*Christopher*
Acordei com a luz do sol sendo emanada em todo o quarto. A noite passada tinha sido tão agitada que eu até havia esquecido de fechar as cortinas. Flashs de memória invadiram a minha mente, a recordação de ver Dulce cavalgar em mim fez todo o meu corpo arrepiar.
Olhei para o meu peito e a vi em seu sono profundo, tão profundo quanto o que eu sentia por ela. Eu não conseguia explicar em palavras o que eu estava sentindo naquele momento. Sei que já disse isso milhares de vezes, mas Dulce era incrivelmente maravilhosa. Não só como se comportava em uma cama ou como sabia extamente como me proporcionar prazer ao extremo, mas ela era um ser humano incrível, e tinha uma beleza que ia mais além do que sua beleza corporal.
Acariciei sua bochecha e ela soltou um sorriso fraco. Seus olhos ainda estavam cerrados. Me aproximei de seu rosto e beijei seus lábios suavemente.
— Bom dia, meu amor. — sussurrei sobre sua boca.
— Bom dia. — abriu os olhos devagar. Seu olhar tinha um brilho diferente, algo lindo de se ver.
— Você me deu uma noite maravilhosa ontem. — toquei seu nariz com a ponta do dedo. — Eu te amo.
— Eu também te amo. Muito, muito, muito. — ela veio mais para perto e subiu em meu colo. — Quer café da manhã? — insinuou passando a mão por seu corpo nu.
— Sim, por favor. — troquei de posição e fiquei por cima dela. — Amor, a gente vai fazer sem camisinha de novo?
— Eu tomo anticoncepcional, não tem perigo de engravidar. — sorriu sugestiva. — Pode atacar seu café da manhã sem preocupação.
[...]
A manhã havia começado da melhor forma possível. Por mais que eu tenha insistido para Ducle continuar no quarto comigo, ela preferiu fazer o café da manhã para Helô que ainda dormia no quarto de Vitória.
Aquela menininha estava cativando o meu coração a cada dia mais. Dulce tinha razão quando dizia que Heloísa era uma garota adorável. Era triste que uma menina tão pequena estivesse sozinha no mundo.
Depois que eu e Dulce tomamos café da manhã, agradecemos a mãe de Anahi por cuidar das crianças enquanto nós estávamos fora. Lucas estava morrendo de preguiça, mas mesmo assim foi obrigado a levantar da cama. Helô não estava em uma situação diferente, pelos seus olhos eu tinha certeza que eles haviam passado a noite jogando videogame. Vitória nem me fale, acordou estressada, qualquer coisa começava a chorar.
— Calminha, meu amor. — eu balançada minha filha enquanto Dulce colocava o cinto de segurança nas outras crianças. — Onde está o ursinho dela?
— Acho que eu esqueci em cima da cama. Eu vou lá pegar pra você. — Dulce falou.
— Não precisa, amor, eu vou. — sorri e caminhei de volta para casa.
A colcha da cama ainda estava bagunçada, da mesma forma que nós deixamos quando nos levantamos. O ursinho rosa de Vitória realmente estava lá, junto com meu celular que eu havia esquecido. Peguei os dois objetos e caminhei lentamente para fora do quarto. Desci a barra de notificação do meu celular e me deparei com uma mensagem de Janet em meu direct.
"Oi, Chris. Sei que você não quer mais me ver, mas eu estou precisando muito de sua ajuda. Minha mãe está muito doente e o tratamento dela é muito caro, o meu trabalho na boate não é o suficiente para pagar. Por favor, me ajuda. Não peço dinheiro, eu só quero um trabalho com o pagamento melhor." — dizia a mensagem.
Por mais que eu e Janet não tivéssemos dado certo, eu sabia que ela era uma pessoa boa, apesar das coisas horríveis que fez para mim e minha família no passado. Mas como diz aquele velho ditado, quem vive de passado é museu. Algo dentro de mim fazia eu querer ajudá-la, mas antes eu precisaria conversar com minha namorada.
Antes de ir para o orfanato, nós passamos na delegacia e fizemos um boletim de ocorrência contra a cuidadora do orfanato, afinal, Dulce e eu não deixaríamos aquela mulher sair impune dessa história. O delegado afirmou que iria tomar todas as medidas necessárias para tirá-la do lar das crianças.
— Bom dia, senhores. — fomos cumprimentados por Lúcia, a diretora do orfanato. — Como foi a festa ontem?
— Boa. — Dulce respondeu somente.
— Que bom. — a mulher falou um pouco constrangida com a forma de Dulce se portar. — Então...?
— Heloísa me disse que uma de suas cuidadoras a agrediu. — Lúcia arregalou os olhos, pelo visto ela não sabia daquilo. — Quero deixar bem claro que a escravatura já passou faz muitos anos, e na sociedade atual existem leis, e elas são bem severas por sinal.
— Eu sinto muito, senhorita. Eu não fui informada sobre isso. — ela colocou a mão sobre o peito. — Você pode me dizer o nome dessa cuidadora?
— Paola. — eu respondi. — Nós acabamos de fazer um BO contra essa diaba, em poucas horas ela estará dando o próprio depoimento para o delegado.
— Mas... vocês deviam... — gaguejou. — Vocês deviam ter me informado antes. Afinal, a criança pode está mentindo ou ter aumentado um pouco a história.
— Você ousa dizer que aquela criança está mentindo? — Dulce se irritou. — Será que você não é capaz de se colocar no lugar dela? Heloísa é apenas uma criança de seis anos, ela foi agredida por ter o cabelo cacheado.
— Acalme-se, senhorita. — a mulher falou calmamente.
— Não, senhora, eu não vou me acalmar. — dessa vez eu tive que segurar um dos braços de Dulce. — Ou você dar um jeito de colocar cuidadoras qualificadas para cuidar dessas crianças, ou eu serei obrigada a processar esse orfanato e colocá-las em outro. — Dulce cuspiu as palavras na cara da mulher.
— Está bem, senhorita. Eu realmente sinto muito pelo ocorrido, eu não gostaria que tivesse chegado a esse ponto. Prometo que isso não irá acontecer novamente.
— Não, isso realmente não irá acontecer novamente. — sorriu de lado. — Cuidado com os carros na rua, senhora. — Dulce mandou um beijinho na ar e saiu sendo acompanhada por mim.
— Amor, você acabou de ameaçar ela? — perguntei quando nos afastamos da sala.
— Não, só dei o meu recado. — deu de ombros. — E eu não sei dirigir muito bem, vai que acontece alguma coisa.
— Você está me assustando assim. — parei bruscamente.
— Eu estou brincando, gatinho. Eu só coloquei um pouco de medo nela, assim ela não deixará aquilo acontecer novamente. — ela me deu um selinho rápido.
Nós fomos até onde Heloísa estava, Vitória dormia tranquilamente em seus braços. Nos despedimos dela e prometemos visitá-la o mais rápido possível, ela sorriu triste e nos abraçou. Eu não queria deixá-la daquela forma, Deus sabe que eu não queria.
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Notas do autor:
Está chegando o dia que essa família irá aumentar ♡
Vocês irão passar pano pra Janet???
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Pressentimento
Fanfiction+18 | Christopher Von Uckermann é dono de um dos maiores hospitais da cidade de Nova York. Com seus 28 anos e uma linda família, se sente totalmente realizado tanto financeiramente quanto emocionalmente. Casado com Fernanda Saviñón e esperando seu p...