Capítulo 56

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Pov Gizelly

Quem a Ivy pensa que é pra me proibir das coisas? Sou bem grandinha, ela conseguiu me tirar do sério, depois de cheirar fui até a mesa só pra pegar meu troféu.

Dei três passos pra fora da porta da saída e ouvi um homem chamar pelo meu nome, virei e vi que era o Guilherme, que não esperou um minuto pra começar a me ofender

- Olha ela aí, a sapatão que rouba mulher dos outros

Ele estava visivelmente bêbado

- Sabe porque a Fernanda te seduziu? Porque ela só queria o seu dinheiro

Ele ria alto. Algumas pessoas saiam do salão pra ver o que estava acontecendo.

- Guilherme não fala besteiras

Tentei caminhar mais ele se aproximou de mim pegando forte em meu braço, nesse momento um segurança do evento se aproximou de nós dois pedindo pra que ele me soltasse.

Guilherme sacou uma arma apontando pra mim

- Se acha a gostosona? Ela mentiu, a mãe dela não tem doença nenhuma, sabe aquele dinheiro que você mandava toda semana? Era pra nós dois curtir, gastávamos horrores no motel com o seu dinheiro

Eu estava imóvel, assustada com a atitude dele, mais também não ia ficar calada

- Cara eu não ligo pra dinheiro, dava com a intenção de ajudar o próximo, agora se vocês agiram de má fé quem vai prestar contas com Deus são vocês dois

Ao olhar pro lado vi o acompanhante da Rafaella segurando ela.

Pov Rafaella

Saímos do banheiro encontrando com a Ivy e a Marcela quase correndo pra fora, parei elas

- Gente o que tá acontecendo?

- A Gizelly (Ivy disse afobada)

Acompanhei as meninas até a porta, meu coração quase saiu pela boca ao ver um homem apontando uma arma pra Gizelly

Dei alguns passos em direção a Gizelly mais o Pedro que já estava por ali me segurou.

Pela conversa deles o homem era o ex namorado da Fernanda

Minhas pernas estavam bambas, meu coração batia a mil por hora, por mais que eu quisesse gritar minha voz não saia.

Todos em volta estavam espantados com a cena a nossa frente, mais ninguém tinha coragem de fazer nada. Ivy e a Marcela estavam desesperadas pedindo calma pro homem.

- Já escreveu seu testamento? Porque de hoje você não passa sua vagabunda (O homem disse)

- Tá esperando o que pra atirar seu covarde (Gizelly disse)

A Gizelly também não estava ajudando, ao invés de calar a boca

- Mais é claro que vou atirar em você, a Fernanda não quer ficar comigo, mais com você ela também não vai ficar (O homem disse)

- Eu não tenho culpa se você não consegue satisfazer uma mulher (Gizelly disse)

Ela ficar provocando ele não ia dá certo

Ele foi caminhando pra mais perto dela, meu desespero bateu, tentava sair dos braços do Pedro.

- Atira seu filho da puta (Gizelly disse)

- Com maior prazer (O homem disse)

- ATIRA LOGO (Gizelly gritou)

Ouvi dois disparos

Pov Gizelly

Eu já estava perdendo a paciência com o Guilherme, cheio de ameaças mais atirar que é bom nada. Eu não me importaria de morrer ali naquele momento não, minha vida não estava lá grandes coisas, o que me mantinha viva eu já tinha perdido mesmo, que era o amor da Rafaella.

Vi como ela estava agitada tentando sair dos braços do seu acompanhante, só rezava pra ele não soltar ela.

Encorajei ele a atirar e foi o que ele fez, no primeiro disparo senti meu braço queimar com o impacto da bala, o segundo tiro foi na minha barriga, a única coisa que ouvi antes de cair no chão e apagar foi o grito da Rafaella dizendo 'NÃO'

Pov Rafaella

Assim que o homem atirou ele saiu correndo. Ver a minha Gizelly ali imóvel cheia de sangue me deu forças pra sair dos braços do Pedro, ajoelhei perto do seu corpo dando tapas na cara dela, eu já chorava igual uma louca

- Acorda Gizelly, Pelo amor de Deus meu amor

Manu se aproximou tentando me acalmar, o que foi em vão.
Começei a sacudir seus ombros, ela tinha que abri os olhos

- Eu te perdôo Love, mais acorda, não me deixa

Ouvi baralho de sirenes e em seguida o Pedro me tirando de perto dela.

Rapidamente colocaram ela em uma maca e a ambulância saiu as pressas.

Abraçei a Manu

- Ela se foi Manu

Sentia as mãos da minha amiga fazendo carinho em minhas costas

- Ela tá respirando Rafa, fica calma, ela vai ficar bem

- Ela não abriu os olhos, eu a perdi pra sempre

Manu segurou meu rosto, pelos seus olhos também caiam algumas lágrimas

- Você não pode ficar assim, ela precisa de você bem, vamos lá dentro tomar uma água

- Não quero água, me leva pro hospital

- Rafa escuta, vamos entrar, você vai se acalmar, depois vou te levar em casa pra você trocar sua roupa que sujou de sangue e só depois a gente vai pro hospital.

As lágrimas insistiam em descer descontroladamente

- Como você disse, ela precisa de mim, por favor Manu me leva agora

- A Ivy e a Marcela foram seguindo a ambulância, elas estão no meu carro, daqui a pouco a gente vai tá lá com elas

Pelo jeito não ia adiantar discutir, então antes de ir pro hospital passamos na minha casa pra eu me trocar.

A Ivy e a Marcela se encontravam na sala de espera do hospital, ver as duas sentadas chorando com as cabeças baixas eu só imaginava que o pior tinha acontecido

- Como ela está?

- Está em cirurgia Rafa (Ivy disse)

- E pode ser que ela não aguente, a bala está alojada no pulmão (Marcela disse)

Isso não poderia tá acontecendo. Senti minhas pernas fraquejarem e só não cai porque a Manu me segurou.

Sentada ali na sala de espera um filme passava pela minha cabeça, ela me fazia feliz, era ela que bagunçava meu mundo da melhor forma possível, me fazia sentir todos os tipos de sentimentos, do ódio ao amor.
Eu não estava pronta pra perdê-la, não dessa forma.

Não estávamos juntas nos últimos meses, mais eu sabia que ela estava em algum lugar respirando, eu sabia que se eu entrasse em suas redes sociais eu iria ver uma foto dela postada recentemente, ou se eu passasse pela porta da sua loja ela estaria ali.
Eu não estava preparada pra dar um último adeus ao amor da minha vida...

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