Confissões

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POV Marinette

Eu não sei porque concordei com isso, a chuva estava fina mas o ceu dava sinais de que o tempo iria piorar. Meus olhos correm o local enquanto me encolho em meu sobretudo. O guarda chuva era a única coisa me protegendo de uma possível gripe. 

Já era 19:30 e eu ja estava pensando em diversas maneiras de assassinar um loiro oxigenado. Vi sua cabeleira dourada se destacando em uma forte luz de uns dos postes. Ele vinha com um casaco e uma touca preta parecendo não se preocupar com a agua gelada que caia sobre si.

- Hey - ele murmura parecendo desconfortável. Eu o examino atentamente tentando achar o que estava errado. Meus olhos se focam em um hematoma roxo em seu olho. 

- O que...? - pergunto ele apenas da de ombros como se não tivesse importância. E comeca a andar em direção o colégio o sigo tentando não fazer muito barulho com minhas botas. - aonde vamos?

- Entrar no colégio é obvio - ele responde assim que chegamos nos fundos. Ele remexe em seus bolsos e tira de la um montinho de chaves não consigo esconder a surpresa em meus olhos - tenho meus contatos.

- Claro. A garota do grêmio - murmuro alto demais ele coloca a chave na fechadura dando de ombros.

- O que posso fazer se ela quer abusar do meu corpinho - zomba me fazendo revirar os olhos. Pra Adrien Agreste qualquer garota que conversar com ele por mais de 10 minutos quer transar com ele. E pior na maioria das vezes é verdade o que é irritante e contribui para esse narcisismo todo. 

- Apenas abra a maldita porta! - esbravejo vendo ele dar uma leve risada. Aproveito a deixa para fechar meu guarda chuva da maneira mais paciente possível 

- Ja disse que seu humor é contagiante? - pergunta arqueando a sombrancelha. Meus olhos rolam tanto que quase fico cega.

- Ja disse que o seu é péssimo? - rebato com os braços cruzados. 

- Touché - diz entre uma gargalhada gostosa de se ouvir. Me amaldiçoou por gostar tanto desse som.

Ele finalmente abre a porta e entramos o mais silenciosamente possível. A escuridão do local é desconcertante de repente uma luz se faz presente, olho para o lado e posso ver uma lanterna na mão do garoto. Ele nota meu olhar sobre o objeto e sorri.

- Primeira invasão de propriedade, Doutora? - pergunta mordendo os labios, a fraca luz refletida em seu rosto deixa seus fios parecidos com pequenos fios de ouro. 

- Não costumo ir contra a lei, senhor problema - rebato no mesmo tom. Ele mexe a cabeça em negativa abafando um riso.

- Senhor problema? Que original! - debochou, revirei meus olhos pela centésima vez em menos de 10 minutos. - Porque é tão mal humorada?

Nossos passos são lentos a lanterna é nossa unica fonte de visão, sua pergunta me pega de surpresa, pisco meus olhos refletindo se devia responder ou não. 

- Não sou mal humorada apenas não finjo um sorriso que não seja sincero - murmuro tão baixo quando o som abafado da chuva. O loiro para bruscamente me fazendo bater contra ele. A irritação parece crescer dentro de mim - PUTA MERDA ANDA SUA ANTA LOIRA!

Levanto meus olhos para encara-lo e mostrar que não estou de brincadeira. Mas assim que nossos olhos se encontram a irritação se dissipa, a algo de diferente em suas ires esverdeadas, compreensão são refletidas em sua mais pura essencia. É desconcertante por um segundo perco ate a fala.

- Por incrível que pareça - ele sussurra proximo demais de mim para o meu gosto e pra minha infelicidade nem passa pela minha cabeça me afastar. - eu entendo.

Someone You Love | Adrienette Onde histórias criam vida. Descubra agora