Capítulo 15 - Escolhas

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Cadê meu troféu? Só acho que mereço um por ter conseguido parar aquele beijo. Se Gizelly beber mais uma vez e decidir me beijar de novo, não respondo por mim. Vou até a cozinha beber uma água por meu corpo parece que correu uma maratona e minha cabeça parece que sai de uma bateria de testes.

Minha insônia iria fazer a festa hoje, começo a pensar em tudo que sei que não vou conseguir parar de pensar. Gizelly aceita me conhecer de novo, aí me beija no fim da noite, que beijo, pera onde estava mesmo? me conhecer de novo, Enzo estava numa clinica de reabilitação por uso de drogas e quase morreu de overdose. Olhares estranhos do Daniel, que até onde eu lembrava não tinha feita nada contra, mas essa perdia de longe pro Enzo e Gizelly.

Manhã de sábado chega e por não ter que acordar cedo, consigo descansar mais, Gizelly e Enzo não saindo da minha cabeça, tenho quase certeza que sonhei com eles mas como sempre não lembro meus sonho. 

Saio da cama com metade de mim tentando não criar expectativas com Gizelly, pois de novo me beijou após ter bebido, e outra era a terrível culpa que crescia dentro de mim, pois não conseguia para de pensar de que se eu estivesse aqui será que não conseguiria ter tirado Enzo dessa vida?

Preciso  focar em uma coisa de cada vez, e bem, uma delas estava logo aqui do outro lado da parede. Tento achar uma pessoa que consiga falar comigo sem dar bronca, alguém que só me passasse os fatos, olho minha agenda tentando ver alguém, passo pra cima pra baixo, e não me decido, jogo o celular no sofá e ando em direção a porta.

-------- Gizelly POV ----------

- Prometo ligar depois Mariana, mas quero ficar em casa - Digo pela milésima vez, Mariana já estava sentindo que tinha algo erado comigo mas não podia conversar com ela sem antes me entender comigo mesma. - Olha, tem alguém batendo aqui na porta, vou desligar, Beijo - Digo já desligando sabendo que ela ia reclamar. 

Estranho baterem na porta já que qualquer pessoa tem que passar pelo porteiro e chamar no interfone. Hoje em dia ninguém aparece sem avisar, não demoro a chegar a conclusão que só pode ser a Marcela, e entro em pânico lembrando do beijo que dei nela, gelo no caminho até a porta, mais batidas e agora a ouço chamando meu nome. Não consigo me mover, nem responder sua chamada, olho o espaço em baixo da porta e vejo a sombra de seus pés se afastando, e ouço quando a porta do apartamento ao lado se fecha. 

Ando de costas até a parede mais próxima e deixo meu corpo cair no chão, ficando sentada de costas para parede, me sentindo a adulta mais infantil e burra da face da Terra. Tenho total noção de que estou mandando sinais opostos pra ela, mas é assim que estou me sentindo, quando estou com ela, esqueço tudo que passei e só quero ficar com ela, mas assim que me afasto dela todo drama, toda dor volta com força total.

A porta não se abriu de novo então sei que ela está em casa, provavelmente achando que me arrependo do beijo. Eu não devo nenhuma explicação a ela, ela nunca me deu nenhuma.

------- Flashback ---------

- Isso já tá mais que ridículo Gizelly - Mariana diz abaixando a tela do meu notebook tão rápido que acho que pode ter quebrado, mas não importa, nada importa.

- Não tem sentido Mariana, não pode ser - Começo a chorar, já virou rotina, choro manhã, tarde, noite, acredito que até nos sonhos estou chorando.

- Já se passaram três meses Gi, TRÊS! - Mariana diz segurando meu rosto, não olho em seus olhos - Ela não vai responder, ela não tem respondido ninguém, nem a Jossi ela manda mensagem direito, apenas a mão de joinha. Ela é a mãe dela! Gi, nem a mãe dela tem tido noticias.

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