Ciclo Vicioso

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POV Adrien

Após invadirmos a escola e eu conseguir o nome de uma vítima de Josh, Marinette me seguiu para fora do colégio silenciosamente. Estou até surpresa dessa garota ter calado a boca.

- E agora? - ela pergunta se encolhendo em seu casaco. Ela parece tão irritantemente pequena. 

- Eu vou atrás da vitima e ver se na hora certa ela aceita prestar uma nova queixa. O nome Agreste é bem importante com toda certeza Gabriel deve ter molhado a mão do delegado local mas eu conheço um juiz amigo da familia que não iria encobrir um crime nem se o próprio papa em pessoa implorasse. - digo com convicção. Victor é um tio por parte da minha mãe. Eu lembro bem pouco dele mas a maioria das lembranças são boas. Bem melhores do que com os Agrestes.

- Sua familia é complicada - ela murmura mordendo de leve seu labio rosado, denunciando que eu a intimido. Posso me acostumar com isso. Estranhamente eu gosto da ideia de ter algum efeito sobre ela.

- Você não faz ideia - murmuro sentindo a amargura em minha voz. Eu nunca falo sobre minha familia é meu assunto proibido. Se ela tentar bancar a psicóloga comigo eu vou manda-la ir a merda.

- Adrien... - sussura hesitante. Reviro meus olhos dando alguns passos pra longe dela. Dou-lhe as costas sem nem me importar com o quão mal educado é meu gesto. Eu não sou educado e não vou começar a ser agora. - PUTA MERDA PORQUE VOCÊ É TÃO IDIOTA?

- EU NÃO SEI! - grito me virando apenas pra ver sua cara vermelha de irritação, dou uma risada antes de voltar a caminhar até a minha casa.

Minha casa? É engraçado ser apenas uma palavra pra mim. As pessoas tem o costume de dizer que a casa não é um lugar e sim onde o seu coração se encontra. Mas... meu coração ja não funciona a muito tempo.

E aqui estou eu pensando novamente nas merdas de sentimentos, isso só vem a tona quando tenho a desagradável surpresa de ver aqueles dois malditos homens. Uma luz familiar me faz parar em meio a meus passos sem rumo.

O letreiro do bar que a varias noites eu me perdia brilhava em neon e parecia me chamar como um maldito ima.
Sem nem pensar duas vezes eu entro no local sentindo o cheiro do baseado invadir minhas narinas. Corro meus olhos pelo local tentando procurando por rostos conhecidos.

Plagg estava sentado ao lado de Kim eu me aproximo de ambos remexendo um pouco em minha jaquela de couro.

- Agreste! - Kim exclama animado. Consigo sentir o cheiro de maconha a um metro de distância. Ele está chapado como o caralho.

- Hey - murmuro e comprimento Plagg antes de me jogar contra o estofado vermelho do bar. Uma loira maravilhosa vem nos perguntar o que queremos. Meus amigos pedem rapidamente mas eu apenas fico alguns segundos analisando seu decote antes de sorrir de forma maliciosa. Se eu souber usar as palavras certas consigo um bom boquete

- Que tal compania? - sugiro a ela. A garota sorri e me analisa tão descaradamente quanto eu a ela.

Estava me comendo com os olhos e sabia disso.

- Saio as 9 - informa dando uma piscadela em minha direção. 

- Cara como consegue? - Kim pergunta parecendo surpreso. Não entendo muito bem sua pergunta então apenas levanto a sombrancelha enquanto bebo um gole generoso da cerveja que chegou numa velocidade surpreendente. Acho que tem uma loira bem animada em minhas mãos.

- O que? - pergunto.

- Conseguir tão facil uma foda - Plagg diz. Eu apenas dou de ombros sabendo que ele também tinha a mesma facilidade. 

- É uma troca mútua de prazeres. Eu lhe agrado, ela me agrada e ninguém liga no outro dia - explico como se fosse obvio. 

Kim ri provavelmente porque tem uma namorada e tem que se contentar em ter apenas uma mulher em sua cama.

Isso deve ser cansativo, sempre a mesma mesmisse me canso apenas de olhar pra cara de Lila toda vez que ela corre atras de mim. Imagina ter que dividir a cama com alguém. Af sem duvidas não quero isso pra mim. O pensamento me da calafrios. 

- Meus pêsames - penso. Só percebi que disse em voz alta por notar os olhares perdidos em minha direção. - esquece - murmuro e pego o baseado da mão de Kim, dou uma tragada sentindo a maconha inundar meus sentidos. Nem lembro quando foi que comecei a usar drogas só sei que é apenas mais um item para a lista de coisas fodidas em minha vida.

- Como foi la? - Plagg pergunta tomando cuidado com suas palavras. Felizmente Kim saiu da mesa para ir ao banheiro quando percebeu que o assunto era particular. 

- Marinette é irritante como o caralho mas conseguimos o nome de uma vitima. Ela é uma aluna da faculdade da cidade ao lado - explico dando outra tragada no baseado. Eu estou ficando chapado e sei disso mas a sensação é maravilhosa.

- Josh deu aula em faculdades? - pergunta surpreso. Eu apenas concordo ja não me sentindo apto para falar de coisas serias. Olho para meu relógio impaciente e quase pulo da cadeira ao constar o horario. Plagg ri da minha animação ao levantar.

- Nem parece que transa todos os dias - Ele debocha me fazendo lhe mostrar a lingua. Eu não tinha muitos momentos felizes mas rir com Plagg era sem dúvida um deles.

- Calado - rosno fingindo irritação. A garota sorri assim que me ve e eu a puxo para um beijo sem nem me importar com saber o seu nome. Ela não parece se importar ja que afunda sua lingua em minha garganta de forma selvagem. Suas mãos puxam meus fios enquanto as minhas vão parar em sua cintura a forçando contra mim. Escuto Plagg pigarrear e gargalho antes de sair do bar levando comigo minha compania da noite.

E era assim basicamente minhas noites, bebidas, drogas e sexo.

Sempre o mesmo ciclo eu já nem sabia mais viver de outro jeito. Meus pensamentos sumiram como uma nuvem de fumaça com o êxtase físico que eu sentia por todo o meu corpo enquanto eu tinha algo quente entre minhas pernas.

Someone You Love | Adrienette Onde histórias criam vida. Descubra agora