~•~ SOLIDÃO ~•~

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Em meio ao desespero do momento e da tristeza que estava começando a consumir pouco a pouco, Lucy pegou o seu carro e nem esperou Tyler, saiu em dispara para a escola e Tyler foi logo atrás com seu carro

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Em meio ao desespero do momento e da tristeza que estava começando a consumir pouco a pouco, Lucy pegou o seu carro e nem esperou Tyler, saiu em dispara para a escola e Tyler foi logo atrás com seu carro. Ao chegar ela estaciona seu carro em qualquer lugar e saí rapidamente andando em direção da escola, Tyler correu para tentar alcança-la mas uma onda de jornalistas a pegou de surpresa impedido sua passagem.

-Senhora Connor, senhora Connor! --diz um repórter.
-A senhora sabia de alguma coisa? --diz um repórter.
-Por quê a senhora não evitou? --diz outro.
-Seu filho já era assim desde pequeno? --diz um.
-Como pode conviver com alguém assim? --diz outro.
-O mundo precisa saber! --diz outro repórter.

Lucy tentava passar em meio a tantas perguntas, quando acaba se irritando e então começa a falar:

-Não me importa se o mundo precisa ou não saber, vão atrás de outras pessoas porque eu já estou farta de vocês! --diz Lucy conseguindo sair de toda aquela multidão, Tyler viu tudo ao longe mas continuou assim.

Os jornalistas continuaram a falar o quão indignados ficaram com a atitude de Lucy, ela foi até alguns policiais tentar saber notícias mas eles a barram, afinal, ninguém pode entrar na escola.

-Desculpe senhora, mas somente profissionais --diz o policial.
-Mas pelo menos vocês tem alguma informação a me dar? Qualquer uma --diz Lucy aflita.
-Estes homens estão indo agora mesmo até a sua casa, eles tem um mandato e vão entrar para recolher provas --diz o policial mostrando sua equipe para Lucy.
-Tanto faz...entrem e levem o que quiserem...o que havia lá de mais valioso já não tenho mais --diz Lucy seriamente.
-Então... senhora, desculpe mas a senhora precisa dar espaço. O corpo de Ben Connor já está no IML para a autópsia, eles a ligarão...com licença --diz o policial voltando a conversar com outros policiais.

Lucy olhou ao redor com as mãos na cabeça as deslizando delicadamente até seu rosto, ela viu os jornalistas, policiais, o Tyler ao longe com as mãos no bolso encostado em seu carro, e quando olhou para a escola novamente ela viu bombeiros saindo com uma maca e em cima dela uma bolsa térmica de alumínio com um corpo dentro. Lágrimas começaram a escorrer de volta sobre seu rosto, aquilo tudo era um pesadelo real que estava longe de terminar.

                                                     17:27 p.m.

-Senhora Connor? --diz uma voz feminina suavemente.

Mia ficou lá fora no pátio da escola esperando que Lucy aparecesse para lhe entregar o bilhete, ela não iria embora. Além do mais, ela teve que dar algumas entrevistas ao vivo para os jornalistas e isso a deixou ainda mais exausta do que estava, ela só queria ir para casa e se possível nunca mais sair de lá.

-Sim? --diz Lucy virando-se rapidamente e limpando suas lágrimas.
-Sou Mia...eu...eu presenciei do começo ao fim e...antes de morrer...Ben me entregou isto, ele mandou lhe entregar...--diz Mia estendendo sua mão com o bilhete para Lucy.
-Ah, obrigada querida...--diz Lucy pegando o bilhete emocionada.
-Eu...posso lhe dar um abraço? --diz Lucy.
-Pode...--diz Mia também emocionada.

As duas se abraçaram fortemente emocionadas e Lucy depois de alguns segundos pensativa olhou bem nos olhos de Mia e disse:

-Eu sinto muito...por tudo o que passou lá dentro...--diz Lucy.

Mia permaneceu calada e apenas assentiu timidamente, ela não tinha palavras para se dizer...não para Lucy, a mãe de Ben Connor...o atirador. Lucy ficou um pouco envergonhada depois de ter dito aquilo mas ela sentiu que foi necessário, ela sabe que o que o filho dela fez... será imperdoável demais.

Mia já se distanciando do pátio e pensando em ir embora, avista Tyler encostado em seu carro. Ela pensou muito se realmente valeria a pena trocar palavras novamente com ele, mas pelo visto...sua coragem e determinação voltaram. Ela foi andando lentamente na direção de Tyler com os braços cruzados e sua expressão triste e pálida com seus olhos quase inchados de tanto que havia chorado, ele estava tão frustado e com uma expressão séria olhando tudo em volta que nem a percebeu se aproximando dele.

-Tyler?...--diz Mia com sua voz leve e fraca.

Tyler olhou rapidamente para seu lado direito e viu Mia, ele ficou a olhando perplexo pois...ele pensou que...que...talvez ela...ah, deixa para lá! Vamos deixar as preocupações e as frustrações um pouco de lado, pelo menos agora. Ele estava sem palavras mas em sua cabeça haviam várias, ela o olhava com aqueles olhos castanhos brilhantes tão profundamente que o fez desviar o olhar por alguns segundos e voltar a olha-la.

-Mia?...eu...nossa... é bom te ver de novo --diz Tyler depois de suspirar.
-Digo o mesmo...pensei que não o veria de novo --diz Mia.
-Eu pensei o mesmo quando...soube...--diz Tyler olhando ao redor.

Mia suspira calmamente e olha ao redor, ela sentiu que Tyler a encarava mas não se atreveu a olha-lo de novo.

-Eu...sinto muito Mia...--diz Tyler a olhando com um olhar triste.

Mia começa a chorar novamente ainda olhando em volta, suas lágrimas escorriam sobre seu rosto delicado e pálido. Ela lembrou tudo o que passou e viu, fazendo com que o seu desespero voltasse novamente.

-Ele morreu na minha frente...--diz Mia colocando as mãos no rosto.

Tyler não conseguiu aguentar, lágrimas começaram a escorrer de seu rosto e então tomando uma atitude, ele se aproximou de Mia e a abraçou confortando-a fortemente enquanto ambos choravam juntos silenciosamente.

Os dois permaneceram assim juntos por um bom tempo, Lucy estava ao longe perto do seu carro com os braços cruzados os observando, ela ainda lacrimejando sorriu levemente ao ver aquela linda cena...parecia um abraço tão aconchegante...e era tudo o que ela queria agora, mas não com qualquer um...ela queria com o seu filho, Ben.

Já não havia quase ninguém mais na escola, os pais já haviam ido embora se não já teriam pulado em Lucy a culpando ou algo do tipo, os bombeiros por fim terminaram seu trabalho e fecharam pela última vez as portas do caminhão do IML. Os policiais ainda continuavam seu trabalho que está longe de terminar, pois as investigações vão começar desde já, enquanto isso a casa de Lucy estava sendo revistada do chão ao teto. Mas ela não liga para isso, pois como ela mesma disse:

..."O que havia lá de mais valioso, já não existe mais"...

                                                     17:45 p.m.

Fique com o próximo capítulo!

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