Behind the scenes ( Madison e Charlie)

Capitulo 2- Avião de papel

[...] Eu hein, oq tem de gato e gostoso tem de mal educado. Me sentei e fiquei quieta estudando meu texto até que...

Madison's PoV

SOU ATINGIDA POR UM AVIÃO DE PAPEL!!!

Isso mesmo, um avião de papel me atinge em cheio na cabeça. Preparo meu melhor olhar raivoso e o lanço em direção ao senhor-gato-gostoso-mal-educado.

Porém, quando meus olhos encontram os seus, me deparo com o sorriso mais lindo que já vi na vida. E toda a raiva vai embora quando ele começa a gesticular, me dizendo para abrir o papel e ler o que estava escrito.

Abro e... bem a letra não é aquilo que se diga "nossa, que letra linda", mas acho que consigo entender o que está escrito...

Charlie's PoV

Numa escala de azar de 0 a 10, em que 0 é sorte profunda e 10 é azar total, em que posição você colocaria um cara que perde a voz faltando uma semana para uma audição que pode mudar a vida dele? Pois é, esse cara sou eu.

Flashback on:
Acordei sem voz hoje. Estou ensaiando à exaustão desde o dia em que recebi a ligação da equipe de Elenco da série Julie and the phantoms da Netflix dizendo que fui convocado para a audição presencial e... bem, parece que a minha voz resolveu se cansar de mim e me abandonar justo agora, quando mais preciso dela.

Mandei mensagem para o Dr. Gallagher, meu otorrinoligoli..., otarriniolori... O médico que trata de garganta! E agora estou em seu consultório, ouvindo atentamente cada recomendação dele:

-E o mais importante, Charlie, silêncio total por duas semanas! Suas cordas vocais precisam descansar pois você as forçou muito este mês.

~Duas semanas? Mas a audição é daqui a uma. Porque isso só acontece comigo?~

Pego um papel e começo a escrever dizendo que tenho uma audição importante na outra semana. O Dr. Gallagher então, liga para a equipe e explica minha situação. Por sorte, (obrigado Deus!) a audição é apenas instrumental ou seja, não terei que cantar.

Flashback off

Saio de meus pensamentos quando Amanda, secretária de Kenny, que me trouxe até a sala em que estou agora, chega acompanhada de uma menina negra, baixa, de cabelos castanhos cacheados.

Céus, como ela é bonita!

A garota começa a andar em minha direção.

~Não puxa assunto, não puxa assunto... ela puxa.~

-Oi, sou a Madison. Tudo bem?

Só consigo olhar para ela de cima para baixo, e tenho a leve impressão que ela me achou rude por isso. Então tive uma ideia, começo a escrever numa folha de caderno:

"Oi Madison, sou o Charlie, prazer em conhecer você. Não estou falando porque estou em descanso vocal e estou proibido de cantar ou falar por duas semanas. Desculpa se parecia rude ou mal educado, não foi minha intenção."

Então faço um avião e jogo nela, que me olha no mesmo momento. Então, sorrio para ela e faço sinais para ela abrir e ler.

Ela obedece e toma um susto ao abrir. Talvez por causa da minha letra que é feia demais para um homem adulto ( N/A: quem pegou?). Ela força os olhos, claramente tentando entender o que escrevi, mas logo depois irrompe em uma gargalhada. A mais gostosa que já ouvi e diz:

-Meu Deus Charlie, coitado de você! Eu realmente te achei rude, desculpa.

Então começamos a conversar, do nosso jeito(com bilhetinhos), mas conversamos muito, e foi uma das melhores conversas que já tive na vida. Foi como se já nos conhecêssemos há anos e não há apenas alguns minutos.

Descobri que ela tem 18 anos, é descendente de costa-riquenhos, fala espanhol fluentemente por causa da descendência e que este é o seu primeiro teste para um trabalho profissional. E que ela canta e toca piano desde pequena.

De mim, ela descobriu que tenho 22 anos, sou canadense e sei falar francês, já fiz alguns trabalhos na TV e toco vários instrumentos. Temos muito em comum! Algo me diz que vou gostar muito de trabalhar com ela.

Estávamos no auge da conversa, falando de assuntos aleatórios quando a porta se abre novamente e dois caras: um loiro e um moreno entram na sala...

E aí, gostaram da primeira interação do nosso casal? Pq eu amei. Tadinho do Charlie, a Madison achando que ele era mal educado e o bichinho só não podia falar.
Continua...