O vizinho de cima

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A casa está toda apagada quando o carro para em frente a ela. Saio do carro e agradeço ao motorista quando ele me entrega a mala, e entro tomando cuidado para não fazer barulho e acordar todo mundo. Deixo minha mala em um canto da sala e subo sem nem acender a luz. Depois de cinco anos morando aqui, já conheço cada detalhe dessa casa como a palma da minha mão.

Nosso quarto está gelado e iluminado apenas pela televisão, Christopher dorme com o peito nu exposto e o edredom cobrindo apenas seu quadril. Incrível o efeito que tem em mim mesmo após esses anos, começo a sentir meu corpo esquentar apenas em vê-lo assim. Meu plano é apenas dormir em seus braços essa madrugada, mas acabo de mudá-los.

Tiro minha roupa devagar, deixando-a no chão, tranco a porta do quarto e me aproximo da cama. Ele respira fundo durante o sono e vira a cabeça. Sorrio e puxo o edredom para o lado, observando seu membro semiereto por baixo da cueca. Minha boca se enche de água, eu estou morrendo de saudade dele. Subo na cama e puxo seu membro para fora do samba-canção, aproveitando-me do seu sono pesado.

Com a língua, toco levemente sua cabeça, sentindo seu gosto em minha boca e o calor crescendo em meu corpo. Minha intimidade contrai querendo senti-lo por inteiro. Lambo a extensão do seu membro antes de abocanhá-lo e sinto o corpo dele tencionar à medida que endurece ainda mais em minha boca. Sua mão encontra meu cabelo quando sugo a ponta e começo a masturbá-lo, nossos olhares se encontram quando olho para cima e me afasto apenas o suficiente para falar com ele.

— Surpresa, amor!

Christopher geme apertando meu cabelo e desço minha boca em seu membro o máximo que consigo, deslizando minha mão sobre o resto do comprimento. A cueca está me atrapalhando um pouco, então me afasto e ele ergue o quadril quando começo a puxá-la para baixo, mas não me deixa voltar ao que eu estava fazendo.

— Vem aqui, quero sentir essa boceta em minha boca.

Mordo o lábio e o deixo posicionar meus joelhos no travesseiro, deixando seu rosto entre minhas pernas. Sua língua toca minha intimidade quando a minha toca seu membro outra vez. É um misto de sensações quando estamos nessa posição, por um lado, quero apenas rebolar mais em sua boca e me entregar apenas as sensações que ele causa em meu corpo, por outro lado, quero causar o mesmo prazer e seguir seu ritmo, ciente de que vou enlouquecê-lo também.

Sua boca me chupa com força, sua língua faz movimentos experientes que me deixam mais excitada e quase me engasgo quando seu quadril impulsiona para cima enquanto seus dedos me penetram. Meu gemido reverbera por seu membro e cravo as unhas com força em sua cintura, aumentando a velocidade do movimento da minha boca. Seu quadril continua a impulsionar para cima, começo a rebolar o meu, buscando mais prazer. Meu ventre revira com a proximidade do orgasmo, seu membro pulsa em minha língua e arqueio meu corpo.

— Quero você dentro de mim — suplico.

Christopher solta meu quadril e arrasto meu corpo sobre o dele, montando em seu membro ainda de costas. Apoio as mãos em suas canelas e preciso morder meu lábio com força para evitar os gemidos altos que querem escapar, nessa posição eu o sentia ainda mais fundo dentro de mim e era maravilhoso. Acelero meus movimentos quando suas mãos apertam minha cintura com força.

— Chris... — chamei baixinho.

Seus dedos úmidos circundam minha entrada traseira, tento fazê-lo me penetrar ali, mas ele está jogando comigo, esquivando os dedos a cada tentativa. Começo a rebolar, parando de cavalgar nele, provocando-o do mesmo jeito.

— Porra, Dulce...

— Você está me provocando.

Christopher enfia os dedos em mim, aperto as unhas em suas canelas e jogo a cabeça para trás, sentindo-me preenchida por inteiro daquele jeito. Fico parada por alguns segundos, meu corpo inteiro está pinicando e sei que estou muito perto. Ergo meu corpo e volto a me abaixar com força sobre ele, e é o suficiente para eu me perder completamente.