Someone You Love | Adrienette

Prólogo

Eu não estou acreditando que estava na diretoria por meu quinto atraso seguido. Sim eu sei que não tenho motivos para me atrasar mas é sempre tão difícil acordar no horário. E pro meu azar ou sorte. Meus amigos ficaram na frente da escola me esperando ou seja. Todos nos estamos na diretoria. Já ouviu aquela expressão "Amigos para tudo" esses levavam isso muito a sério 

— O senhor não pode dar uma detenção para ela, olha o tamanho dessas perninhas não é atoa que ela se atrasa - Alya argumentou apontando para minhas pernas. Eu que estava sentada na cadeira apenas me encolhi ainda mais querendo sumir da face da terra. 

— Senhor diretor não pode castiga-la ela tem problemas mentais - Nathaniel disse me fazendo lançar em sua direção um olhar fulminante — O que? Nós sabemos que tu é louca, Mari.

— Já chega! - Sr. Damocles gritou parecendo perder a paciência nos fazendo engolir em seco — Quero os dois fora!

— Mas não abandonariamos a Mari. - Nathaniel exclamou com convicção. O diretor arqueou uma sombrancelha.
— Se não sairem agora vou dar detenção para ambos - ameaçou. Vi Tanto Nath como Alya arregalarem os olhos diante dessa frase.

— Desculpa, Mari. Sabe como é ne - A ruiva foi a primeira a se recuperar e sorriu como uma criança travessa. Sabe a mesma cara que Manon fazia quando é pega desprevenida. Exato!

Ela puxou o ruivo pela camisa e saiu sussurrando um "Desculpe". Revirei os olhos diante da lealdade dos meus fieis escudeiros.

— Eu não tive culpa! - tentei argumentar. Sr. Damocles apenas revirou os olhos prevendo outra desculpa criativa que eu sempre inventava. — Meu gato adoeceu. - mordi o labio me amaldiçoando por contar uma mentira tão sem criatividade.

O que?

Acordei atrasada meu cérebro não está funcionando para ideias criativas. 

— Você não tem gato - suspirou com a voz calma tentando manter a paciência. 

— Poderia ter! - exclamei tentando soar convincente. O diretor revirou os olhos.

— Duas horas de Detenção após a aula amanhã! - exclamou alto e em bom som. Eu assenti sem nem tentar discordar. 

Sabia que um dia ele se cansaria dos meus atrasos e pararia de fazer vista grossa.

Então não tinha muito do que reclamar, de cabeça baixa eu peguei minha bolsa que estava ao meu lado e sai da sala dando de cara com meus amigos. Eles me olhavam aflitos.

—  Então? - perguntaram em uníssono. 

— Detenção de duas horas amanhã - Respondi com minha melhor expressão de tedio. Eles me olharam com pena.

— Que azar a professora da detenção apenas deixa os alunos trancados na sala e sai. - minha amiga disse me fazendo arquear a sombrancelha. Como ela sabia disso? — Eu sou uma jornalista seria, Mari. Tenho minhas fontes.

Depois de me recuperar do choque de pensar que ela podia de alguma maneira ler meus pensamentos. Dei uma olhada sugestiva para Nath que apenas sorriu malicioso. 

— Nino! - exclamamos juntos. Fazendo a garota ficar com as bochechas tão vermelhas quanto o cabelo do ruivo.

Nos sabiamos muito bem que Alya estava dando uns pegas em Nino Lahiffe. E só não estamos radiantes com a notícia, por conta de um unico fato. Nino era melhor amigo de Adrien Agreste, ou seja devia ser tão problemático quanto o mesmo. 

— Não me olhem assim - Ela fingiu estar ofendida enquanto falava, mas eu podia ver a sombra de um sorriso em seus labios — Minha vida sexual não é da conta de vocês. 

Eu e Nath abafamos um grito com o baque da noticia. E começamos a pular que nem dois idiotas esquecendo totalmente que não aprovamos o relacionamento deles.

— Espera? - parei depois de uns 5 minutos pirando — Você transou e não me ligou logo em seguida, Alya Césaire que tipo de amiga é você? - tentei soar ofendida mas ri no final.

— Alya sem querer ser chato... se ele for como o nosso modelo favorito ele provavelmente não vai mais olhar na sua cara. - Nath disse com cuidado. Eu o olhei como se pudesse dizer com o olhar que havia pensado nessa possibilidade. 

Alya nos olhos incrédula. 

— Por Deus, porque é tão difícil perceber que ele não é como o amigo. Ele é gentil e carinhoso. Não faria isso. - disse soando confiante sobre o que dizia e por um momento tive pena dela.

Se tinha uma coisa que notei nesses dois anos de ensino médio. Era que por sexo garotos eram os atores mais convincentes que se poderia ver. Competindo no mesmo patamar que astros Hollywoodianos.

— Ok. Acreditamos em você e no seu julgamentos mas não confie demais, Alya - Aconselhei apertando de leve seu ombro. Ela deu um sorriso minimo.
E nesse mesmo segundo Sr. Damocles abriu a porta de supetão e nos mandou ir pra sala imediatamente. Nos assustamos mas rimos logo em seguida percebendo que estavamos irritando muito o diretor nos últimos dias.

Fomos para a sala e bem ali aconteceu o que mais eu demia.

Ao lado de Nino estava Sabrina que flertava com o garoto descaradamente enquanto Adrien Agreste parecia se divertir com o choque nos olhos da minha amiga. Nino parecia estar bem a vontade com a ruiva o que me fez pensar que se estivéssemos em um desenho Alya estaria vermelha de raiva.

Sra. Bustier olhou para nos três com curiosidade mas Alya saiu correndo assim que Nino a encarou com o mesmo choque que se transmitia em seus olhos castanhos. Corri atrás da mesma junto com Nath que ignorava a professora que pedia uma explicação para a situação. 

Corremos até chegar ao banheiro feminino, olhei para o ruivo esperando alguma reação do mesmo. Ele ignorou totalmente o fato de estar entrando no banheiro feminino e correu até a porta onde Alya havia se trancado. Batemos na porta juntos conseguindo escutar alguns soluços da mesma.

— Alya, não fique assim. Ele é um idiota! - disse em um tom baixo tentando de alguma maneira acalma-la.

— Ele não te merece - O ruivo disse com naturalidade arrancando uma leve risada de Alya que pareceu notar a presença dele.

— Nath o diretor vai te matar se descobrir que está aqui! - ela disse fungando um pouco. O ruivo deu de ombros.

— Loucuras que fazemos por amigos - disse sorrindo. Eu não consegui evitar de sorrir também. 

A amizade que nos tinhamos com toda certeza era a melhor coisa que havíamos construídos em anos. Sabiamos que se caissimos nos apoiariamos um no outro para levantar ainda mais forte.