MOTHER

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Joalin se olhou no espelho, encarando a pesada barriga de nove meses de gravidez, de seu terceiro filho. 

-Só mais dois dias e você pode sair daí, tá bom, meu amor? Mas por favor, aguente mais esses dois dias, pelos seus irmãos!- ela conversou com o bebê, antes de ajustar seu vestido no corpo mais uma vez, saindo do quarto logo em seguida. 

Ela se sentia pesada e ligeiramente indisposta

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Ela se sentia pesada e ligeiramente indisposta. A barriga estava maior dessa vez, bem maior. Ao mesmo tempo, parecia que seu corpo estava habituado à gravidez, após duas seguidas. Ela estava mais feliz do que nunca e mesmo que cansada, se sentia incrivelmente bem e saudável. 

A cobrança em cima da futura rainha era imensa e a parcela da população disposta à acabar com a monarquia não estava preocupada se ela estava grávida ou não, atacar sempre era viável para eles. Por sorte e graças ao bom trabalho que vinham fazendo, esses grupos eram uma minoria, mais ainda assim incomodavam. 

Após a divulgação das fotos do casamento, que para os súditos era apenas uma renovação de votos, os boatos de divorcio realmente se dissiparam, mas um novo boato surgiu e dessa vez ele era ainda mais pesado: dizia que Joalin tinha traído Bailey e que Zara não era filha dele. 

Era um absurdo, até porque a semelhança era evidente. É claro que eles tiveram de entrar com um processo e no final, saíram um pouco mais ricos do tribunal. Era bom para que soubessem que não deveriam mexer com eles, que não estavam para brincadeira e que o casamento deles era algo, inquestionavelmente, feliz, saudável e estável. 

Depois de todo esse tramite, não faltaram matérias elogiando Joalin e exaltando como ela surpreendeu à corte e ao povo, seja como princesa, futura rainha, mãe ou esposa. Ela era excepcional, mostrava diferença e era uma revolução para a monarquia europeia, a maior parte da população beijaria seus pés, se pudesse. 

Era três de janeiro e do lado de fora do quarto, a festa já começava a acontecer. O evento seria apenas para a família, até porque a loira poderia dar à luz em qualquer momento. Ainda assim, ela nunca deixaria a data passar sem uma comemoração digna. 

Entre trinta e um e primeiro, Joalin e Bailey comemoravam o marco inicial do relacionamento dos dois. No dia dois, Zion completou dez anos de idade e, no dia quatro, Zara faria seu primeiro aniversário. 

O bebê poderia nascer entre os irmãos mais velhos ou no dia do aniversário da, até então, caçula da família. A mamãe cruzava os dedos para que ele, ou ela, esperasse até o dia cinco e pudesse ganhar seu próprio dia. 

De qualquer forma, a vida do casal parecia destinada àquele mês. Janeiro, quando as sementes foram plantadas de maneira não intencional e, ao mesmo tempo, os lindos frutos foram colhidos, as crianças eram a prova disso. 

Any também esperava um bebê, a cunhada de Joalin anunciou sua gravidez durante a festa de ano novo, que agora acontecia em Londres e não passava de uma celebração entre as famílias May, Loukamaa e um número pequeno e limitado de amigos próximos. 

No salão principal, o grupo de pouco mais de 30 adultos e cerca de 5 amigos de escola de Zion interagiam em volta da mesa montada sob o tema floresta. A filha caçula parecia seguir os passos de seu irmão e já demonstrava conexão com a natureza, sempre incentivados pelos seus pais. 

-Quando eu acho que você conseguiu chegar no ponto máximo da sua beleza, você consegue me surpreender- Bailey sussurrou no ouvido de Joalin, por entre os caminhos que ela fazia para cumprimentar alguns convidados, já que tinha decido depois de seu marido. 

-Às vezes eu sinto que engoli uma melancia inteira- ela disse, passando a mão na barriga e suspirando um pouco cansada. 

-Vem, senta aqui- ele puxou uma cadeira para ela- O bebê melancia logo irá sair daí! 

-Eu espero que ele se mantenha aqui até o dia cinco, Bay. Eu realmente espero. 

-Eu sei que não quer estar longe de Zara em seu primeiro aniversário, meu amor- beijou sua testa- Se acontecer amanhã, levamos as crianças para o hospital.

-Mas- ela foi interrompida. 

-Ninguém pode nos proibir de nada, lembra? 

-Você não era assim!- ela sorriu boba- Todo dia me pergunto se sou, ou fui, uma boa influência para você. 

-Eu diria que você é a melhor de todas! 


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