O sol já está quase se escondendo novamente como faz todos os dias, mas hoje ele está tão escondido sobre as nuvens que mal da para o ver. Hoje, as nuvens choram em memória daqueles que se foram.
John estaciona seu carro na garagem e saí em direção da porta, ao entrar esfregando suas mãos por causa do frio começa a tirar seu casaco enquanto chama sua esposa.
-Katy? --diz John tirando seu casaco e colocando no armário.
-Katy? Está aí? Você não imagina o frio que está lá fora --diz John indo em direção da sala.Ao chegar na sala ele vê Katy sentada no sofá de costas para ele, ela não o respondeu nenhuma vez e isso o fez chamar a sua atenção mais uma vez.
-Katy, você acredita que o Alex se demitiu do emprego? Me ligaram hoje não sei o por quê falando sobre isso, aquele irresponsável. Vamos conversar seriamente com ele hoje --diz John afrouxando sua gola da camisa.
-O quê foi? Está quieta, aconteceu alguma coisa? --diz John se aproximando dela.Ele a vê com lágrimas nos olhos que escorriam sobre seu rosto delicado e caíam sobre sua blusa, ela respira dificilmente e o olha ainda emocionada, John sem pensar duas vezes senta-se ao seu lado e a olha preocupado tentando descobrir o que havia acontecido.
-Vamos Katy, fala. Você já está me deixando preocupado --diz John.
-O Alex fez alguma coisa de errado? Por quê é o que parece, você não fica assim atoa...--diz John a olhando.
-Fez, não é? O que foi dessa vez? --diz John.Katy recupera sua voz que havia se perdido em seu momento de desespero e fala em uma sintonia fraca quase como um murmuro.
-O Alex...ele...--diz Katy suspirando.
-Ele?...--diz John.
-Ele...ele está...--diz Katy antes de ser interrompida.Neste exato momento, policiais batem rapidamente na porta gritando alto que estavam com um mandato e iriam entrar, John a olhou assustado e foi abrir a porta para eles.
-Senhor Janson? --diz o policial.
-Sim, sou eu --diz John olhando para os policiais ali em seu jardim.
-Temos um mandato, aqui está. Vamos homens, entrem e revistem tudo! --diz o policial depois de entregar a folha para John.Todos os policiais que estavam ali entraram rapidamente e começaram a revistar tudo enquanto John os olhou incrédulo e sem palavras.
-Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo? --diz John.
-Seu filho Alex Janson fez um tiroteio na escola Rivalli Hight School, matando vinte e oito alunos e dois professores e um guarda, e ferindo trinta e dois alunos. Junto com o outro estudante Ben Connor --diz o policial seriamente.John ficou com os olhos arregalados e sem palavras para se dizer, estava tentando acreditar nisso tudo e então olhou para Katy que ainda chorava silenciosamente perto da porta o olhando.
-Isso... é verdade?....Katy...--diz John.
-Sim... é...--diz Katy ainda chorando.
-Meu Deus...que...que...que horror...meu próprio filho?...Alex como pode?...--diz John ainda incrédulo.
-Vamos começar a investigar o caso --diz o policial subindo as escadas.
-Katy, ele vai ficar preso para sempre --diz John a olhando.
-Não, não vai...--diz Katy.
-Como não vai? Hein? --diz John.
-Porque ele está morto...--diz Katy começando a chorar novamente.John não conseguiu se segurar e lágrimas começam a escorrer de seu rosto, um sentimento de culpa sobrecarregou em cima de si, uma mistura de tudo que já viveu em um sentimento só. Ele suspira fundo e automaticamente abraça Katy fortemente enquanto ela chorava muito, mas muito mesmo. Sei que não foram bons pais, mas eles merecem o seu perdão.
-Fomos tão ruins para ele...--diz Katy em meio as lágrimas.
-Logo hoje que...que eu queria me acertar com ele...--diz Katy.
-Eu sei...eu sei...--diz John.17:05 p.m.
Os dois depois de um mero tempo tentando se estabilizar emocionalmente os policiais descem as escadas com algumas coisas de Alex em bolsas, como celular, computador, cadernos, etc. John ainda abraçado com Katy os observa passar por seu lado e indo embora, quando o policial chefe desce as escadas e os chamam para subirem somente os dois.
-Eu dou a vocês dez minutos, depois eu vou subir e vou pegá-lo --diz o policial.
Katy o olha estranhamente limpando seus olhos com o lenço e começa a subir as escadas com John logo atrás, os dois entram lentamente no quarto de Alex e vêem que está tudo organizado, porém, faltando algumas coisas. Suas roupas ainda estavam em cima da cama arrumada exatamente como ele deixou, seu relógio continuava com o som do tic, toc, e seu perfume ainda estava presente no ar. Katy suspira lentamente e olha para o quadro tampado com a coberta de Alex como ele mesmo havia feito, os dois se aproximam e John olha para Katy curioso para saber o que era, quando ela concede.
John tira a coberta rapidamente revelando assim o quadro de Alex, Katy automaticamente ao ver colocou as mãos na boca querendo gritar mas nada saía, John ficou ainda mais pasmo tentando entender cada traço da pintura estilo realista com uma pitada de expressionismo. É, Alex tinha talento.
-Aí, Meu Deus! --diz Katy não parando mais de chorar querendo gritar para tudo e todos.
-Como nós podemos...--diz John.Na pintura de Alex estava o seguinte, ele pintou as sombras bem negras com seus olhos grandes assustadores e sem boca, elas puxavam Alex que estava na frente tentando correr com suas garras negras, ele estava com a mão esticada como se estivesse pedindo ajuda para o puxa-lo ou algo do tipo, sua face estava branca em referência há palidez e com olheiras embaixo dos seus olhos lembrando os pesadelos e as noites mal dormidas, além de sua overdose de medicamentos. Sua expressão era de desespero como mostra em seus olhos arregalados e sua boca bem aberta como se estivesse gritando fortemente, e em seu olhar havia medo e tristeza pois não apresentavam brilho algum. E logo mais próximo a sua mão esticada e de sua boca havia escrito: "Me ajude!".
John pega a placa na qual Alex deixou abaixo do quadro e passa suas mãos depois de ler o que estava escrito: "Não adianta chorar, agora é tarde demais".
Um silêncio prevaleceu enquanto Katy recuperava seus choros e o policial entra no quarto, ele os olha seriamente e depois pega o quadro nas mãos.
-Espero que se recuperem, o que o filho de vocês fez...foi horrível, e ninguém merecia isso. O corpo dele está agora no IML na utópica, quando estiver liberado alguém os ligará e poderam ir lá, reconhecer...--diz o policial.
-Obrigado...--diz John.O policial foi embora rapidamente em sua viatura, os dois continuaram ali no quarto sentados na cama silenciosamente pensando em tudo o que aconteceu, é claro, principalmente na culpa que sentiam e nos desafios que viriam daqui para frente, como as críticas, por exemplo.
Eles não quiseram ir até a escola porque seria inválido, muitos jornalistas praticamente pularião em cima deles e além do mais, o corpo de Alex já não estava mais ali, aliás, de ninguém estava.
..."Nem sempre o hoje pode ser resolvido amanhã, pois o amanhã pode não chegar"...
-- Autora17:16 p.m.
Fique com o próximo capítulo!
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R U N a sua última chance.
Teen FictionTrês melhores amigos vivem suas vidas normalmente na escola, Mia James não é popular mas namora o capitão do time de futebol, Chloe Jones é a mais tímida dos amigos e gosta muito de música e Fred Manson é o amigo gay mais divertido já existente, ado...