Someone You Love | Adrienette

Hesitação

Pov Adrien

- Eu não nego - ela murmurou assim que recuperou o folego. Eu apenas a olhei surpreso. Não pensei que ela fosse concordar, pensei que negaria até o fim. Mas não, seus olhos mostravam a verdade de suas palavras.

Ela se elevou sobre a mesa e prendeu minha cintura entre suas pernas, não pude evitar o suspiro sofrego que soltei ao sentir meu membro duro contra seu corpo.

- Isso é interresante também - sussurra no meu ouvido. Eu apenas fecho meus olhos concordando. Não podia negar a maneira que brincava comigo era excitante pra caralho. - Já esta duro? 

Sua mão vai de encontro com minhas calças e ele aperta meu pau em cima do tecido. Solto um murmuro de aprovação e abro meus olhos vendo a satisfação em seus olhos incrivelmente azuis de me provocar como a coisinha teimosa que é.

- Eu não começaria algo que não pode terminar - sussurro com um sorriso zombeteiro. Ela sorri de uma maneira doce, transbordaria inocência se não tivesse com meu pau em suas pequenas mãos. 

- Quem disse que não posso terminar? - provoca mordendo minha orelha, sua voz suave com uma falsa inocência deliciosa.

Eu nem tive tempo de responder ela abriu meu cinto e sua mão invadiu minha cueca apertando suavemente meu pênis, estava duro contra sua mão. Ela sorri em aprovação. 

- Gosta quando o jogo vira? - pergunta sorrindo de uma maneira perversa. Eu apenas mexo minha cabeça em concordância quando sua mão desliza pela minha extensão. 

Fecho meus olhos aproveitando o delicioso toque, sua mão desliza pra cima e pra baixo, pra baixo e pra cima numa lentidão agonizante.

Ela parecia realmente segura de si mesma em sua expressão mas seu movimentos eram leves como se tivesse com medo de me machucar ou talvez... oh não! 

Abri meus olhos vendo ela me olhar confusa. Reprimi um gemido de dor com a pressão que ela colocou em suas mãos por conta da tensão que se formou.

- Desculpa - ela tirou a mão rapidamente abaixando o olhar para a mesa. Não me encarando nos olhos. Eu apenas a fitava perplexo. Suas bochechas estavam vermelhas mostrando seu constrangimento. 

- Nunca fez isso? - perguntei sem nem mesmo dar tempo de recuperar meu folego, seus olhos se arregalaram ainda mais. - Responde. 

- Eu... eu não - sua voz morre assim que ela se levanta da mesa se afastando de mim. Ela arruma sua saia e eu apenas a observo totalmente surpreso. Por deus!

- Você é virgem? - pergunto um pouco alto. Ela me fuzila com o olhar antes de cruzar os braços irritada.

- O que? Tem algum problema com isso? - se defende com a voz rispida. 
Eu fico alguns segundos paralisado antes de fechar meu cinto. Marinette me olha totalmente perdida.

- Vai mesmo fugir por isso? - ela pergunta incredula, a magoa em sua voz é nitida. Mas eu não posso lidar com isso, não agora.

- Eu... - sussurro mas não consigo completar. Saio da sala rapidamente a deixando sozinha naquele local.

Eu sei que estou sendo um idiota, mas porra! Ela não teve ninguém a tocando da maneira que eu fiz e não posso deixar de me sentir um lixo de estar pensando em apenas sexo casual com ela. Eu sabia que ela era diferente mas a esse ponto?

Eu não iria mudar nem por ela e nem por ninguém não era justo eu ser o primeiro de alguém e muito menos dela, eu não merecia isso e muito menos ela.

Eu era um idiota em relação as mulheres mas nunca iria ser um canalha com uma garota que não tinha experiência e provavelmente sonha que iria perder a virgindade com seu príncipe encantado. Eu não sou o príncipe dessa historia estou mais para o sapo e ela não poderá me mudar com um beijo.

Não é assim que a vida real funciona. 

- Podemos conversar? - a voz de Plagg me faz pular devido minha falta de atenção no corredor. Seus olhos verdes estão um pouco tristes. Não me lembro nunca de te-lo visto assim.

- Ok. - murmuro sem me importar realmente. Meus pensamentos paranóicos em relação a azulada estavam ocupando boa parte da minha atenção. 

- Eu queria pedir desculpa - sua voz sai baixa e eu tenho a certeza de que se não tivesse a audição tão boa não teria lhe escutado - sobre a Marinette.

Meu deus ate quando eu fujo dela, ela acha um jeito de aparecer no assunto, Na minha mente.... Fico em silêncio deixando ele continuar.

- Eu realmente acho que ela pode te ajudar se você permitir. Se você realmente estiver disposto a tentar. E foi cruel eu colocar a culpa em você de tudo. Eu apenas estava com raiva, Sarah saiu bem ferida da história. Só por favor não faça isso com outra garota. - ele disse sem parar. Pisquei meus olhos absorvendo suas palavras. Plagg parecia realmente arrependido de suas atitudes naquele dia. Mas as palavras de agora também me atingiram de uma maneira estranha.

- Acho que gosto do jeito que ela faz eu me sentir - murmurro baixo. Plagg me olha espantado como se tivesse nascido outro par de olhos em meu rosto. - Só que isso não é o suficiente para o que ela espera de mim.

- Ela? - pergunta perdido. Eu apenas dou de ombros.

- Esquece, você estava certo. Não sou bom nisso e provavelmente vou a arruinar como fiz com Sarah. - murmurei baixinho. Plagg ouviu pois me olhou  realmente surpreso.

- Adrien eu conheço você desde que eramos pirralhos. Somos primos cara e melhores amigos. Eu te conheci antes da vida te transformar no que é hoje. E eu sei que é bem mais que isso. Você pode fingir pros outros que não se importa com nada mas eu vi o quão preocupado ficou com uma desconhecida que provavelmente você nunca reparou apenas porque a viu numa situação ruim. - sua voz esta firme mostrando a confiança em suas palavras

Ele se refere a quando salvei Marinette de Josh. Era ate mesmo engraçado como ela me despertou o instinto protetor sem nem mesmo tentar.

Apenas ve-la em uma situação tão semelhante a Chloe despertou alguma coisa em mim. E depois disso me despertou varias outras coisas no decorrer dessas duas semanas.

- Você pode não se achar bom o suficiente pra nada mas você não vai poder mudar a cabeça dos outros. Sarah não desistiu de você porque acreditava em seu potencial - lembra. Eu apenas suspiro frustrado. 

- Não acabou bem pra ela - murmuro desanimado. Plagg apenas sorriu minimamente. 

- Não é porque você não sente da forma que elas querem que quer dizer que não sente com tudo o que tem - ele diz. Pisco meus olhos surpreso com seu comentario. Ele sorri pequeno me dando um soco no ombro antes de ir embora. 

O sinal toca e o corredor se enche de alunos, eu posso ve-la sair da sala e assim que me vê desvia o olhar. Eu a observo ir em direção a saida com suas amigas. Eu não sabia como lidar com tudo aquilo. Nunca me senti merecedor de algo tão puro e Marinette pra mim era como se fosse algo que eu nunca poderia nem se quer tocar e te-la me tocando foi como uma amostra do paraiso. Mas eu sabia que ceu e inferno não poderiam andar juntos. Mas não seríamos os primeiros a quebrar essa regra.