+ Noavani | Hey, Mom
Durante anos se privando de falar com os amigos e a mãe, Noah Urrea retorna para casa. Os anos no exército lhe fizeram amadurecer, então ele deixou de lado toda a raiva que sentia pela mãe e voltou ao seu lar. Só que tudo tinha...
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12 / 04 / 2014
A três anos atrás
Vou me alistar no exército, minha mãe não queria que eu fizesse isso, por causa do meu pai, ele morreu em combate, mas eu quero honrar a memória dele, quero fazê-lo se sentir orgulhoso de onde quer que ele esteja. Então vou contra a vontade da minha mãe, ela não pode mandar pra sempre na minha vida.
Eu já sou formado em medicina que era o que a minha mãe queria, mas vou fazer bom uso desses seis anos de faculdade servindo ao exército.
— Tem certeza de que quer isso mesmo? — pergunta Lamar, meu melhor amigo.
— Claro que sim, isso é o que eu quero para a minha vida — respondo.
— Espero que não se arrependa — ele diz quando chegamos ao lugar de alistamento.
— Não vou me arrepender — respondo passando pela porta e seguindo meu sonho.
Faço meu alistamento e saio.
— Eai, como foi? — pergunta Lamar quando saio.
Sinceramente, eu não sei porque trouxe ele comigo. As vezes Lamar consegue ser lerdo a um nível extremo.
— Foi legal, meu treinamento começa daqui a duas semanas — digo animado.
— Espero que sua mãe não fique uma fera — ele diz começando a andar.
•••
— NOAH, POR QUE FEZ ISSO? POR QUE SE ALISTOU? VOCÊ SABE QUE EU NÃO QUERIA ISSO PRA VOCÊ, VOCÊ SABE QUE FOI ISSO QUE TIROU O SEU PAI DE MIM — grita minha mãe.
— MAS É O QUE EU QUERO FAZER MÃE, EU NÃO VOU FAZER ALGO QUE ME DEIXE INFELIZ. EU NÃO VOU REPETIR O SEU ERRO — grito e logo sinto meu rosto arder pelo tapa que recebi.
— PEGA AS SUAS COISAS E SAI DA MINHA CASA AGORA — ela grita chorando.
— ÓTIMO — grito indo em direção as escadas logo a subindo e pegando minha mala.
Arrumo minhas coisas e desço as escadas encontrando minha mãe chorando na poltrona da sala.
— Noah — ela se levanta vindo até mim.
Apenas abro a porta de casa e saio.
O que eu vou fazer? Pra onde vou?
Ligo para Lamar.
— Oi — ele diz com a voz rouca.
— Desculpa, atrapalhei seu sono? — digo com a voz tremula.
— Você tá chorando? O que foi? Ela espulsou você de casa? — ele pergunta preocupado.
— Posso ficar na sua casa? — pergunto chorando.
— Claro — ele responde.
— Já tô indo, tchau — digo tentando parar de chorar.
— Tchau — diz Lamar antes de desligar.
Lamar mora a três quadras da minha casa o que me fez andar um pouco. Enquanto andava lágrimas escorriam em meu rosto.
— Por que isso tá acontecendo comigo? — pergunto a mim mesmo enquanto ando pelas ruas escuras e desertas de Los Angeles.
Quando cheguei a porta da casa da família de Lamar ele já estava lá.
— Vem cá — diz descendo a escadinha que tem na entrada da casa de braços abertos.
Apenas me jogo em seus braços e choro durante vários minutos.
— Vai ficar tudo bem — diz Lamar enquanto me abraça — vamos entrar, minha mãe fez chá pra você.
•••
2 semanas depois
Aproveitei bastante essas duas semanas com Lamar, mas o dia do meu treinamento chegou então tenho que ir.
— Tchau Noah — diz Lamar me abraçando — boa sorte.
— Tchau Lamar, obrigado por tudo — digo retribuindo o abraço.
— De nada Noah — diz ele me soltando.
Me viro para sua mãe e seu pai e os abraço.
— Obrigado Sr. e Sra. Morris. — digo ainda abraçado aos dois.
— De nada querido, estamos sempre aqui pra o que precisar — Sra. Morris responde.
Me solto do abraço e apenas assinto sorrindo.
Agora, estou indo em direção a minha nova vida.
•••
Alguns meses depois
Depois de meses de treinamento me tornei médico de combate da primeira base. Esse não era meu objetivo inicial, porém parece que a implicância da minha mãe em me vê como um médico teve algum resultado. Espero que possa deixar todas as pessoas que acreditaram em mim orgulhosas, principalmente meu pai.
Durante o tempo de treinamento conheci Josh, que agora é meu amigo e companheiro na área da saúde.
Recentemente fui convocado a uma missão do outro lado do mundo e Josh está comigo. Espero que não nos separem ele é o único amigo que tenho.
— Preparado? — pergunta Josh quando saímos de dentro do helicóptero.
— Eu não sei, mas aqui vamos nós — digo suspirando.
