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Alfonso arregala os olhos e me olha de cima abaixo. Tínhamos que buscar as crianças na casa dele, então eu ainda estou com o cabelo molhado e usando a camisa de Christopher que vai até o meio das minhas coxas.

— O que aconteceu com você?

— Fomos a praia dar um mergulho — dou de ombros.

— Você está usando alguma coisa por baixo dessa blusa? — arqueia a sobrancelha, me fazendo rir.

— Estou de lingerie — ele ri balançando a cabeça.

— Transou na praia não foi sua descarada? — bato em seu braço com força.

— Me respeita e cala a boquinha, idiota! — Alfonso ri jogando a cabeça para trás — Cadê sua mulher?

— Foi trocar a fralda do Gael... Toma — me entrega o short que pedi para Anahí separar, não posso pegar as crianças desse jeito — Sabia que ela passou o dia inteira falando o quanto sentia falta de ter um bebê em casa?

— Dá um a ela — visto o short rindo — Depois que eles passaram o final de semana aqui, ela sempre me pergunta quando pode ficar com eles de novo.

— Tenho certeza de que não vou escapar dessa — rola os olhos, mas é nítido que está animado com a ideia — Agora que você está vestida, vai buscar suas pestinhas. Já te disseram o quanto Luna é debochada?

— Puxou ao irmão — rolo os olhos e entro na casa.

— E porque ele não saiu do carro mesmo?

— Ficou com vergonha de entrar sem camisa.

— Vou falar com ele.

Sigo para a sala e vejo Isabelle e Luna deitadas de bruços no tapete tirando fotos em seus celulares enquanto Alexandre dorme no sofá. Me ajoelho ao lado delas, fazendo uma careta para a câmera do celular, pegando-as de surpresa.

— Dinda! — sorri, sentando-se e me abraçando — Você estava na praia?

— Fui só tomar um banho — beijo sua bochecha.

— Mas é de noite — Luna me olha confusa e dou de ombros.

— Seu irmão é louco, me arrastou para lá. Pega suas coisas, gatinha, ele está nos esperando no carro. Vou procurar a Annie, certo?

Vou até o quarto de Anahí e a encontro vestindo a roupa de Gael, que coça os olhos, sonolento. Assim que me vê, ele arregala os olhos e estica os bracinhos em minha direção, fazendo ela olhar por cima do ombro e sorrir.

— Ei, como foi lá?

— Paco está confiante que as coisas estão boas para Christopher — pego o bebê no colo e roço meu nariz no seu, fazendo-o rir enquanto se agarra ao meu pescoço.

— Você foi mesmo na praia? — concordo — Transaram lá não foi? — sorrio maliciosamente, fazendo-a rir enquanto maneia a cabeça — Vocês dois não tem jeito, parecem que não podem ficar sozinhos que o fogo consome.

— Eu sei, mas hoje foi estranho — suspiro — Annie, quando viajamos no aniversário dele, me dei conta que o amava.

— Baby, isso é óbvio — rola os olhos — Você está brilhando, nunca te vi desse jeito antes, nem com o Paco, até o Poncho comentou isso.

— Eu acabei dizendo isso no meio do meu depoimento — ela arregala os olhos — Manuel me irritou, tentou insinuar umas coisas e acabei dizendo no calor do momento. Christopher ficou super estranho, saímos de lá sem falar nada, então me levou para praia. Nem conversamos nada, Annie, simplesmente fizemos.

O vizinho de cimaOnde histórias criam vida. Descubra agora