As Três da Manhã

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Pov Marinette 

Meu celular não para de tocar, olho para o relógio e posso constar que são três horas da manhã. Quem liga uma hora dessas?

Resmungo sem animação e atendo a chamada ainda com os olhos semicerrados.

- Alo... - murmuro lutando contra a vontade de jogar o celular pela janela. Eu vou matar o filho da mãe que acabou com meu sono.

- Oi - A voz de Adrien me faz pular da cama. De todas as pessoas do mundo ele seria o ultimo da lista de pessoas que me ligariam de madrugada.

- Como diabos tem meu numero? - pergunto realmente assustada. Ele ri do outro lado da linha deixando claro que não estava em seu melhor estado - Esta bêbado? 

- Não sei, estou mamãe? - debocha rindo novamente. Reviro os olhos me levantando da cama. 

- Qual seu problema? Esta se drogado a essa hora - esbravejo. Será que ele não vê que esta acabando com a própria vida?

- Não lhe diz respeittooo - sua voz esta arrastada e o som alto é ouvido através da chamada. Alguém ri ao longe provavelmente chapado ate o último fio de cabelo. Reviro os olhos.

- Me diz se você me ligou as 3 horas da manhã. Porra! - grito abrindo meu armário e pegando um sobretudo para cobrir minha camisola. Coloco meus sapatos com um pouco de dificuldade. - Onde você está? 

- Em um lugar estranhooo se chama Reddd. Charles me trouxe, tudo está girandooo - ele ri divertido. Me pego pesquisando o endereço do local no celular e me repreendendo por estar indo ate ele. Adrien nem mesmo é alguém que quer ser ajudado mas como a fraca que sou eu quero ajuda-lo. Ele poderia ser o meu trabalho mais complicado ou uma perda de tempo total.

- Não se mexa, estou chegando - digo antes de encerrar a ligação. Pego minhas chaves e faço o possivel para descer as escadas sem acordar meus pais e Tikki.

Assim que saio pra fora pego o primeiro Taxi que acho pelo caminho e dou-lhe o endereço da boate que o loiro se encontrava, eu não tive muito tempo pra pensar antes de sair de casa mas agora no silêncio do taxi, me amaldiçoava por estar indo a um lugar desconhecido buscar um louco drogado.

Isso não era sensato e eu sabia que devia aproveitar meu momento de sanidade para voltar pra casa e dormir com tranquilidade.

Mas isso ia contra todos os meus princípios, estou acostumada a ajudar pessoas problemáticas e isso é o que pretendo fazer pelo resto da minha vida.

Não ajudar o loiro seria ir contra tudo o que eu acredito 

Mas ele não quer sua ajuda!, meu subconsciente debocha me fazendo revirar os olhos. Se ele me ligou é porque uma parte nem que seja pequena dele quer ajuda e eu não vou nega-lo.

O táxi para em uma parte afastada da cidade, as luzes vermelhas se destacam até mesmo na entrada do local, faço uma careta ao sentir o cheiro de maconha intoxicar minhas narinas.

- Poderia esperar 15 minutos por favor! - imploro ao taxista. Ele hesita antes de acabar concordando por ter pena da minha cara de perdida. Aquele local estava longe de ser um lugar que eu viria mas aqui estou eu. Quebrando mais uma de minhas regras pela 3 vez naquela semana. 

Entrei passando pelos seguranças que mais pareciam duas estátuas enormes.

O som alto era ensurdecedor, garotas seminuas dançavam sensualmente em uma barra de ferro enquanto homens das mais variadas idades as jogavam dinheiro.

Olhei ao redor tentando ignorar o choque que essa cena me causava, me encolhi em meu sobretudo me sentindo nua por estar apenas com minha fina camisola por baixo. 

Someone You Love | Adrienette Onde histórias criam vida. Descubra agora