*Dulce Maria*
Comecei a caminhar pelo meio da sala, apanhando cada peça de roupa feminina que estava jogada no chão. Andei lentamente pelo corredor até chegar a porta do meu quarto onde aquele desgraçado estava. Do lado de fora eu conseguia ouvir aqueles malditos sons.
— Que bonito, hein? — gritei ao abrir a porta do quarto.
Pablo saiu imediatamente de cima da vagabunda com a qual estava transando. Os dois me encararam com a cara de quem não estava entendendo nada do que estava acontecendo.
— Dulce, eu posso explicar. Não é o que você está pensando, meu amor. — tentou chegar perto de mim ainda sem roupa.
— Tinha que ser logo na minha cama, Pablo? — o encarei incrédula. — Eu ouvi falar que Nova York tem motéis maravilhosos!
— Amor, se acalma e deixa eu explicar. — levantou as mãos em forma de rendição.
— Não quero explicação, Pablo! O que a gente tinha acabou! — ele chegou mais perto e agarrou meus braços.
— Amor, não faz isso comigo, por favor. — caiu de joelhos no chão. A única coisa que fiz foi dar um chute bem na sua parte mais sensível, fazendo ele rolar no chão sentindo a dor.
— Você ficou louca? — me encarou. Eu não respondi nada, deixei somente as minhas ações falarem por mim.
Vi uma garrafa de vodka seca jogada no chão, fui até ela e peguei. Talvez o que eu estava prestes a fazer me deixasse arrependida no dia seguinte, mas eu tinha que fazer aquilo. Em um momento de raiva peguei a garrafa e taquei bem no topo de sua cabeça, onde começou a sangrar na mesma hora. Olhei para a vagabunda que me encarava espantada e não pude acreditar. Era Muriel.
— Você? — fui até ela e a puxei pelos cabelos jogando-a no chão. Fiquei por cima dela e dei vários socos em seu rosto, só para deixar bem claro para ela que nunca mais deve se meter com uma Saviñón. — Vá embora daqui! — ela saiu correndo imediatamente sem olhar para trás e muito menos se preocupou em pegar suas roupas.
Voltei o meu olhar para Pablo que estava ainda jogado no chão, com as duas mãos tentando estancar o sangue do corte em sua cabeça. Fui até a cozinha e peguei um vidro de álcool sobre a prateleira, voltei para o quarto, me ajoelhei perto dele e olhei dentro de seus olhos.
— Deixa eu cuidar desse machucado. — ele sorriu de lado sem imaginar o que estava prestes a acontecer. Despejei mais da metade do líquido em seu corte, a única coisa que consegui ouvir foi seu grito que quase me deixou surda. — O que houve, meu amor? Está doendo? Calma, já vai passar. — acariciei sua bochecha e novamente derramei o líquido em seu corte, mas dessa vez fui um pouco mais lenta, tentando fazê-lo sofrer ao máximo. Ele me encarou e tentou se levantar mas estava muito tonto para isso.
Me levantei de onde estava e estendi a mão para ajudá-lo a sair do chão. Ele não aceitou minha ajuda e se levantou sozinho com muita dificuldade. Me encarou uma última vez e se abaixou para pegar suas roupas, mas eu não iria deixar ele sair assim tão fácil.
— Vai ser assim então? Vai me obrigar a sair pelado pelas ruas? — cruzou os braços. Eu dei de ombros para que ele entendesse que eu não estava dando a mínima. — Ok! — falou e foi até o banheiro, pegou uma toalha e enrolou em sua cintura. Depois disso saiu pela porta.
Eu peguei sua mala jogada perto da cama, abri e tirei todas as roupas de dentro. Olhei através da janela e lá estava ele recebendo o olhar estranho de uma multidão que o encarava na rua.
— Pensei um pouco melhor no seu caso, e decidi que não quero nada que me lembre você dentro dessa casa! — falei alto para que ele escutasse. Peguei todas as suas peças de roupa e joguei no meio da rua. Ele me encarou pasmo pelo meu comportamento, e pra falar a verdade eu não dava a mínima. — Faça bom proveito com as suas vagabundas, meu amor!
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Pressentimento
Fanfiction+18 | Christopher Von Uckermann é dono de um dos maiores hospitais da cidade de Nova York. Com seus 28 anos e uma linda família, se sente totalmente realizado tanto financeiramente quanto emocionalmente. Casado com Fernanda Saviñón e esperando seu p...