Capítulo 37 - Domingo

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Um som distante de celular vibrando me acorda, antes mesmo de abrir os olhos já sei que estou com um sorriso no rosto, sinto o braço de Gizelly sobre minha barriga e sua respiração em meu pescoço. Não quero acordá-la mas sei que preciso levantar, ainda tenho algumas coisas para organizar antes de resolver tudo para amanhã.

Me dou o direito de ficar olhando seu rosto calmo enquanto dormia por mais alguns minutos antes de começar a tentar me levantar sem acordar a arquiteta. Ela se mexe de leve, eu paro, ela para, volto a me movimentar, como reflexo ela me aperta mais ainda, esquentando mais ainda meu coração, dou um beijo em sua testa e me mexo mais um pouco, consigo sair da cama, ela se enrosca no edredom.

Coloco um moletom que estava no armário por cima da minha camiseta, pego meu notebook do trabalho na minha mochila e o levo para sala. Passo os olhos por alguns e-mails vendo se acho o que procuro, e fico feliz em ver que recebi muito mais do que esperava, tinha combinado com Guilherme de ver isso mas as coisas estavam saindo melhor do que planejado. Respondo os que preciso e começo a preparar um café.

- Que cheiro bom. - Gizelly surge por trás do balcão, olho por cima dos meus ombros rapidamente com cuidado para não queimar as panquecas, não costumo fazer elas mas queria tentar algo especial. - Achei que não soubesse fazer nada.

- Essa é uma das poucas coisas que sei, quase o misto quente daqui, mas ainda sim não se surpreenda se eu queimar alguma. - Ela começa a rir e dá a volta pelo balcão vindo de encontro a mim. Não quero me descuidar com o fogão então dou um selinho bem rápido e ela ri mais ainda.

- Vai, deixa que eu termino isso aí. - Ela tenta me empurrar para ter espaço mas finco meu pé, e não me movo.

- Não eu vou fazer, vai lá descansar.

- Acabei de acordar Marcela. - Ela pula e senta no balcão atrás de mim.

- Para de ficar olhando. - Tento tapar as panquecas com o meu corpo mas a sinto olhando pelas minhas costas.

Consigo terminar a última panqueca, a coloco sobre as outras no prato colocado estrategicamente o mais próximo possível do fogão e me viro para Gizelly que se prepara para descer do balcão mas eu a impeço segurando suas coxas. Pareceu entender o que eu queria bem rápido porque logo se inclinou e me beijou.

Não nos deixamos levar, não temos pressa, mas logo ouço seu estômago roncar e começamos a rir.

- Está uma delícia. - Diz Gizelly colocando mais mel nas panquecas em seu prato.

- Até uma criança consegue fazer panquecas Gi. - Digo rindo. - Termina aí, se arruma para gente sair.

- Posso saber onde vamos hoje? - Ela pergunta ao pegar o último pedaço de panqueca do seu prato.

- Estátua da Liberdade. - Não consigo não rir ao ver seus olhos iluminando e um dos maiores sorrisos que já vi em seu rosto, e farei o que puder para vê-lo mais vezes.

--------------- Gizelly POV -----------------

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