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Alcanço meu celular embaixo do travesseiro quando ele desperta às cinco e cinquenta da manhã. Não costumo acordar esse horário, mas dormi no apartamento de Christopher e não quero que as crianças me vejam ao acordar.

Com algum esforço para não o acordar, afasto seus braços e me rastejo para a beirada da cama, mas seu braço envolve minha cintura antes que eu possa levantar, puxando-me de volta ao encontro do seu corpo e suspiro ao sentir sua boca em meu pescoço.

— Por que está fugindo? — murmura roucamente e sinto meu corpo inteiro se arrepiar.

— Não estou fugindo — digo em um sussurro, sentindo-o beijar o lóbulo de minha orelha — Quero sair antes que as crianças possam acordar, além disso, tenho ioga e vou levar Lucas para a escola, lembra?

— Por que você faz ioga tão cedo?

— Eu trabalho em casa e depois do que aconteceu com Fernando, precisava de um motivo para acordar cedo e não trocar meus horários constantemente.

— Por que Ioga? — pergunta curioso ainda me abraçando — Fico entediado só de falar — rio pelo nariz e entrelaço minha mão a sua.

— Liana recomendou que eu fizesse alguma atividade física, já que liberam endorfinas que ajudam a depressão — explico receosa. Não gosto muito de falar sobre meu momento de fraqueza, mas Christopher não parece se importar e muito menos me julgar — Não tenho muita coordenação e não gosto de academia, então comecei com o ioga. Me ajuda a relaxar.

Sua mão solta-se da minha e desliza por minha barriga até entrar por baixo da camisa que eu uso – que é dele, por sinal –, enquanto sua língua traça uma linha invisível em meu pescoço. Suspiro, pressionando meu corpo contra o dele.

— Conheço uma atividade física que pode te ajudar a liberar essas endorfinas, te fazer relaxar e é muito melhor que Ioga — sussurra entre beijos em meu pescoço. Sua mão faz uma carícia suave em meu seio, roçando o polegar contra meu mamilo e preciso morder o lábio para não gemer.

— Não quero que as crianças me vejam aqui — murmuro. Sua resposta é roçar seu quadril contra minha bunda, pressionando sua ereção e me fazendo suspirar outra vez — Tenho que levar Lucas para a escola — argumento, empurrando meu corpo contra o dele e levando uma mão até seu cabelo, pressionando-o em meu pescoço — Precisa me deixar ir, não vou conseguir sair dessa cama com você me provocando desse jeito.

— O problema é que não quero te deixar ir — gemo baixinho quando sua mão desce por meu corpo até encontrar meu sexo molhado — Foram duas semanas longe de você a ainda não matei minha saudade.

— Eu também não — confesso, fazendo-o gemer ao rebolar meu quadril contra seus dedos e sua ereção — Se vamos fazer isso, tem que ser rápido. Ainda preciso levar seu irmão na escola.

— Rápido e gostoso, prometo — seus dedos me penetram e arqueio meu corpo em sua direção, forçando ainda mais meu quadril contra o seu — Você sempre está tão molhada para mim — murmura excitado.

— Não me torture desse jeito, por favor — suplico.

Mordo o lábio inferior, reprimindo um gemido frustrado quando seus dedos se afastam de mim, mas suspiro aliviada quando sua mão empurra o samba-canção que eu uso para baixo, ergo meu quadril para ajudá-lo e me arrepio ao sentir seu membro tocar minha pele descoberta.

— Tem que trancar a porta — lembro ao senti-lo me abraçar outra vez, seu membro entre minhas coxas, roçando em meu sexo molhado.

— É cedo demais para as crianças acordarem e estamos cobertos, não se preocupe — penso em contestar, mas desisto quando o sinto se encaixar em mim.

O vizinho de cimaOnde histórias criam vida. Descubra agora