Nenhuma Certeza

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Espero que gostem e boa leitura.

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Will fitava o moreno sem saber o que falar.

--Por que vocês não vão conversar lá fora? –incentivou a mulher, percebendo que nenhum dos dois ia tomar a iniciativa.

--N-não...

--Levante já essa bunda daí e vá William Solace, antes que eu até chute lá pra fora. –ordenou a mulher com uma feição totalmente contraria ao que Nico estava acostumado.

--M-mais...—Will parecia prestes a chorar.

--Ou você conta, ou eu conto. –e pronto aquilo foi a sentença final.

~...~...~

Era uma linda visão, por ter chovido a pouco tempo as rosas brancas ficaram levemente molhadas. Lhes dando um aspecto delicado e até mesmo um tanto mórbido.

--Então, não vai abrir o bico? –perguntou o Di Angelo cruzando os braços e fitando o loiro que observava o labirinto de rosas, que era o jardim dali.

--Esse...esse jardim era da avó da Sophy. –iniciou lentamente. Nico encarou o loiro que acariciava uma das pétalas da rosa branca. –A velhota amava rosas.

O moreno franziu o cenho confuso.

--Quando eu fui para sua casa, fazia um mês do falecimento dela. –sussurrou dolorido. Imerso em lembranças. – A velhota sempre dizia "Não sabemos quando vamos morrer meu querido, hoje pode ser seu último dia e o que você fez da sua vida?" O engraçado é que ela mesma respondia. –completou ele com um sorriso nostálgico no rosto. – "Pois é, nada. Então levanta esse rabo daí e vai rodar a bolsinha com a Sophy, vai."

A risada do loiro preencheu o ambiente, até mesmo Nico não conseguiu segurar um breve sorriso.

--Ela parece ter sido muito legal.

--Sim. Ela realmente foi–concordou. O loiro começou a caminhar em direção ao centro do labirinto. – Quando voltei para a agencia descobri que estava sendo perseguido, fazia alguns dias que estava recebendo cartas que pareciam feitas por um psicopata...

--Cartas? –Will apenas assentiu. –Eu não percebi. –disse Nico um tanto confuso. –Quando...

--Você estava muito distraído com a sua sobrinha e Bianca. Fora que eu não queria que soubesse...—Will parecia tomar folego para o que quer que fosse contar. –Mais na última semana que faltava para encerrar o contrato, recebi uma ligação do Thomas.

O moreno franziu o cenho parando em frente a arvore que havia no centro, algo voava, era branco...era uma arvore de algodão! E era belíssima, mais o que chamava a atenção estava aos pés da arvore, um tumulo.

--Quem...

--Esse é o tumulo da avó da Sophy, Mariana Sanderson...antes conhecida como Janessa.

--Ela trocou de nome? –perguntou Nico, nada daquilo faz sentido.

--Sim, ela não queria nada daquela família...

--Eu não estou entendendo, o que isso tudo tem a ver com o fato de você está mentindo pra mim?

--Nada, estou apenas enrolando. Por que sei que nada justifica toda essa merda que estou fazendo você passar. –falou o loiro um tanto amargo.

Nico fitou os olhos opacos do loiro, as safiras estavam apagadas, e aquilo lhe deu um estranho aperto no peito.

--O que houve Will? E espero que dessa vez você me conte a verdade, sem enrolação. –ordenou o baixinho cruzando os braços.

--Após eu sair da sua casa, a empresa do meu amigo recebeu um processo. De acordo com o advogado havia acontecido uma quebra no contrato, houve um envolvimento físico o que não é permitido. Thomas me ligou uma semana antes pra falar da confusão.

Era Apenas Uma BrincadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora