Capitulo 81 | Por onde eu começo?

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Babi on

Babi: Pode começar. - digo me sentando na cadeira observando o Luke, Alessandro é o Leonardo que estava atrás da cadeira do Sr Carlos.

Atrás de mim estava o Arthur, o Victor de braços cruzados, a Carol estava com um copo de suco de laranja em uma mão e no outro estava segurando um misto quente. Ela nem queria vir, mas o Arthur trouxe ela pra cá.

Sr Carlos: por onde eu começo? - Ele diz colocando os seus cotovelos em cima da mesa.

Babi: pelo começo seria bem legal. - digo vendo um sorriso se formar no canto da sua boca.

Alessandro: seguranças novos senhora Passos? - ele pergunta é eu levo a minha atenção até ele.

Sr Carlos: calado Alessandro, eu lembro de ter escutado você falando que se eu deixasse você ficar aqui, você ficaria calado. Então cumpra com o que me prometeu.

Arthur: otário. - ele diz baixo é ri.

Sr Carlos: Bárbara, eu sou seu pai é avô ao mesmo tempo. Eu sei que é confuso mas eu vou te explicar. - ele diz é eu só assisto com a cabeça. - eu sou pai da sua mãe.

Babi: minha mãe sempre me disse que o pai dela tinha morrido em um acidente de carro.

Sr Carlos: a sua mãe está errada, eu realmente sofri um acidente de carro mas eu não cheguei a falecer. - ele diz olhando para os seus dedos. - continuando, a sua mãe quando era pequena ela sempre teve um sonho de ser mãe é queria ter uma filha. Quando ela engravidou pela primeira vez, ela acreditava que iria vir uma menina, mas descobrimos que era um menino, hoje ele se chama Breno se eu não me engano.

Babi: é Breno sim. - digo confirmado a sua dúvida.

Sr Carlos; certo então, aí depois de um bom tempo sua mãe decidiu engravidar de novo, é dessa vez ela tinha certeza absoluta que viria uma menina mas depois de um bom tempo ela tinha descoberto que era o Bruno. A sua mãe já tinha perdido todas as esperanças de ter uma filha menina. É nesse meio tempo que a minha esposa estava grávida e esperávamos uma menina. Sem nem pensar duas vezes, a minha esposa decidiu que iria dar o bebê para a sua filha, no caso a sua mãe. A sua mãe ficou tão feliz que pagou tudo, as consultas absolutamente tudo. - ele respirou fundo. - quando você chegou ao mundo, a primeira pessoa que pegou você foi eu. Você era tão pequenina que eu tinha muito medo de te derrubar. Aquele dia sempre vai ficar marcado como o melhor dia da minha vida. As enfermeiras cuidaram de você e levou você para onde ficam os bebês recém-nascidos. Quando passou mais ou menos 2 ou 3 dias, entregamos você para a sua mãe. Mas no nosso pensamento achávamos que ela ficaria por perto dá a gente para podermos manter o contato com você.

Carol: isso não é ilegal?

Sr Carlos; eu e a minha esposa conversamos com o juiz e falamos para ele que como eu e ela não estava mais na idade de cuidar de crianças.

Carol: desculpa por perguntar, mas quantos anos o senhor tem?

Sr Carlos: 75 anos. - Ele diz fazendo o Victor e a Carol arregalar os olhos.

Carol: meu deus, o senhor aparenta ter uns 60 é pouco, não 75.

Arthur; babs quantos anos você tem?

Babi: 21.

Arthur: 75 - 21 = 54. O senhor teve a Babi com 54 anos? Foi quantos anos para o fogo acabar? - ele pergunta cruzado os braços é o Sr Carlos ri.

Babi: Então vocês me deram para a sua filha?

Sr Carlos: sim, mas pensamos que manteríamos contato com você, mas eu e a minha esposa estávamos totalmente enganados. A sua mãe pegou você e os seus irmãos, o seu pai saiu do país sem avisar ninguém.

Isso era verdade, até os meus 14 anos eu fui criada em Nova York. Aí depois eu vim para o Brasil que dos 14 até o 21 fui criada aqui.

Arthur: porra a história da Babi parece até uma fanfic. - ele diz é sinto alguém se agachando do meu lado é alisa o meu braço.

Victor: vamos lá fora um pouco, você precisa digerir e entender tudo que o seu pai/avô falou. - ele pega na minha mão é eu seguro.

Me levantei da cadeira segurando a sua mão, o Victor falou que iríamos dar uma volta mas depois voltava. E eu não consegui dizer nada nem olhar para cara de ninguém.

Quando saímos da sala o Arthur é a Carol também se retira.

Alessandro: ih ala, onde ela vai os idiotas vão atrás. - ele comenta rindo é o Victor para de andar mas logo puxo a sua mão para voltamos andar sei lá pra onde.

Quando chegamos na grama, solto a mão do Victor e me jogo na grama, diferente de mim eles não deitaram é sim se sentaram na grama.

Ficamos um bom tempo em silêncio, provavelmente eles estavam respeitando o meu espaço.

Não adiantou nada, eu ainda continuo indecisa.

Babi: eu não sei o que fazer. - digo me sentando. - não sei em quem acreditar. O meu coração fala uma coisa, a minha mente fala outra coisa é a minha indecisão deixa mais na dúvida ainda.

Victor; o que o seu coração tá dizendo?

Babi pra eu confiar no Sr Carlos.

Carol: é o que a sua mente está dizendo?

Babi: que eu não deveria acreditar em ninguém. Sem querer ofender, mas essa história que ele falou parece uma fic. Fics não existem e não são reais. Então se não são reais, não aconteceram de verdade. - digo e faço uma careta. - ahh eu não sei o que fazer.

Me jogo na grama novamente e me sinto uma fracassada por não saber em quem acreditar. Na minha mãe que me criou ou no Sr Carlos que eu só conheço 2 meses?

Talvez fosse a melhor se eu estivesse a opção " fugir ", igual supostamente minha mãe fez quando eu nasci. É, essa seria a melhor opção.

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𝗔𝗠𝗜𝗭𝗔𝗗𝗘, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora