Capítulo 32 - Moonlight

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Não houve sinal de vida na casa após escutar a porta ser aberta e fechada em fração de segundos. Não me preocupei em procurar seja lá quem fosse.

Permaneci ali por longos minutos, minha mente ultimamente está tão sobrecarregada com as coisas do trabalho e sobre ele. Pensar em nós é o que eu faço quando não estou ocupada trabalhando e, às vezes nem assim consigo evitar.

– Está tudo bem? - salto ao escutar uma voz serena atrás de mim. - Uhn, não era a intenção te assustar, desculpa.

– Céus, desde quando está aí? - me viro para ver o homem encostado na porta de vidro.

– Uns cinco minutos! - arqueou as sobrancelhas cruzando seus braços. Sua fina camisa cinza realça seu peitoral e as mangas longas fazem o mesmo com seus braços.

– E só se manifestou agora? - pergunto e olho para o lago assim que ele nota meu olhar sobre seu corpo.

– Estava tentando adivinhar no que você estava pensando, parecia longe! - o maior se senta ao meu lado e encara o lago.

– E conseguiu adivinhar? - disse.

– Trabalho talvez? - deu de ombros com um sorriso no canto de seus lábios.

– Também. - falo e ele me olha, encaro seus olhos agora escuros.

– Você está bem? - pergunta e eu abro a boca para falar, mas ele me interrompe. - Estou perguntando no geral, Luna, sem omitir nada. Você está mesmo bem? 

– Eu estou bem na medida do possível, Bieber. - disse após um longo suspiro. - E você?

– No geral, bem, tirando a minha vida amorosa que anda de mau à pior. - murmura e eu balanço a cabeça positivamente. Me encolhi ao sentir mais uma onda de vento frio. - Sinto sua falta.

Aquela frase atingiu meu corpo de uma maneira que eu não estava preparada, meu estômago parece girar em 360° graus, sem pausas.

– Nós sabemos que isso aqui não nos levará a lugar algum. - as palavras saem amargas e me arrependo no segundo seguinte. Justin se cala e isso me fere. - Eu também sinto sua falta, mas isso não foi uma escolha minha.

– Eu não escolhi terminar, Luna! - disse rapidamente.

– Escolheu desconfiar, o que é pior. - dou de ombros e desvio meu olhar do seu.

Nós ficamos mais alguns minutos em silêncio, o vento trazia seu perfume para mim como algo proposital, estou me remoendo por dentro agora.

– Eu acredito em você...

– O que disse? - pergunto após escutar seu sussurro.

– Acredito em você, Luna. Talvez tenha preferido não encarar a realidade, às vezes a mentira é menos dolorosa, entende? Me neguei a acreditar que a mãe das minhas filhas fosse o que ela realmente é.

– Por que demorou tanto para confiar em mim, Justin? Eu jamais mentiria para você por causa de ciúmes, esperava que você soubesse disso! - falo e sei que deixei a mágoa evidente.

– Eu sinto muito por isso, na verdade sinto muito por tantas coisas! Sei que te fiz sofrer e não digo apenas de agora, te fiz sofrer quando deixei que se colocasse no lugar de amante, quando dizia que não era errado, sendo que era muito errado. - ele me encara a cada palavra dita, o que deixa tudo mais intenso.

The Baby Sitter • JBOnde histórias criam vida. Descubra agora