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Neste capítulo vocês irão saber um pouco mais sobre a infância de Dulce e Fernanda, e o motivo pelo qual as duas se tratavam como inimigas.
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*Dulce Maria*

Afastei Christopher deixando ele o mais longe possível. Ele tentou chegar perto de mim novamente algumas vezes, mas em todas eu o empurrei. Por mais que eu quisesse e sentisse uma enorme necessidade de continuar aquele ato, eu não poderia agir de uma forma tão má com Christopher. Desviei o meu olhar para a televisão onde passava uma filmagem do casamento de Christopher e Fernanda, onde os dois estavam felizes, trocando beijos e abraços.

Presumi que Christopher estava com saudade de Fernanda e carente por nunca mais ter ficado com nenhuma mulher, assim como eu também estava carente. Passei as mãos em meu rosto até decidir o que eu deveria fazer. Vitória era uma recém nascida, uma criança de colo e não poderia ficar sob a supervisão de um homem completamente bêbado. O melhor a se fazer naquela hora seria ficar e tentar cuidar dos dois.

— Vem Christopher. Você está precisando de um banho urgentemente. — tentei puxá-lo pela mão até a escada, mas parecia que seus pés estavam presos no chão. — Vamos, Christopher, por favor. — pedi.

— Eu não preciso de um banho, Fernanda. Eu preciso de você! — tentou me agarrar e eu o afastei novamente. — Eu te amo, meu amor.

— Eu não sou a Fernanda, Christopher. Sou eu, a Dulce, lembra? — ele me encarou durante alguns segundos e em fim aceitou me acompanhar. Caminhamos lado a lado até chegar na porta de seu quarto. — Toma um banho, troca de roupa e tenta dormir um pouco. Eu vou preparar um café pra você e ver se Vitória continua dormindo. — ele assentiu e eu saí de dentro do quarto.

Antes de descer as escadas eu fui até o quarto de Vitória comprovar que ela ainda estava em seu sono e sim, meu bebezinho estava dormindo como um anjo. Já na cozinha, preparei um café sem açúcar e bem forte, Christopher estava precisando muito por conta de seu estado. Voltei para o quarto segurando a xícara de café em uma bandeja, Christopher já estava deitado sobre a cama.

— Trouxe seu café. — falei chamando sua atenção. — Isto vai ajudar você a melhorar.

— Eu não estou doente, Dulce. — me encarou. — Por que você ainda tenta me ajudar?

— Christopher... — sussurrei colocando a bandeja sobre a cômoda. — Por que você está dizendo isso?

— Você é um anjo! Essa é a única explicação plausível. Desde que você colocou seus pés em Nova York você tem me ajudado, ficou ao meu lado durante o momento mais difícil da minha vida, por qual motivo? Por que você continua me ajudando, Dulce? - me encarou esperando uma resposta. Pela primeira vez na vida eu me vi sem saber o que falar.

— É.. eu, eu já falei sobre o meu propósito de vida, Christopher. — gaguejei devido ao nervosismo. — Eu gosto de ajudar as pessoas, gosto de incentivá-las a continuarem seus caminhos.

— Só por isso? — me encarou. Não consegui conter a expressão confusa em meu rosto. — Esse é o único motivo, Dulce?

— Eu também estou aqui por causa de Vitória. Ela também precisa de mim. — forcei um sorriso. — Por que você está me perguntando essas coisas, Christopher?

— Por nada. — deu de ombros. Christopher pegou a xícara de café e virou todo o líquido em sua boca, sem se importar com o quão quente o café estava. — Desculpa pelo que aconteceu na sala hoje. Eu acho que acabei bebendo além do que o meu organismo aguenta, e acabei misturando um pouco as coisas.

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