Amar

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Se um dia eu pudesse ver

Meu passado inteiro

E fizesse parar de chover

Nos primeiros erros

Meu corpo viraria sol

Minha mente viraria ar

Mas só chove, chove

Chove, chove

Ele sentia-se sozinho, por mais que estivesse cercado de pessoas. Encarou o teto branco de seu quarto, esquecer de memórias tão cruciais...só podia ser coisa sua mesmo. O loiro se depreciava, já eram cinco horas da manhã de acordo com o relógio perto de sua cama, mais não sentia o mínimo sinal de sono. Estava acordado a um bom tempo, pensando em tudo que perdeu.

--Bom Dia. –disse a enfermeira entrando com seu café da manhã. –Acordado a essa hora?

--Não consegui dormir muito bem. –esclareceu, vendo ela depositar o suco e o prato com pães na mesa ao lado da cama.

--Vamos tomar um banho? –a mulher lhe ajudou a levantar, apesar da cabeça enfaixada, apenas o braço permanecia na tala.

--É o jeito. –ela riu do rosto emburrado do garoto.

--Você me lembra meu filho, sabia? Meu rapazinho. –disse alegre, ajeitando tudo para o banho.

--É mesmo? Qual o nome dele? –perguntou enquanto mancava até o pequeno banheiro localizado no canto do quarto.

--Victor, está cursando dança. –confirmou alegre, era possível ver a felicidade no rosto da mulher o orgulho que tinha do filho. Seus pais sentiam orgulho de si? Ele sentia orgulho de si mesmo...?

... ... ...

--E ae moribundo. –a fala da amiga lhe chamou atenção assim que a porta se abriu. Sophy passou por ela mancando um pouco, logo sendo seguida pela pequena garotinha que tinha conseguido conquistar seu coração em apenas quatro dias. –Trouxe uma visita.

Will sorriu para a garotinha que se aproximava da sua cama de forma cautelosa, talvez envergonhada, ela trazia um unicórnio de pelúcia nas mãos.

--Oi Will...—falou ela com um sorriso mínimo nos lábios.

--Como está pequena? –perguntou carinhoso, seu coração sempre esquentava quando olhava para aqueles olhinhos brilhantes.

--Bem. –respondeu acanhada. Sophy suspirou fitando a conversa dos dois.

--Ela veio sozinha? –Will questionou pegando a pequena e colocando-a deitada ao seu lado. Onde estava o moreno baixinho que sempre vinha com ela?

--Não. –a morena fitou bem o rosto do amigo. –Léo a trouxe, Nico disse que não ia aparecer por um tempo.

--Por quê?...—questionou confuso. Ele gostava da companhia do moreno, seu coração ficava mais calmo quando ele estava a seu lado.

Sophia fitou o amigo com a sobrancelha arqueada, curiosa e até mesmo divertida.

--Ele está resolvendo uns assuntos da faculdade. —esclareceu ela e no exato momento o Mizuke rompeu pela porta, trazendo uma pequena bolsa e uma sacola com livros.

Era Apenas Uma BrincadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora