Pov Marinette
Tentei meu máximo para fingir alguma doença para meus pais, mas eles eram espertos o sufiente para descobrirem que era mentira, ou talvez eu seja apenas uma péssima atriz.
Apertei minha bolsa contra meu corpo buscando coragem para fazer o que eu refleti a noite toda, não teria estomago para encarar meu quase agressor ainda mais sabendo que ele poderia me convocar para uma reunião e me trancar em uma dessas salas sem levantar suspeitas.
Mas eu sabia que era minha única chance, tinha que deixar clara a situação para o diretor e implorar para ele denunciar esse homem terrível. Ja dei conselhos de como lidar com esses assuntos a algumas alunas seria hipocrisia da minha parte falar pra vitimas denunciarem e eu mesma não seguir esse conselho.
Respirei fundo engolindo todo o meu medo assim que minha mão encostou na porta. Braços fortes me agarraram me debati sentindo o medo me consumir. Minha boca foi tampada e tentei com todo o meu instinto morder seus dedos.
Em questão de segundos estava na sala de limpeza. Quando o aperto se afrouxou me virei bruscamente chutando o meu agressor em suas partes baixas.
Um gemido de dor chegou aos meus ouvidos, assim que o medo se dissipou do meu corpo pude ver a cabeleira loira tão diferente do homem a qual temia.
- Puta Merda! Qual seu problema? - exclama entredentes com as mãos entre as pernas em uma expressão de pura angústia.
- Qual o meu problema? - esbravejo o olhando incredula - Você me ataca no meio do corredor quando na verdade estou fugindo de um possivel estuprador. E acha que eu iria reagir como?
Depois de alguns segundos ele levanta. Ainda mordendo os labios devido o golpe, seus olhos me fitam e rapidamente ele bufa.
- Não pode falar com o diretor - diz rapidamente parecendo realmente atordoado. Pisco meus olhos incredula.
- Olha Agreste, sou a possível próxima vítima de um lunático. Se eu puder denúncia-lo a direção antes de finalizar sua intenção nojenta eu vou! - rebato a algo em meu tom que demonstra muito mais confiança do que eu ja senti em toda minha vida.
- Você não entende. A escola aceitou dinheiro para fazer vista grossa a ficha criminal dele. Não ira adiantar falar com o diretor. - ele explica remexendo em seus fios dourados. As palavras mal chegam aos meus ouvidos e sinto meus olhos marejarem.- na verdade eu chequei os dados da policia e magicamente não existe mais as denúncias de assedio que lhe manchava o histórico. Tem muito mais coisas envolvida nisso, Está lidando com gente que tem recursos para destruir em segundos sua patética vida.
- Esta me falando que não posso fazer nada! - grito em meio a minha frustração. A sensação de impotência me corta como uma afiada lâmina.
- Não, eu estou dizendo que ir lá falar com o diretor não vai adiantar nada - ele diz mexendo em seus fios dourados em um gesto de frustração. Eu o frustro?
- Não entendo, vou a polícia então! - minha voz se eleva e meus olhos encontram com os dele mostrando que não tinha possibilidade de eu não fazer nada.
- Tem provas? - cospe rudemente. Meus olhos se arregalaram e a vontade de dar-lhe uma bofetada na cara está presente. Crescendo em meu interior.
- Você viu! - grito sentindo meu sangue ferver. Um sorriso maldoso brinca em seus labios.- Eu vi? - pergunta em um tom de deboche. Quem ele pensa que é pra brincar comigo desse jeito? - Não tenho certeza.
- Agreste! - grito me aproximando perigosamente dele. Seus olhos brilham em divertimento.
- Sim. - murmurra ainda se fazendo de desentendido. Eu o odeio! Odeio a maneira que debocha da minha cara sempre que tem oportunidade.
- Qual o seu problema? - pergunto. Minha voz esta elevada e meu rosto queimando com a irritação que parece borbulhar em meu interior.
- O problema é que sem provas você não vai passar de uma maldita louca! - ele grita levantando as mãos em sinal de que sua paciência esta tão esgotada quando a minha.
Suas palavras me machucam e eu demoro um tempo para reagir. Sua expressão se suaviza ao notar o quão duro foi, mas não vou dar o braço a torcer.
- É mais idiota do que pensei. Você não sabe qual a sensação, eu quase fui violada, tenho que olhar para a cara do meu quase agressor durante a aula sem poder mandar ele pra puta que pariu por me olhar como se eu fosse um pedaço de carne. É desrespeitoso e com toda certeza me sinto uma maldita louca. Mas eu não sou! Sou a vítima aqui e algo precisa ser feito.
- E vai ser... - diz rapidamente. Pisco meus olhos tentando compreender por sua expressão suas palavras, mas por incrível que pareça nem mesmo eu consigo ler algumas atitudes dele. Seus sentimentos parecem bloqueados. Como se nem sequer existissem, como se tivesse uma nuvem negra sobre ele e que toda a luz já havia desaparecido. - Quero esse cara preso tanto quanto você se confiar em mim. Daremos um jeito.
Meus olhos procuram os dele em busca de algo que eu nem tinha idéia, suas orbes esverdeadas parecem transmitir um desespero agonizante como se nessa situação tivesse concentrado o sentimento mais cruel da humanidade. A raiva.
- Parceiros? - pergunta entendendo a mão mantendo uma distância segura entre nos. Respiro fundo refletindo sobre essa pergunta, eu não confiava nele mas sabia pelo seu olhar que ele iria causar um bom estrago na vida de Josh. Com ou sem mim.
Acordando todos os sentimentos egoistas que dormiam em minha mente, pego a mão do Agreste selando ali nossa parceria improvável.
Iríamos nos vingar de Josh cada um pelos seus motivos mas no final tenho certeza que descobriremos que a vingança não nos levará a nada. E mesmo eu sendo uma pessoa sensata na maioria das vezes. Eu não consigo evitar o sentimento que cresce em meu peito.- Me encontre hoje as 9 no beco atrás do colégio - Adrien diz. O olho sem compreender suas intenções. - Não faça perguntas só apareça.
Concordo meio sem jeito, eu realmente não sei porque estou concordando com isso. Na minha frente está o garoto que odiei por longos 3 anos da minha vida.
Estar conversando com ele já me parece um absurdo mas encontra-lo depois da aula é mais loucura ainda.
Ele sorri de uma maneira encantadora antes de dar uma olhadinha pelo corredor. Um maldito anjo, assim que ve que ninguém o observa, sai da sala me deixando ali com meus pensamentos conflituosos.
Não vou ser inocente dizendo que confio no Agreste mas pelo seu olhar pude notar que não me faria mal, ao contrário de Josh. Adrien Agreste sempre teve um histórico com sua raiva incontrolável. Uma vez Sr Damocres o obrigou a ir fazer uma sessão comigo, e ele só foi um idiota e muito maduramente quebrou meu porta canetas.
Claro que eu o expulsei da minha sala imediatamente e isso só foi um dos nossos longos conflituos que tivemos ao longo dos anos mas... sinto que muito deles viram a tona. Ainda mais na companhia dele.
Respiro fundo juntando meus materiais que caiu em algum momento da nossa discussão. Abro a porta e observo o movimento no corredor, assim que vejo uma brexa vou em direção a sala de aula, engolindo a vontade esmagadora que tinha de ir a direção e acabar com seu emprego.
Mesmo eu não gostando de admitir Adrien estava certo, Se eu for a direção ou até mesmo a polícia sem provas só irei me expor sem receber nada em troca. Minha unica duvida era como eu ia conseguir provas?
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Someone You Love | Adrienette
FanfictionAdrien era um tanto quanto complicado e Marinette viu ali uma chance de estudar ainda mais a fundo a mente humana, ja que seu amor pela psicologia era algo que sempre a motivou a ajudar o próximo. Ela só não esperava que Adrien Agreste fosse mudar s...