*Dulce Maria*
Christopher dirigiu pelo centro da cidade de Nova York até chegarmos em um parque de diversões, onde estacionamos e caminhamos até a entrada do local. Todas as pessoas pareciam felizes, algumas se divertindo nos brinquedos, outras comendo algodão doce sentadas nos bancos da praça.
— O que nós estamos fazendo aqui, Christopher? — perguntei assim que ele parou e observou o local.
— Nos divertindo. — sorriu e começamos a caminhar até uma banca onde vendia as tão famosas "maçãs do amor". — Duas por favor. — falou para a vendedora.
— No México não existe parques de diversão tão grandes como esse. — falei boquiaberta, com meus olhos atentos observando cada detalhe daquele lugar maravilhoso. — Tudo é tão... iluminado.
— Sim, essa cidade fica muito mais linda durante a noite. — me encarou.
— Aqui, senhores. — a vendedora entregou as duas maçãs para nós. — Vocês formam um casal muito lindo, sabiam?
— Não, não. Nós não somos um casal, senhora. — falei sentindo o meu rosto esquentar, podia até apostar que meu rosto estava da mesma cor da maça que estava em minha mão.
— Mesmo assim. — ela sorriu. Christopher pagou a humilde senhora e nós continuamos em nosso caminho até uma das mesas que havia ali.
— Meu pai me trazia aqui quando eu era pequeno. — ele levantou o olhar para a roda gigante parecendo lembrar de algo. — Nosso sonho era construir montanhas russas assim como naquele desenho animado chamado "Phineas e Ferb". — sorriu.
— Você nunca me contou muitas coisas sobre os seus pais. — coloquei minha mão sobre a sua e encarei seus olhos. — Eu estou pronta para te ouvir se você se sentir a vontade para contar.
— Dulce sendo Dulce. — sorriu e acariciou minha mão com o polegar. — Meus pais morreram em um acidente de carro, eu acho que já havia dito isso pra você. — parou de falar e engoliu seco. — Eu estava no carro com eles, nós estávamos cantando as músicas do Michael Jackson, ele era o nosso cantor favorito. — passou a mão em seu próprio rosto. — Mas daí tudo aconteceu, e isso foi culpa minha.
— Por que você diz isso, Christopher? — segurei sua mão mais forte.
— Eu escolhi a hora errada para dizer a eles que eu não queria assumir o meu cargo no hospital. — uma lágrima solitária escorreu por seu rosto, mas eu fui mais rápida e a enxuguei antes que sumisse. — Eu amo ser médico, não existe palavras para descrever o quanto essa profissão me faz feliz. Mas eu nunca quis tomar conta de uma empresa, nunca quis mandar em ninguém, nunca quis ter meu nome associado a isso tudo, entende? — olhou dentro dos meus olhos. — Os dois começaram uma briga dentro do carro, eles não viram que um caminhão tinha parado bem na nossa frente e nós acabamos batendo em cheio na traseira do veículo. Eu acordei duas semanas depois no hospital, e recebi a triste noticia de que meus pais haviam morrido.
— Mas isso não foi culpa sua, Christopher. — acariciei seu rosto. — Foi simplesimplesmente uma obra do destino. E olha pelo lado positivo das coisas, hoje você comanda aquele hospital como ninguém, conseguiu suportar tudo isso e ainda colocou o nome do hospital entre os três melhores da cidade de Nova York, e ainda entre os dez melhores do país.
— É, talvez você tenha razão. Mas eu ainda me sinto culpado por tudo o que aconteceu. — abaixou o olhar.
— Ei. — ele levantou o olhar e me encarou com os olhos cheios de lágrimas. — Eu te adimiro muito, sabia? Mesmo com tudo isso, você está seguindo em frente. Bem que eu queria conseguir fazer isso.
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Pressentimento
Fanfiction+18 | Christopher Von Uckermann é dono de um dos maiores hospitais da cidade de Nova York. Com seus 28 anos e uma linda família, se sente totalmente realizado tanto financeiramente quanto emocionalmente. Casado com Fernanda Saviñón e esperando seu p...