Distorting - A Linha Do Tempo.

27.Batendo de Frente

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Os paramédicos me colocaram em uma maca logo que chegaram, tudo ao meu redor começou ficar mais claro conforme seguíamos em direção a saída, pisco tomando consciência do que aconteceria se não fizesse nada. Visões e mais visões de Bella morta invadem minha cabeça, grito sem perceber me debatendo. Ele vai... ele vai matar Bella!

— Jasper. — gritou rouca, me encolho de dor gemendo. — Bella, ela corre perigo. — Soluço.

— Moça, por favor tente ficar quieta. — Pede o paramédico, agarrando minhas pernas que não param de chutar o ar.

Procuro Jasper pelo corredor de pessoas, não consigo vê lo em lugar nenhum. Deve estar do lado oposto do aeroporto ainda esperando Bella sair do banheiro. Ela já deve ter pego o ônibus. Firmo minhas mãos na maca tentando me erguer, sou empurrada para baixo de novo, pedindo para ficar parada.

A luz forte do sol queima meus olhos, esfrego os mesmos vendo borrões, reconheço as luzes piscantes da ambulância. Fecho os olhos, outra visão bate com tudo, Bella está gritando com medo, James está a encurralando... Abro os olhos pulo da maca, meus braços são agarrados pelos dois homens.

— Mulher! — grita um deles quando dou uma cotovelada em seu estômago — está louca?

— Por favor! — Grita outro me agarrando pela cintura, minha tontura volta com tudo me fazendo cuspir mais sangue.

Piso forte em seu pé batendo, me debato gritando alto, jogo meu corpo para trás batendo minha cabeça contra a dele, me libertando.

Corro o mais rápido que consigo, perdendo o fôlego rapidamente. Tropeço caindo com tudo no asfalto quente. Firmo minhas mãos no chão quebrando as unhas. Preciso achar Bella antes que seja tarde demais, levanto apoiando minhas mãos no carro ao lado. Onde está aquela maldita Mercedes? Vago meus olhos pelo estacionamento enorme.

— Moça! Volte aqui! — Grita um paramédico correndo em minha direção, levando minha mão tapando o sol.

Que Deus me dê forças, respiro fundo e corro, um passo de cada vez, corro procurando pelo carro preto, apoio minhas mãos em um veículo virando para o outro lado. Consigo ouvir os passos atrás de mim, são mais rápidos do que eu.

— Precisamos de uma camisa de força. — Grita um paramédico, quase alcançando meus passos.

Pulo por cima de um murinho caindo de bunda do outro lado, firmo minhas mãos no carro da frente, seguindo. Caminho depressa, olho pra trás, um deles sobe em cima do murinho, pulando também. Seu olhar é de desespero. Corro sentindo o vento fresco no cabelo, jogando com força para trás, colando a roupa no meu corpo.

Outra visão invade minha mente me fazendo gritar sem rumo, continuo correndo, mesmo sem conseguir ver nada na minha frente. Bato com tudo contra algo duro, esfrego os olhos respirando fundo. Encaro a janela do aeroporto onde deixei a marca do suor do meu rosto.

Um grupo de crianças olham curiosas, pessoas perambulam para para ver.

Tento me concentrar nas direções, para minha sorte avisto a Mercedes do outro lado do estacionamento, puxo o ar correndo em direção a mesma.

— Malditas visões. — Grito quase sem fôlego, pulo por cima de um quebra mola, tropeçando em seguida.

Sinto algo quente escorrendo entre meus lábios, sangue provavelmente. Olho para trás dando de cara com dois paramédicos suados, parados recuperando o fôlego. Seus olhos estão em mim com raiva. Passo a mão pelo cabelo o tirando da cara, repuxo um sorriso em pânico.