Capítulo 11

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Não revisado.

Me remexi desconfortável na cama, estava tão frio. Minha pele estava arrepiada e congelando diante da temperatura baixa. Eu me encolhi em posição fetal, em uma busca desenfreada por calor. Eu daria qualquer coisa para estar nas terras quentes de verão. Mas naquele momento eu só conseguia pensar no meu cobertor gigante de várias camadas.

O que troços aconteceu com o meu cobertor enorme?

Eu me virei no colchão buscando por algum alívio do meu frio, mas infelizmente eu apenas pude dar de cara com mais frio congelante. Eu conseguia ouvir as fortes rajadas de vento do lado de fora, provavelmente uma tempestade, mas elas pareciam tão próximas que eu quase abrir os olhos para averiguar sua proveniência.

Eu não conseguir conter os gemidos e a respiração profunda de saírem altas demais.

Eu pude ouvi outro suspiro mais alto. –Olhe só para você – eu conhecia aquela voz? Seu tom grosso e gentil me trazia a lembrança outra pessoa. De repente eu estava bem acordada. –Deixou sua coberta cair, assim você vai congelar até a morte – eu me virei para vê–lo e ali, tão lindo e perfeito, estava alguém que eu jamais havia visto em toda a minha vida.

Ele tinha os cabelos brancos presos em um rabo de cavalo, uma barba rala no rosto e seus olhos eram vermelhos, profundos e cheios de mistério. Eu o queria perto de mim, tanto quanto tinha medo de sua aproximação, eu não entendi meus sentimentos, e apesar de sua voz me lembrar Ezra, ele não parecia nenhum pouco com ele.

Eu engoli em seco quando o vi se aproximar, ele andou ao redor da cama juntando minha manta. Uma manta feita especialmente de pele de animal, era tão grande e parecia realmente esquentar bem. Mas aquele não era o meu cobertor de dezessete camadas.

Eu percebi tarde demais que estava provavelmente dentro de alguma caverna. Havia luz ali dentro, mas ela era fornecida por uma bola branca acima das nossas cabeças, as paredes de pedra eram de fato uma proteção tão boa quanto paredes de tijolos, mas não tão eficientes se você pensar na entrada de ar enorme que não pode ser fechada. Eu prendi a respiração quando ele me alcançou, segurando a manta nas mãos.

Seus passos leves pareciam cuidadosos por não me assustar. Ele me cobriu com aquilo, se sentando ao meu lado no momento seguinte. –Você parece assustada – sua mão passeou pelo meu rosto bem devagar e carinhosamente, mas eu agora olhava sua boca, que ao falar, havia exposto as presas afiadas que tinha. Eu não sabia o que dizer, ou como agir perante a forma como ele estava me tratando. Ele talvez tivesse me perdoado por ter tentado fugir, mas agora dentro daquela caverna, eu não pude deixar de ficar com medo, pensar nas formas que ele usaria para me matar, eram sentimentos muito diferentes os que habitavam me mim.

Sua voz era tão parecida com a de Ezra, mas ao ver seu rosto tão próximo, ele parecia mais velho, tinha características animalescas, mas não deixava de ser bonito. –Você vai me matar? – ousei perguntar.

–Aloá querida ... mas é claro que não – ele se mexeu se inclinando para próximo do meu rosto. –Eu jamais machucaria você – eu engoli em seco quando me dei conta de que ele estava tão próximo. Sua mão acariciou meu rosto mais uma vez. Seu olhar parecia verdadeiramente fascinado. –Quando nossos filhotes nascerem, eu prometo que vou deixar você sair para brincar por aí – como é? Filhotes? Eu pisquei algumas vezes me sentido enjoada, eu estava grávida dele? Tipo, eu nem conhecia ele. Ou conhecia?

Não, definitivamente não.

Eu senti quando sua mão desceu para o meu ventre, onde ele acariciou levemente, ainda me olhando fixamente. Zoe, não pira, respira amada, respira. Eu não queria contesta as coisas que ele achava que sabia, porque eu certamente não estava grávida. Eu saberia, me lembraria.

Cetro de Gelo - O Canto do Lobo BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora