Cap. 30

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Narrado por Harry

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Narrado por Harry

Com a desclassificação de Fleur e Cassandra e a vitória que eu compartilhei com Diggory, estava praticamente tudo empatado, Jací não subiu ou desceu de posição e nem Krum. A terceira e última prova iria decidir quem levaria a taça.

A ideia de ter sobrevivido e ainda poder conquistar a taça para Hogwarts era muito bizarra em minha cabeça, competir com aqueles bruxos e dividir isso com Diggory me deixava com um ego absurdo, mas não podia me deixar vencer pelo meu orgulho, ainda havia a última prova e que, talvez, pudesse ser a mais complicada.

Dessa vez não deixaram nenhuma pista para saber o que seria a 3ª prova. Acho que estava confiante de mais pois não estava tão preocupado assim, o que seria pior que um dragão voando em sua direção ou uma lula gigante tentando te pegar?

A única coisa que vinha me incomodando era minha cicatriz, ela dava umas pontinhas de dor de vez em quando, a última vez que isso aconteceu foi quando Tom Riddle estava no castelo. Eu precisava falar disso com alguém, mas não poderia ser com Mione ou Ron, Mione diria pra eu avisar a dumbledore enquanto ela pesquisasse algo na biblioteca e Ron iria ficar apavorado de mais e me lançaria uma metralhadora de perguntas e sinceramente? Não estava nem um pouco afim de ter que responder as perguntas que eu não sabia as respostas. Falar com Cedrico estava fora de cogitação, ele não entenderia e dumbledore está ocupado de mais com o torneio. Eu queria um pai e uma mãe para que eu pudesse perguntar as coisas sem parecer que sou burro. Talvez eu devesse escrever a Sirius, ele é a pessoa perfeita com quem eu posso me abrir.

Aproveitei o silêncio do grande salão, logo de manhã enquanto tomava café, para escrever.

" Caro Sirius

Como provavelmente você já saiba, eu estou no torneio tribuxo. Eu não tive escolha, mas eu estou indo bem. Minha cicatriz tem doído ultimamente, gostaria de saber se você sabe de algo.
Ass: Harry "

Enquanto finalizava a carta, levei um susto. uma mão havia pousado em meus ombros.

- Olá Harry! Como vai? - Era Luna espiando o que eu havia escrito na carta.

- Vou bem, e você? - respondi enquanto enrolava o pergaminho o mais rápido que pudesse para ela não ler, mas provavelmente já tinha lido.

- Eu quero te desejar boa sorte para a próxima prova, você tem um caminho longo e reto, centralize suas ideias.

Luna saiu em saltos como sempre fazia, apesar dela ter um jeito diferente, sempre entendia o que ela queria dizer, mas dessa vez as palavras não fizeram nenhum sentido. De qualquer forma, não tenho tempo para pensar nisso, preciso ir até o corujal.

...

O clima não estava frio a ponto de me agasalhar até o pescoço, mas também não podia ir de regata até o corujal. O céu cinza, a grama um pouco molhada, provavelmente devia ter chovido de madrugada, a escada para o corujal estava meia escorregadia, subia ela olhando para baixo, contando quantos degraus tinham, eu estava no 5º quando alguém esbarrou em mim e rolamos até o 1º.

- Você tá me seguindo? - perguntei enquanto via Cedrico por cima de mim.

- O que? - Cedrico respondeu depois de sair de cima de mim e ajudava a levantar - claro que não.

Houve um silêncio enquanto esfregávamos nossas mãos para limpar da sujeira.

- Posso te fazer uma pergunta? - Cedrico perguntou enquanto entrelaçava os dedos.

- Claro que pode Ced, qual foi?

- Porque você anda me evitando? Foi por causa daquela noite?

Bom, eu não estava evitando Cedrico, na verdade só um pouco. Eu fiquei com vergonha depois do que ele disse e eu não responder nada, estava me sentindo um completo babaca.

- Eu não to te evitando Cedrico, porque acha isso?

- Você parece meio distante, toda vez que me vê chegando da meia volta ou então desvia os olhares quando nos encaramos de longe.

- Me desculpa, eu só estou preocupado com a prova.

Cedrico pegou em minhas mãos, a dele estava tão gelada quanto a minha.

- Eu sei que você vai...

Cedrico foi interrompido por uma voz, incrivelmente irritante.

- Hora hora se não são os pombinhos apaixonados - Rita Skeeter em um terno roxo púrpura e um chapéu incrivelmente ridículo estava parada diante de nós - Não é difícil encontrar algo quando se anda por esse castelo, não é mesmo? Que azar o meu não ter trazido minha câmera - ela ria - poderiam ter saído na primeira página. Agora, com licença meninos, preciso escrever uma carta para o ministro.

Eu podia ver Rita Skeeter subir os degraus da escada, Cedrico serrava os punhos. Era engraçado ver o um lufano irritado, na maioria das vezes estavam quase sempre alegres.

- Eu tenho que enviar uma carta a Sirius, Ced.

- Tudo bem, Harry, depois nos falamos.

Eu estava começando a recontar os degraus quando Cedrico me chamou de novo.

- Ei Harry, antes de ir, queria saber se você gostaria de me encontrar hoje, eu tenho uma surpresa para você.

Ele olhava com aquela cara de inocente, mas eu sabia que de inocência não havia nada em suas intenções.

- Claro, 02:00 no terceiro andar?

Ele assentiu com a cabeça e se virou.

114 eram os degraus que haviam do solo até o topo do corujal, a vista de cima era incrível, mas uma coisa roxa atrapalhava ela.

- Então Harry, quando vão assumir? - Rita dizia alegremente enquanto colocava o pergaminho em uma coruja.

- Isso não é da sua conta. - Respondi enquanto colocava o meu pergaminho em Edwiges.

- Mas porque essa braveza, Harry? Vivemos em um século de mentes abertas.

- Você não tem mais o que fazer não?

- Escuta, garoto - ela fez uma pausa enquanto se virava para mim com uma expressão sombria - Só você não enxerga o que eu tenho que fazer para manter o mundo bruxo distraídos da ameaça que está por vir. Eu não gosto de ter que fingir esse personagem, mas é necessário, não pense que eu sou ingênua e não me trate feito idiota. - Rita voltava a ter sua expressão alegre - Ops, acho que falei de mais, só viva enquanto pode, Harry.

Rita saía enquanto dava umas risadinhas. Mesmo não entendendo nada do que ela dizia eu não pude deixar de sentir medo em suas palavras, afinal, que ameaças eram essas que estavam por vir?

Lancei Edwiges até Sirius e tentei ignorar o surto de Rita.

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