca no mostrador. O levei até o ouvido e o atendi.

--- Como está sendo aí em Healdsburg? --- perguntou ela.

--- Um pouco difícil --- respondi, enquanto guardava a maquiagem em minha bolsa.

--- Já encontrou algum amor do passado? Algum homem que te fez sentir uma ardência entre as pernas?

--- Alasca! Meu Deus.

--- O que foi?

--- Você, com essas perguntas.

--- Eu te conheço Vânya. Está acontecendo alguma coisa, me fale o que é.

--- bom, bom --- disse, em tom de rendição. --- Eu reencontrei uma pessoa do passado, mas as coisas não terminou bem entre nós. E ele não me reconheceu.

--- Nossa... --- A chamada ficou em silêncio durante alguns segundos. --- Não fique triste. Deve ser melhor assim.

--- Quem disse que eu estou triste? Ele não lembrar de mim é ótimo para o que eu preciso fazer.

--- E o que você pretende fazer?

--- Não sei. Acho que seguir em frente, sabe? Procurar conhecer novas pessoas --- disse, tentando parecer sincera.

Vingança SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora