Capítulo 11 - Visita Inesperada

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Alguns minutos antes

- Tá tudo bem aí?? - Ouço um homem batendo em minha porta, um pouco depois de eu cair feio da escada tentando pendurar um quadro. Ainda estava no chão me recuperando, e imagino que o barulho tenha mesmo sido grande para o vizinho escutar, tirando Gizelly que mora ao meu lado, e o de baixo, o outros teriam tido mais dificuldade em ouvir. Faço uma força com o braço pra dar impulso e sair do chão, e vou devagar até a porta, olho no olho mágico antes de abrir e vejo que é o Lucas, abro a porta e falo que está tudo bem. Mas sei que minha cara não engana ninguém, até por que doeu um pouco e aposto que demostrava isso.

- Você não parece bem - confirmo minha teoria

- Tranquilo, eu tava tentando botar um quadro na parede mas acabei caindo da escada, mas nada demais não. - Digo já fazendo menção de fechar a porta mas ele se apressa e me impede

- Posso te ajudar a colocar o quadro se quiser. - Analiso a proposta, e decido que não há mal nisso então abro mais a porta dando passagem a ele.

O moreno passa dando um pequeno sorriso e vai em direção a escada, que para ele não será necessária, ele a pega e apoia na parede. Fecho a porta e chego mais perto tentando mostrar a leve marca que fui capaz de fazer com o prego na parede, mostrando onde quero o quadro.

Ele pega o prego e o martelo do chão e em poucas marteladas fica tudo pronto, peço muito que ele não seja a arrogante e solta piadinha machista, não suporto elas.

- Esse chão é escorregadio, não é boa ideia usar escada, ou então coloca um tapete em baixo. - Ele oferece um sorriso amigo e me surpreendo, ta bem não esperava por essa.

- Faz sentido, já pendurei quadros antes sem cair. Quer uma água? - Educação sempre, o sorriso dele aumenta e ele concorda. Vou até a cozinha e ponho um copo d'água pra ele, levando logo em seguida. Quando chego na sala vejo ele analisando a estante da TV.

- Ótima escolha - Ele diz e apenas sorrio

- Aqui - Lhe entrego o copo, ele agradece e toma um gole, não sei o que falar, não tenho assunto. Mas ele parece ter bastante

- O que te trouxe pra SP? - Ele começa e bem, to sozinha mesmo, nada pra fazer, por que não tentar bater um  papo.

- O que te faz achar que não sou daqui? - Vejo que o peguei de surpresa

- É que - ele coça a cabeça - Você não parece daqui, sei lá, o jeito talvez, não sei explicar - Acho que ele ficou sem graça e começo a rir

- Cresci aqui, me mudei e voltei agora - Nao precisava falar mais que isso. Ele assente com a cabeça.

- Nunca sai de Sao Paulo - Ele diz depois de mais um gole, acabo indo até a varanda, estava muito abafado na sala. Olho pra escola e depois ao redor. - Adoro a cidade - Ele vem logo depois, e ficamos apoiados na sacada, com uma certa distancia que pra mim está ótima. Ele era bonito, não há como negar, alto cabelos castanhos, corpo sarado arrumadinho, tradicional homem que provavelmente tem  qualquer mulher aos seus pes, sempre evito esses tipos. Mas ainda não esqueci a reação com Gizelly, tem coisa ali e quero saber o que é mas não sou burra, não vou me envolver com ele pra isso, vai que eles se odeiam, ou já saíram, qualquer cenário que penso me faz chegar a conclusão de que ficar com ele daria merda.

- Sempre gostei também, mas tem muito lugares bonitos por ai. - Ele toma isso como sinal e se aproxima, fico atenta.

- Onde você estava morando antes de voltar? - Ele pergunta interessado, penso um pouco se respondo ou não mas não tenho motivos para mentir, não é segredo, sou breve.

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