Distorting - A Linha Do Tempo.

28.Apenas Humana

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Depois de esfregar merda de cachorro nas minhas roupas entrei pelos fundos do estúdio de balé. Em passos de gato observo o corredor que leva às salas de treinamento. Seguro bem o fuzil firme, apoiando levemente em meu ombro já engatilhado.

—Minha mãe está bem? — Reconheço a voz desesperada de Bella, quase quebrando, parece distante.

Dou um passo a frente, espio por cima do vidro, James se aproxima dela devagar, analisando sua presa, não deve ter sentindo meu cheiro, devido a bosta de cachorro em minhas vestes.

— Ela está perfeitamente bem, não se preocupe, Bella, eu não estou disputando ela. — Sorri malicioso — A não ser que você não tenha vindo sozinha, é claro. — Sorri divertido.

— Eu estou sozinha. — Afirma ela, dou um passo para trás observando o corredor de escadas que ficam em cima da sala, servem para iluminação de espetáculos.

Passo de leve pela porta entre aberta focada na escadaria, enquanto a voz de Bella é mais alta que meus passos. Estão um pouco afastados da entrada, mas ele tem audição sobre humana.

O estúdio estava fechado para reforma, ou férias de primavera, não lembro. Toco a mão na escada parafusada na parede, penduro a arma contra o corpo com a alça.

Eu me virei lentamente, subindo as escadas. Ele estava em pé muito rígido perto da saída de emergência no fundo, Bella e ele se encararam por um longo momento, então ele sorriu.

Caminhou em direção a ela ligando o videocassete com a voz da mãe da Bella que arregalou os olhos ao notar que tinha caído na armadilha dele.

— Me perdoe por isso, Bella, mas não é melhor que a sua mãe não tenha que se envolver nisso? — a voz dele era cortês, carinhosa.

— Sim — Bella respondeu aliviada.

— Você não parece estar com raiva por eu ter te enganado.

— Eu não estou.

— Que estranho, você está falando a verdade. — Seus olhos a estudaram com interesse. Sua íris estavam quase pretas, só um pouco da cor rubi perto dos cantos. Sede. — Eu vou dar esse crédito ao seu bando, vocês humanos podem ser bem interessantes. Eu acho que consigo ver a graça de observar vocês.

Ele estava a alguns passos de Bella, com os braços cruzados, olhando cheio de curiosidade. Não havia nenhuma ameaça no seu rosto ou na sua posição.

Subo mais rápido a escada, me agacho andando sobre o piso fraca de sustentação, para as luzes do estúdio.

— Eu acho que você vai me dizer que o seu namorado vai te vingar? — ele perguntou, parecendo esperançoso.

— Não, eu acho que não, pelo menos eu pedi pra ele não fazer isso.

— E o que foi que ele respondeu?

— Eu não sei — Com um sorriso nervoso, ela estava abaixando a guarda — Eu deixei uma carta pra ele.

— Que romântico, uma última carta. E você acha que ele vai honrar seu pedido? — Sua voz estava um pouco mais dura agora, o sarcasmo casando com o seu tom educado.

— Eu espero que sim.

— Hmmmm. Então as nossas esperanças são diferentes. Veja, isso tudo foi fácil demais, rápido demais. Pra ser honesto, eu estou desapontado. Eu esperava um desafio muito maior.

Ah não se desaponte tão cedo, firmo a arma olhando pra baixo em silêncio, qualquer passo para machucar Bella vou atirar.

— Eu escutei a sua mensagem para a sua mãe quando cheguei na casa dela, mas é claro que eu não sabia de onde você estava ligando. Foi muito útil ter o seu telefone, mas pelo que eu sabia você podia estar até na Antártida, e o jogo não ia funcionar a não ser que você estivesse por perto. — Conta — Então o seu namorado pegou um avião para Phoenix.