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VITÓRIA NARRANDO:
O avião posou na pista de pouso. E os músculos do meu estômago se contrariam, um friozinho na barriga surgiu. Eu estava nervosa, muito nervosa. Eu estava à poucos metros dele, logo estaria em seus braços. Desci do avião, andando em direção ao portão de desembarque. Meus passos eram largos e rápidos, e o som oco do meu salto se chocando contra o chão era o único som que eu ouvia. Entrei na plataforma do meu voo, e lá estava ele, vestido uma calça jeans e uma camiseta branca. Seus cabelos pretos e indomáveis, seus lábios carnudos e rosados, e seu lindos olhos verdes, ah como eu senti falta daquilo.
Ele segurava uma placa quadrada, com meu nome escrito. Quando me viu ele sorriu. Nossa, como eu senti falta desse sorriso de lado, gritou uma voz dentro de mim. Ele girou a placa, exibindo um enorme " Eu Te Amo", que me desarmou de uma maneira intensa.
Andei em sua direção, e o abracei. Seu cheiro delicioso invadiu minhas narinas, seus braços me envolveram.
-- Eu estava com muitas saudades -- murmurei, com a cabeça apoiada em seu ombro.
-- Eu também.
Quando nos afastamos ele me beijou. Beijou como se sua vida dependesse daquilo. Nossas línguas se tocaram, e novamente elas dançaram uma dança lenta e agradável. Em seguida, nós fomos para casa.***
Estávamos sentados no sofá, cada um de nós tínhamos uma taça de vinho tinto nas mãos. Meu corpo estava apoiado no seu, minha cabeça inclinada sobre seu ombro, e suas mãos tocando minhas coxas. Dei um último gole na taça de vinho me dando por satisfeita, e tentei me levantar para colocá-la sobre a mesa de centro. Ao erguer meu corpo para cima, e me curvar em direção a mesa de vidro em minha frente, deixei que o resto do vinho na taça derramassse na camiseta de Rafael.
-- Me desculpe, não foi por querer -- expliquei, colocando a taça sobre a mesa.
-- Sem problemas -- disse ele, levantando-se do sofá. -- Onde posso me limpar?
-- No meu quarto. Fique à vontade. Eu vou ver se acho algo que você possa vestir.
-- Está bem, te espero lá em cima.Ele subiu as escadas, sumindo no corredor que levava ao meu quarto. Me levantei do sofá, andando em direção ao antigo quarto dos meus pais. Talvez ainda houvesse algumas roupas masculinas lá. Entrei dentro do cômodo e abri o closet no canto do enorme quarto. Peguei uma das camisetas do meu pai e em seguida, me coloquei a caminho do meu.
Quando entrei no quarto, Rafael estava inclinado sobre alguns portas retratos. Ele olhava atentamente aquelas fotos, percorrendo mensiosamente cada foto com os olhos. Eu continuei parada, observando aquela cena. Ao notar minha presença, Rafael olhou em meus olhos, e começou andar até mim.
-- Você era linda quando criança. -- Ele riu, e lentamente pegou na nuca.
-- Era? -- disse, e involuntariamente, coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Rafael se aproximou de mim, tocou em meu lábio inferior com seu polegar direito, e delicadamente, deslizou seu dedo ao redor dos meus lábios. Eu olhei em seus olhos, e de repente senti o ar faltar em meus pulmões. Para mim, o tempo havia parado, e algo me mantinha presa ao seu olhar.
Ele colou nossos lábios em um beijo, que no início era lento e delicado. Porém, segundos depois se tornou feroz e incontrolável. Eu sentia uma eletricidade percorrer meus ossos; sentia o sangue quente em minhas veias; a excitação que se espalhava cada vez mais pelo meu corpo, me fazendo ficar eufórica. Rafael colocou a mão em meus seios por cima da blusa, e os apertou, apalpando meus mamilos. Ele deixou a sua mão imóvel, enquanto seus dedos se movimentavam deliciosamente, me fazendo arfar.
Naquele momento enquanto o beijava, eu me senti pronta para me entregar à ele, pronta para ser dele. Foi assim, que me dei conta de que eu o amava mais que qualquer outra coisa, me dei conta de que por ele, eu abriria mão de tudo.
Ainda nos beijando, comecei a desabotoar sua camisa com urgência, e ao me livrar de todos aqueles botões que me impediam de ver e tocar em seu abdômen, eu arranquei a camiseta do seu corpo, o puxando contra mim em seguida. Rafael parou de me beijar brevemente, enquanto colocava as mãos em meus ombros e perguntava, olhando em meus olhos:
-- Você tem certeza? Você realmente quer isso?
-- Sim, eu quero isso. Eu quero você Rafael.
Ele lentamente, desceu o zíper do meu vestido, e em seguida o puxou para baixo, o retirando do meu corpo. Em uma tentiva falha de desabutuar a parte que prendia meu sutiã ao meu corpo, Rafael soltou um suspiro de frustação. Eu ri.
--- Precisa de ajuda? --- perguntei, ao me afastar momentaneamente dele.
--- Talvez ---falou ele, exibindo um sorriso tímido.
Arranquei o meu sutiã e logo em seguida o joguei para longe. Ele voltou a me beijar ferozmente, e em um movimento delicado e lento, me deitou sobre a cama.
Rafael se levantou, ficando em pé ao lado da cama. Ele me olhou gloriosamente deslumbrado, e sem tirar os olhos de mim, retirou sua calça.
