ROMANCES MENSAIS
LIVRO X – ESPIONAGEM DE OUTUBRO
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CAPÍTULO IX - LIMITES
Desde que eu conheci tia Tasha, quando eu tinha apenas oito anos de idade, eu aprendi que para se tornar uma agente especial da CIA é necessário que se siga três regras essenciais para garantir a segurança da agência e o sucesso nas arriscadas missões em que somos enviados. Não havia exceções e era exatamente por isso que todas as vezes em que eu era enviada para iniciar uma nova missão, as mesmas regras sempre eram repetidas, para que eu jamais me esquecesse.
A primeira regra é nunca revelar suas origens a ninguém. Isso evitava colocar familiares e amigos em risco e, automaticamente, garantia que eu não teria contratempos desnecessários como algum criminoso ameaçando a vida de minha família se eu não agisse conforme suas ordens.
A segunda regra era não me envolver emocionalmente com o caso. Sentimentos sempre atrapalham a missão, ainda mais quando é necessário julgar quem é o criminoso e quem é a vítima da história. Por isso, é necessário que se saiba separar nossas perspectivas profissionais das nossas concepções pessoais e nunca devemos agir de acordo com nossos sentimentos.
A terceira e última regra é de nunca, jamais, em hipótese alguma, o agente da CIA deve se envolver romanticamente com alguém que está envolvido em uma missão. Especialmente se ele for seu parceiro e um agente do FBI. Tudo bem que essa última parte foi estipulada por mim, mas eu sabia que essa era uma combinação perigosa e completamente inconsequente.
Todas essas regras possuem o objetivo de nos manter focados na missão. Sem distrações, sentimentalismo ou interferência de terceiros que pudessem influenciar em nossas decisões e ações. Nós somos treinados para escolher a missão e o bem dos civis antes de nossa própria vida ou de nossos parceiros ou colegas de trabalho. Uma escolha difícil que não raramente tínhamos que fazer.
Eu sempre levei meu trabalho muito a sério. Fiz muitos sacrifícios para conquistar o cargo, o respeito e a confiança que tenho dos diretores e outros agentes importantes da empresa. Mas tudo mudou no dia em que conheci Leonard. A missão onde acabei perdendo minha parceira foi a primeira falha da minha carreira e que me fez ir contra a segunda regra essencial que tanto ditei para mim mesma desde que entrei na CIA.
A partir daquele dia, eu fiz uma promessa de que eu jamais voltaria a cometer o mesmo erro. Que manteria minha mente focada na missão e ignoraria qualquer interferência que me impedisse de agir racionalmente durante o trabalho. No entanto, a cada minuto que passo ao lado de Leonard, mais forte eu tenho a sensação que estou traindo a Ava e a promessa que eu fiz em seu leito três anos trás.
Eu contei meu passado a Leonard. Confiei o segredo de minha vida a alguém que nem conheço. E como se não bastasse ter agido de forma imprudente ao revelar a complicação e os nomes de todos que são importantes para mim, eu ainda me deixei levar pelos meus sentimentos após o intenso beijo que trocamos na pista de dança.
Sem ter qualquer controle de minhas ações, eu me deixei levar. Eu me entreguei completamente ao beijo que eu sabia que fazia parte da missão. E mais do que isso, eu pateticamente me senti frustrada e decepcionada quando Leonard revelou de forma indireta que havia me beijado porque estávamos sendo observados por Von Strucker e Arnim.
E agora, enquanto andávamos de mãos dadas pelo navio em direção ao nosso quarto, eu observava a bonita lua cheia brilhar no céu. Estávamos no convés do navio e era possível sentir o vento frio da noite de outono nos atingir, nada comparado a alta temperatura do salão de festas onde ainda acontecia o baile à fantasia.
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Espionagem de Outubro
FanfictionSara Lance e Leonard Snart se esbarraram pela primeira vez durante uma importante missão para impedir um magnata importante da perigosa organização criminosa, HYDRA. Agentes de agências rivais do governo, eles se consideravam inimigos naturais. A si...