Notas do AutorQuando a fala é em inglês tem **
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Não sei para onde olhar, fico que nem bola de sinuca com meu olhos indo da Marcela, pro grupo, pro cara que entrou e está parado, com uma cara séria. Marcela agora se virava de volta para mesa e respirava fundo, sabia que ela estava se controlando para não explodir, minha vez de apoiar.
Coloco minha mão sobre seu ombro e me aproximo de seu ouvido.
- Não estou entendendo nada, mas se quiser sair daqui, é só falar. - Falo o mais calma que consigo apesar de estar morrendo de curiosidade, sei que Marcela não está de brincadeira, ela está realmente puta com alguma coisa que envolve aquele cara, e pelo receio dele em se aproximar da mesa, sejá lá o que for, é recíproco.
Marcela concorda de leve, levanta e me puxa pela mão sem falar uma palavra, olho rapidamente para mesa, e vejo a frustração de todos, mas Marcela deixou nossas coisas lá o que quer dizer que não pensa em ir embora. Sou puxada até a escada pela qual subimos e o cara tinha acabado de passar, ela passa por ele como uma bala, esbarra nele, acho que de propósito, e passar reto mas o cara segura seu braço, o da mão que não está me segurando.
Era como se eu conseguisse ver lasers saindo dos olhos de cada um.
- *Me solta se não, não respondo por mim.* - Marcela puxa seu braço de volta.
- *Não precisa disso tudo Marcela* - Entendi o porque dos apelidos, realmente esse nome não era para eles. - *Essas coisas acontecem.*
Marcela solta minha mão e não sei se pisquei ou se ela virou o flash por que em o que pareceu menos que um segundo, vejo o punho de Marcela acertando o queixo do cara que era consideravelmente mais alto que ela, arregalo os olhos e não espero o cara se recuperar do susto, agora sou eu que estou puxando Marcela para fora dali. Desço as escadas o mais rápido que consigo rezando para nenhum segurança vir tirar satisfação com a gente, passo pelas mesas que agora estão mais cheias até a entrada no bar onde poucas horas atrás estávamos pedindo desculpas.
- Tá, explica. - Digo, soltando seu braço e me virando para ela, com a cara séria.
- Aquele era o Paul. - Ela disse fazendo cara de dor, balançando a mão.
- Por que isso deveria explicar algo?
- Não me olha assim tá. - Ela faz um bico e eu a encaro ainda querendo pelo menos entender a situação.
- Marcela, você deu um soco na cara de um homem bem maior que você no meio de um restaurante, tô tentando não te chamar de maluca mas preciso entender.
- É o ex da Carol. - Ela diz se rendendo. - Olha, eu não ia perder o controle mas quando ele falou "essas coisas acontecem"? - Ela altera a voz e eu seguro seus ombros a acalmando. - Aí não aguentei, traição não "acontece" o cara não se sente nem um pouco culpado! Devia era ter dado mais socos, isso sim.
- Ia acabar se machucando sério e imagina se ele revida.
- Tudo bem, foi mal, já imaginava que ele poderia vir. - Ela revela sem olhar nos meus olhos.
- Por que não me falou?
- Sei lá Gi, sinceramente não sei o que o drama deles te interessa.
- Quando você decide dar um soco na cara do drama deles, me interessa sim. - Pego sua mão dolorida e faço um carinho. - Quer ir embora? - Ela parece pensar sobre minha proposta e responde meio receosa.
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Reconstruindo o AMOR
FanficMarcela Mc Gowan, dona de uma das mais badaladas galerias de Nova York, se vê pela primeira vez em anos perdida. Ao receber uma ligação de sua mãe avisando que seu pai faleceu, a artista se vê obrigada a voltar ao Brasil não só pelo enterro mas pela...