ALLYRIA
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Estou tentando pensar em algo.
Estou fazendo bastante preces para que algo se ilumine em minha mente e eu consiga ter uma ideia de como ajudar Lorcan a fugir. Mesmo que eu tenha perdido a fé nos deuses. Ainda tenho fé em Lorcan.
Sei que ele precisa ir para fora do castelo. Ele precisa ir até o penhasco para que consiga fugir voando no seu novo amiguinho. Para isso, ele precisa estar sem correntes e ter um bom motivo para ser mandado lá para fora.
Não consigo ter nenhuma ideia. Nunca fui muito boa em ter ideias que não favorecesse a mim, que não me dê-se alguma diversão.
Uma forma de conseguir bebidas grátis? De conseguir ser convidada para uma festa? De conseguir desconto em alguma roupa bonita, joias ou maquiagens? De conquistar alguém que não é fácil chamar atenção? De conseguir fugir das aulas? Até arrumar uma desculpa para não voltar para casa? Consigo pensar em muitas. Eu sou muito boa nisso.
Ter ideias para ajudar alguém? É muito complicado. Ainda mais quando você está presa e ela também. Mas estou tentando. Não desisto facilmente.
Mesmo quando estou tentando meditar — uma coisa que aprendo com minha melhor amiga para aliviar os pensamentos —, e algo fica me puxando para o corpo, para os olhos, para ver o que Ela está fazendo.
Das vezes que conseguir ver, ela estava andando por uma floresta, atrás de uma das suas criaturas, estava no seu quarto do castelo, olhando pela janela como se estivesse recordando de algo, e estava conversando com Terlock, que estava planejando viajar para Zikhelyr.
Prestei mais atenção quando ela se encontrou com Terlock e conseguir pegar uma parte da conversa. Parece que os governantes de Zikhelyr não sabem de que lado ficar mesmo tendo uma ótima proposta para ter ainda mais poder. Eles são ambiciosos, mas ambiciosos que sabem que conseguem ficar mais poderosos sozinhos, não precisam de ajuda. Terlock está arrumando um jeito de convencê-los para ter o exército de Zikhelyr ao seu lado, agora que Hemort e Likajhi são aliados e está rolando um boato sobre um governante de Phyzank.
Fiquei confusa e ainda mais curiosa para saber sobre esse governante de Phyzank. Como ele podia existir se Phyzank é inabitável a séculos? De onde ele veio? O que exatamente está fazendo? Por que e o que as pessoas estão falando dele?
Mas então lembrei que tenho que ajudar Lorcan e voltei a focar nisso.
Como levá-lo para fora? Como fazer alguém tirar as correntes dele? Ela não vai fazer isso.
Tenho medo de pedir para ela libertá-lo, dizer que vou fazer tudo o que ela quiser, mas ela acabar matando ele. Pior, matando ele dentro do castelo e, assim, Lorcan não terá a chance de fugir.
Sei que ele não vai conseguir convencer nenhum criado a ajudá-lo. Eles tem medo demais dela para tentar.
Eu estava prestes a chorar de frustração quando novamente fui puxada para os olhos.
Não entendo porque isso está acontecendo.
Não tenho nenhuma vontade de ver o que ela está fazendo e dúvido que ela queira que eu veja.
Alik está entrando na sala do trono assim que começo a compartilhar os olhos com ela. Não vejo Lorcan, ele não está aqui. Ela deve ter levado ele para outro lugar. Não fico preocupado porque, se ela estivesse fazendo algo ruim com ele, eu saberia. Só espero que ele realmente esteja bem, na medida do possível para quem está preso.
Ouço-a resmungar de desgosto com a presença de Alik. Ótimo, eu também teria feito isso assim que visse esse desgraçado.
— Minha divina rainha. — ele para perto do trono e faz uma reverência exagerada, quase colando a testa no chão. — Me chamou?
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Vingança Divina
FantasyVol. 3 da trilogia "Ascensão dos Reinos" As barreiras caíram. O mal invadiu o mundo. Eles continuam atrás de uma forma de sobreviver, se unem para lutar e se ajudar, enquanto a Primeira Mulher começa sua vingança. Ela está disposta a...