I. Henry

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Eu estava cada vez mais certo de que tinha tomado a decisão mais incrível de toda a minha vida, o problema era que isso tudo me gerava uma ansiedade danada. Ansiedade boa, sabe? Ansiedade pra que tudo aconteça bem, mas o mais rápido possível.

- E então, como vão seus planos de paternidade? - Dany perguntou com um sorriso e eu ri da forma como ela falou

- Está mais ansiosa que eu... E eu estou bastante ansioso - falei e ela riu concordando com a cabeça.

- Sei o quanto você quer isso e, bem, sei que você vai ser um pai incrível - ela falou com gentileza - Já começou o processo?

- Não... Eu confesso que estou esperando toda essa loucura passar pra dar início ao processo - falei com um suspiro - Sei que vou ter que aprender a conciliar as duas coisas, em breve, mas essa primeira etapa eu quero fazer com muita calma.

- Você não está errado - ela falou sorrindo - Mas sei que você vai se sair bem, Henry.

Modéstia a parte, eu também achava.

Eu me sentia pronto pra quase tudo, mas, confesso, eu não me preparei pra demora no processo. Eu sabia que os órgãos responsáveis eram minuciosos, mas achava que por ter uma boa condição de vida e ter a capacidade de dar uma boa vida a criança, isso ajudaria no processo.

Fui otimista demais nesse quesito, mas não me deixei desanimar.

Foram três longos anos em filas de espera e passando por entrevistas com assistentes sociais que avaliariam as minhas condições de criar uma criança. Enquanto o processo se desenrolava no seu próprio tempo, eu procurava constantemente visitar um dos orfanatos de Jersey que eu costumava ajudar há anos, desde muito antes de decidir que meu primeiro filho viria de lá.

Eu estava na calçada da casa dos meus pais, tinha ido passar um tempo com eles antes de ir até o orfanato. Estava quase chegando no carro, quando alguém se chocou contra mim com tanta força que eu quase caí.

- Ai! Caramba, eu sou tão desajeitada! - ouvi a voz da pessoa que acabara de esbarrar em mim - Sinto muito, tá tudo bem? - ela perguntou e eu me virei pra ela, sem crer no que eu via - Au... - ela gemeu de olhos fechados, esfregando a testa.

- Hayley?! - toda a minha surpresa ficou clara em minha voz e só ao ouvir minha voz falar o seu nome, ela abriu os olhos e me olhou, tão surpresa quanto eu - Hayley Brooks?!

- Hayley?! - toda a minha surpresa ficou clara em minha voz e só ao ouvir minha voz falar o seu nome, ela abriu os olhos e me olhou, tão surpresa quanto eu - Hayley Brooks?!

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- Henry? - ela sorriu lentamente, me olhando ainda surpresa, mas com certa nostalgia em seu olhar - Ah, meu Deus! Você ainda vive em Jersey?!

- Quando não estou trabalhando, sim... - sorri e ela sorriu mais - Mas nesse caso, essa é a casa dos meus pais - expliquei com um riso fraco - E você? Quando voltou? Não te vejo desde que você se casou... - comentei e o seu sorriso murchou um pouco, mas ela pareceu não se deixar abalar

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