➢ 46: A Verdade Machuca

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Lalisa

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Lalisa

Primeiramente, o meu dia já não tinha começado muito bem.
Eu acordei tão assustada por causa do vizinho cretino que mal podia olhar em sua cara, praguejei o seu nome diversas vezes e no fim, ele só tinha sido gentil comigo.

Poucos minutos antes do almoço, eu adentrei no quarto para buscar o meu livro, porém, não o encontrei de imediato, o que havia me custado um bom tempo de procura.
Olhei por todos os cantos do quarto, tentei me lembrar aonde o deixei, mas era em vão.

O meu celular começou a tocar, o barulho do toque estava médio, ecoando de uma maneira confortável por todo o quarto.
O puxei do amparador e encarei o visor, era a Ji-Hyo.

— Olá — eu disse ao atender, a Ji-Hyo começou a empurrar palavras, ofegantes e nervosas —, Hyo... Está tudo bem?

Não, eu acho que não — ela se queixou. — Lali, eu tenho uma puta coisa séria para te contar.

Ela estava esmagando um papel, – desde a quinta série a Ji-Hyo tem a mania de amassar qualquer papel que ela ver pela frente enquanto está nervosa –, algo de muito grave deve estar realmente acontecendo.

— É algo relacionado a você? — Perguntei, afastando as blusas do vizinho, achei o meu livro. — O que houve?

Não... É sobre você e o... Bundão do seu namorado — ela disse, o seu tom de voz me assustou, o que fez o meu semblante voltar à forma de incrédulo. — Lalisa, é sério... Você precisa me ouvir.

— Ji-Hyo... Você não quer que eu chegue em casa antes? — Perguntei e logo escutei um grito do outro lado da linha.

Lalisa... Me desculpe o termo mas... — Ji-Hyo se interrompeu por breves segundos e logo continuou —, você não pode ser tão burra assim! O Se-Hun vai acabar com a sua reputação em Forth Worth, você precisa escutar tudo o que eu tenho a dizer.

— Ji-Hyo… — Eu puxei o ar e o soltei com intensidade, eu não consigo entender o que está acontecendo, a minha vontade é de desligar na cara dela e simplesmente voltar para a mesa mas… Eu não entendo, há um lado meu que está totalmente desconfiado e que precisa escutar as suas reclamações —, podemos conversar mais tarde? Eu te ligarei para escutar tudo, mas não consigo agora, preciso ir.

Claro, Lalisa — ela falou, o seu tom agora era totalmente calmo e irônico —, continue fugindo sempre que você tem uma oportunidade... Tantas vezes que eu já tentei te alertar sobre o que está acontecendo debaixo do teu nariz e você sempre ignora como uma completa mula. Quando uma merda do caralho acontecer, não faça o favor de culpar quem estava tentando te avisar!

E com as suas últimas palavras de raiva, ela desligou a chamada, e com as suas últimas palavras, me senti uma péssima amiga pelo resto das onze horas do dia.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora