ROMANCES MENSAIS
LIVRO X – ESPIONAGEM DE OUTUBRO
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CAPÍTULO XXVIII - DESCULPAS
Sara estava radiante, enquanto seguíamos para o almoço de família na mansão de Clint Barton. Depois de passar a noite conversando com Beth, ela parecia muito mais disposta a enfrentar a família e qualquer acusação que pudesse sofrer dos primos. Estava até mesmo cantarolando as músicas que passavam no rádio e encarava a paisagem pela janela do carro como se o dia estivesse ensolarado e brilhante.
Sorrio, observando-a pelo canto do olho. Sua alegria era contagiante e eu não poderia estar mais agradecido a Beth por ter distraído e dado tanto apoio a Sara. Acho que eu nunca a vi tão feliz desde que a conheci. Seus olhos pareciam pedras preciosas recém lapidadas e era nítido como ela não conseguia conter o sorriso em seus lábios desde que saímos da casa da irmã e cunhado de minha chefe.
- O que foi? Por que está me olhando assim? – Questiona a loira, assim que paro no sinal fechado. Ela me encarava com curiosidade, igual a uma criança. Era adorável.
- Nada. Eu só estou feliz por você estar feliz. – Respondo e seu sorriso se amplia, enquanto ela entrelaça nossos dedos. – Eu estava preocupado, pensando que você ficaria mais deprimida para ir almoçar com sua família, depois do fiasco que foi o evento de ontem, mas é bom te ver contente e confiante assim.
- Beth me fez lembrar de como funcionava nossas brigas na infância. Infelizmente, meus primos e eu temos a péssima mania de falar mais do deveríamos quando estamos chateados e sempre fazemos idiotices. No dia seguinte, nós nos desculpávamos e estávamos mais unidos do que nunca. – Comenta Sara, sorrindo nostálgica. Ela suspira e se acomoda melhor no banco. – A situação em si é bastante complicada. Beth me fez lembrar que eles têm todo o direito de estarem bravos, porque eu fiz algo bastante perigoso e, de certa forma, cruel com eles. Ao mesmo tempo, eu também tenho o direito de estar chateada por não terem me dado a oportunidade de me explicar. Mas está tudo bem. Eu os conheço bem e sei que estarão com aquelas expressões de culpa e bicos enormes em seus lábios, envergonhados por terem agido com infantilidade, mesmo todos sendo adultos. – Ela ri e me dá uma piscadela.
- Acha que todos vão aparecer? – Pergunto, incerto. – Oliver, Nancy e Thea pareciam bastante furiosos ontem. E mesmo que estejam arrependidos, eu não sei se eles vão ser capazes de deixar o orgulho de lado para aparecer em um prazo tão curto.
- Eu tenho certeza de que vão. – Garante Sara, dado de ombros, mas logo abre um sorriso calmo e confiante. – Beth pode ter a aparência de ser a mais nova e mais doce de todos nós, mas ninguém desafia a autoridade de prima mais velha. O que ela disse ontem é verdade. Quando tio Clint não está, ela é quem está no comando. Além disso, Beth é louca o bastante para aparecer na casa de quem não comparecer e arrastar pela orelha até a mansão do tio Clint.
- Se você está dizendo... – Respondo, ainda inseguro sobre suas palavras, enquanto voltava a dirigir. A verdade era que eu não queria que ela tivesse altas expectativas e acabasse se decepcionando pelos primos não agirem como ela espera. Sara já havia se machucado demais com as palavras cruéis de seus primos na noite anterior. Ela não merecia ser maltratada mais uma vez.
- Obrigada. – Sara agradece e deixa um beijo em minha bochecha. Seu sorriso era tão doce que por alguns instantes, até mesmo esqueço que eu estava dirigindo. – Eu sei que está preocupado e que a primeira impressão que teve de meus primos não foi uma das melhores, mas a verdade é que por trás de toda a genialidade que possuímos, existem crianças que não amadureceram suas emoções ainda. Mas nós nos amamos. Somos como irmãos que estão sempre brigando e que às vezes passam dos limites, mas que no fim do dia estão se abraçando, beijando e se amando de novo.
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Espionagem de Outubro
FanfictionSara Lance e Leonard Snart se esbarraram pela primeira vez durante uma importante missão para impedir um magnata importante da perigosa organização criminosa, HYDRA. Agentes de agências rivais do governo, eles se consideravam inimigos naturais. A si...