Capítulo 22 - Conversas de Bar

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Chego no prédio onde fica o escritório de Gizelly, um pouco antes das 19:00 horas, vejo uma placa na parede logo na entrada mostrando o que tinha em cada sala e andar. Percorro a lista de nomes até achar o dela, sorrio ao ver seu nome em letras douradas onde a maioria estava com adesivos brancos, o dela destacava. Me debato entre subir sem avisar ou mandar mensagem que cheguei, bem ela me chamou né, o que quer dizer que está me esperando, faltam 15 minutos para o horário que ela havia me dito. Olho em volta, não vejo nenhuma recepção ou restaurante para sentar, é está decidido, vou até o escritório.

Saio do elevador e acabo dando umas voltas até achar o escritório dela, passo a mão por cima do nome dela em alto relevo e me pego rindo de novo, exceto que acabo demorando mais do deveria e a porta se abre, por poucos segundos e um reflexo que eu não sabia que tinha minha mão não fica parada na cara de um estranho que agora está parado na minha frente, dou um passo pro lado com a cara mais vermelha que um pimentão e olhos arregalados, peço desculpas olhando pro chão, dando passagem.

Assim que o cara sai, olho para cara da Gizelly com um olhar pedindo desculpas, mas logo que fecho a porta atrás de mim, ela cai na gargalhada, faço birra por alguns segundos mas acabo rindo junto com ela.

- Me diz no que que você tava pensando hein? - Ela diz indo para trás de sua mesa de vidro.

- Sei lá, o seu nome tava brilhante na porta, quis tocar. - Digo dando de ombros.

- Parece criança, se vê com os olhos não com as mãos. - Ela revira os olhos e mexe nas gavetas. Ainda estou em pé mas sigo para mais perto da mesa, como ela não sentou, também não o farei.

- Mas tem coisas que parecem que foram feitas para serem vistas com as mãos. - Digo rápido, sem pensar e somente quando termino penso que talvez tenha soado como um flerte, oops. Gizelly me olha de cabeça baixa, estreitando os olhos, creio que tentando ver o que eu quis dizer, mas faço cara de paisagem olhando pra cima, e consigo ouvir quando da um riso abafado, fechando a gaveta logo em seguida. 

- Vamos? - Ela para perto da porta, pegando sua bolsa do cabideiro ao lado.

- Partiu. - Digo passando pela porta que ela abriu

- Que foi? - Ela pergunta me vendo pensativa, quero perguntar por que ela me chamou, não que eu não tenha adorado mas, por que não, Mariana? Ou sei lá, algum dos meninos, por que eu?

- Nada não. - Desconverso, ela nao acredita mas não pergunta de novo. - Onde é esse Pub?

- Na verdade, não sei. - faço cara de confusa enquanto ela me leva para uma outra porta no mesmo andar. Vejo que é de um advogado mas não tenho tempo de ler, com ela já a abrindo.

- Pronto? - A ouço dizer mas nao vejo a pessoa, porém sei pelos passos quem vem em direção a porta.

- Já nasci pronto. - Um homem sai de trás da porta, a trancando, e consigo ler o nome, que presumo ser dele. Mas fico quieta, ele me vê ali e olha para Gizelly que logo nos apresenta confirmo minha hipótese. 

Depois de esperar mais algumas pessoas, partimos para o tal Pub que aparentemente é logo ali na esquina, como um outro advogado falou, estou num grupo de 5 pessoas, eu, Gi, o henrique - advogado da primeira porta, mais um advogado e uma psicóloga, todos do mesmo andar, mas os nomes já sei que nao vou conseguiur lembrar, pelo menos as profissões acho que consigo. Sigo com eles até a entrada do prédio onde mais umas 3 pessoas esperam, as conversas são bem aleatórias, a maioria sobre seus respectivos clientes e histórias dos mesmos, sigo quieta sempre perto da Gizelly que vejo não está totalmente confortável mas também não excluida, de vez em quando ela me da um sorriso e sorrio de volta, nao tô nem aí que tem outras 6 estranhos com a gente, estou feliz por ela ter me chamado, nada vai estragar isso.

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