Ele tocou levemente em meu abdômen, e suas mãos quentes, fizeram com que o meu corpo se arrepiasse ao sentir o seu toque. Os meus mamilos endureceram, e notando isso, Rafael beijou os meus seios, passando delicadamente sua língua quente e úmida em volta do meu mamilo esquerdo, enquanto a sua mão, acariciava o meu outro seio. Ele subiu, beijando minha clavícula, meu pescoço, percorrendo meu corpo, como um barco percorre um rio.
Mais uma vez ele me beijou, mas dessa vez, diferente das outras, o seu beijo era apaixonado, e ao mesmo tempo quente e incontrolável. Pelo fino e pequeno pedaço de pano que ele vestia, eu conseguia sentir o quanto ele me queria. Deslizei minha mão entre sua pele e o tecido da sua cueca, a retirando de seu corpo. Enquanto fazia isso, foi impossível não tocar em seu pênis avantajado e ereto, e nossa como ele era grande!
Rafael fez o mesmo com a minha calcinha, em seguida ficou sobre mim. Afastando minha perna uma da outra, ele posicionou o seu pau no meu sexo, e lentamente me penetrou. Um gemido meu cortou o ar, e ele permaneceu em silêncio e parado, para que eu me acostumasse com a sensação de sua entrada em mim. Ele começou a se movimentar devagar e em movimentos circulares. E eu gostei daquela sensação, da sensação de recebimento, de prazer. Quando consensual, sexo era maravilhoso.
-- Eu sou seu, completamente seu. Sempre fui, e sempre serei -- sussurrou ele, em meu ouvido. -- Ah Vitória, eu esperei por esse momento desde que te vi pela primeira vez. Eu idealizei ele em minha mente, mas eu jamais pensei que ele podesse ser tão perfeito assim.Ele começou a dar estocadas mais rapidas e firmes, fazendo com que eu cravasse minhas unhas em suas costas enquanto gemia descontroladamente. A cabeça de Rafael estava afundada em meu pescoço, onde ele depositava beijos molhados e suaves. Nossos corpos estavam entrelacados em um nó, que não podia ser desfeito. Agarrados um ao outro, Rafael e eu rolamos pela cama até que, eu ficasse por cima dele. Ele ergueu-se para cima, ficando sentado sobre o colchão. Eu lassei meus joelhos em volta da sua cintura, e ele agarrou meu quadril.
sentada em cima dele, eu passei minhas mãos por cima do seu ombro e em volta do seu pescoço. Eu rebolei meu quadril e arquiei minha cintura, enquanto lançava minha cabeça para traz, soltando leves e arfantes gemidos. Eu me movimentava lentamente sobre Rafael, que beijava minha clavícula e depois os meus seios.
-- Nossa, você é tão apertada -- gemeu ele. -- Eu preciso que você diga, preciso que fale que é minha.
-- Eu sou sua. Totalmente e completamente sua.
O nosso suor escorria e se mistirava por nossos corpos, que se mantinham colado um ao outro. Depois de alguns minutos, ele me jogou sobre a cama, e se curvou sobre mim, sarrando deliciosamente a cabeça do seu pau na minha intimidade. Eu o queria dentro de mim, queria gemer para ele.
-- Por favor... -- implorei, e em seguida ele me penetrou novamente.
Meus gemidos ecoavam descontroladamente por aquele espaçoso quarto, quebrando o delicioso silêncio que havia se fixado. Suas estocadas se tornaram mais rápidas e fortes. Logo o senti estremesser sobre o meu corpo, e escutei sua voz sexy proferir um gemido prazeroso, enquanto ele se esvaziava dentro de mim. Mas, mesmo assim ele não parou, continuou a me penetrar insaciavelmente. Eu apertava a sua bunda descontroladamente, forçando e puxando o seu quadril contra o meu corpo. Eu queria mais, eu precisava de mais.
Nada parecia saciar minha vontade, até que, eu senti minhas pernas tremerem. Meu corpo ficou relaxado e minha respiração pesada. Eu havia me separado em mil pedaços, e cada um deles era dele. O orgasmo percorreu o meu corpo, tornando meus músculos pesados e os fazendo latejar. A seguir, Rafael caiu na cama, ao meu lado, enquanto suspirava pesadamente.
-- Você já se cansou? -- ironizei.
-- Você não? -- disse ele, surpreso. Eu ri. -- Foi bom para você?
-- Foi perfeito!
A luz amarela do abajur banhava seu rosto, iluminando somente a metade da sua face e fazendo com que suas pupilas se dilatassem. Ele me olhou por alguns longos segundos e disse:
--- Eu te amo! Eu te amo como nunca pensei que poderia amar!
Naquele momento tudo parou. Eu não escutava outro som que não fosse o som grave e firme da sua voz. Eu não sentia outro cheiro que não fosse o seu. De repente pareceu que existia somente nós dois no mundo, e que nosso amor era mais forte que qualquer outra força.
Coloquei meu cutuvelo sobre o colchão e escorei minha cabeça em minha mão. Eu olhei em seus olhos, me sentindo sugada por toda aquela paixão que transendia seu olhar.
--- Eu também te amo!
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Vingança Sangrenta
Mystery / ThrillerA corretora Vitória Gomes vivia sendo atormentada por lembranças de um passado terrível, e não importava o que fazia ou para onde ia, ela sempre voltava para aquela casa, naquela noite. Mudar de identidade e cidade não foi suficiente para fazer co...