Quatro

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Estou rodopiando com alguém quando avista uma figura solitária perto do bolo e da fonte de champanhe.

É o príncipe Nick de novo, com uma taça na mão, observando o principe Ondreaz e meu irmão conversando enquanto rodam o salão de baile

Meu irmão?

Ele tem aquela cara cortês odiosa de desinteresse,como se tivesse mais o que fazer da vida do que estar parado ali.

Não resisto ao impulso de provocá-lo

Abeo caminho pela multidão,pego uma taça de vinho de uma bandeja no caminho e tomo
metade de uma vez só.

— Quando for seu aniversário—Eu digo  chegando ao lado dele — É melhor contratar duasfontes de champanhe em vez de uma só. Dá vergonha ir a um casamento com só uma dessas.

— Tony —Nick diz com aquele sotaque insuportavelmente esnobe.De perto, o colete dele sob o paletó é de um tom dourado exuberante e deve ter um milhão de botões. É horrível. —Estava me perguntando se teria esse prazer de conversar com você

— Parece que é seu dia de sorte — Eu diz, sorrindo.

— Realmente é uma ocasião histórica — Nick concorda. Até o sorriso branco dele é radiante
e imaculado, pronto para ser impresso em dinheiro.

O mais irritante de tudo é que eu sei que Nick também o odeia — ele deve odiar, os dois
são antagonistas mútuos naturais — mas me recuso a ser sincero em relação a isso.

No fundo,eu sei que política envolve ser simpático com pessoas que você odeia,mas ele queria que uma vez, uma que fosse,Nick agisse como um ser humano de verdade em vez de um brinquedinho de corda reluzente vendido em uma loja de presentes do palácio.

Ele é perfeito demais.

— Você nunca se cansa — Eu pergunto — de fingir que é melhor que isso tudo?

Nicl se vira e me encara

— Não sei se entendi o que você quer dizer.

— Tipo,você fica lá, fazendo os fotógrafos te seguirem, passeando como se odiasse toda essa atenção, o que visivelmente não é verdade já que chamou bem a minha melhor amiga para dançar — Eu digo — Você age como se fosse importante demais para estar em qualquer lugar, sempre.Não cansa?

— Eu sou… um pouco mais complicado que isso — Nick arrisca.

— Ah,tá bom.

— Ah — Nick diz, estreitando os olhos. — Você está bêbado.

— Só uma sugestão — Eu digo, pousando o cotovelo com intimidade excessiva no ombro de Nick,o que não é tão fácil quanto eu gostaria porque Nick é uns dez centímetros irritantes mais alto que eu. — Você podia fingir que está se divertindo. De vez em quando.

Nick ri com pesar.

— Acho que talvez seja melhor você tomar uma água,Tony

— É mesmo? — Eu pergunto.Deixo de lado o pensamento de que talvez tenha sido o
vinho que lhe deu coragem para puxar papo com Nick e finge o olhar mais recatado e angelical que consegue. — Estou te ofendendo? Desculpa se não sou tão obcecado por você quanto todo mundo.Sei que deve ser confuso.

— Quer saber? — Nick diz. — Eu acho que você é, sim.

Eu fico boquiaberto, enquanto a boca de Nick esboça um sorriso quase maldoso.

— Só uma ideia — Nick diz, com o tom polido.

— Você já notou que nunca abordei você e
fui exaustivamente educado todas as vezes em que nos falamos?Mas aqui está você, me
procurando de novo. — Eu dou um gole do champanhe. — Só um comentário.

— Quê? Eu não… — Nick balbucia. — É você que...Tenha uma ótima noite,Tony— Nick diz, tenso, e se vira para ir embora.

Eu fico furioso por Nick achar que pode dar um fim à conversa e, sem pensar, estendo a
mão e o puxo pelo ombro.

Nick se vira, de supetão, e quase me empurra  dessa vez.Por um breve momento, fico
impressionado com o brilho nos olhos dele, a explosão abrupta de uma personalidade verdadeira.

Antes que se dê conta, ele tropeça no próprio pé e cai para trás, esbarrando na mesa mais
próxima.

Tarde demais,ele percebe,horrorizado, que essa é a mesa que abriga o enorme bolo decasamento de oito andares, e segura o braço de Nick para se endireitar, mas tudo que consegue é desequilibrar os dois e fazê-los cair juntos em cima do suporte do bolo.

Eu observo como se em câmera lenta, o bolo se inclinar, balançar, estremecer e, finalmente,
tombar. Não há absolutamente nada que ele possa fazer para impedir.

O bolo cai no chão em uma avalanche de glacê branco, uma espécie de pesadelo açucarado de setenta e cinco mil
dólares.

Um silêncio ensurdecedor toma conta do salão quando o impulso o leva ao chão junto com Nick caindo bem nos destroços do bolo no carpete decorado, a minha mão ainda segurando a manga de Nick

A taça de champanhe de Nick entornou sobre os dois e se quebrou e, pelo canto do olho,posso ver que um corte na maçã do rosto de Nick começara a sangrar.

Por um segundo, tudo em que consego pensar enquanto olho para o teto, coberto de glacê e champanhe, é que, pelo menos, a dança de Nick com Addison não vai ser a maior notícia a sair sobre o casamento real.

Meu segundo pensamento é que sua mãe vai matá-lo a sangue-frio.

Ao seu lado,ele escuta Nick murmurar devagar:

— Puta que pariu.

Eu noto vagamente que essa é a primeira vez que ouço o príncipe dizer um palavrão, antes de o flash de uma câmera disparar.

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Oii gente

Edit1: Desculpa,eu tô viciada em meme de One Directon 👉👈

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Edit1: Desculpa,eu tô viciada em meme de One Directon 👉👈

Quem é vivo sempre aparece né
Então eu resolvi aparecer
Não tô 100%,mais resolvi voltar

E vou continuar a fic
Quem amou?

Me desculpem pelo sumiço
Até o próximo

Att: A autora

Na realezaOnde histórias criam vida. Descubra agora