➢ 55: 'Bem... Ele foi despedaçado'

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Lalisa

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Lalisa

— Como você conheceu essa autora? — Aquela noite estava sendo perfeita, Ji-Hyo estava trabalhando em seu plano cupido para me ajudar e ela estava me distraindo de uma maneira surpreendente.

Eu quase me esquecia por segundos tudo o que passei no último final de semana.
Eu não sei o que pensar.

— Influência por parte de amigos estrangeiros dos meus amigos, uma amiga minha tem uma amiga sul-americana e ela me apresentou o poema porque ficou abismada com a técnica. — Ji-Hyo respondeu, dobrando o papel e me entregando o mesmo. — Dê só uma lida no poema e me conte o que achou.

Eu comecei a ler os pequenos versos, pequenas linhas simples e… Linhas cortantes.

Franzi o cenho e quase gritei: — Ji-Hyo, eu quero um poema para reconquistar alguém, não afastar de vez essa pessoa.

Ela riu: — Lispector⁵⁹… — Oscilou a cabeça repetidamente e sorriu —…leia o poema de trás para frente agora.

E então, eu fiz o que ela pediu, neguei com a cabeça enquanto encarava ela sentada do outro lado da cama, me encarando com os seus grandes olhos castanhos.

Eu estaria mentindo se dissesse que não te amo mais. Era apenas uma linha do poema porém, dizia dúvidas e dúvidas sobre o que eu sentia.

— Eu não sei se ele irá interpretar isso bem — falei baixinho, devolvendo o papel novamente —, você não acha que eu escrevendo o meu próprio bilhete não é mais… sincero?

Eu encarei o meu antebraço, ele estava ainda um pouco arranhado, eu não... podia raciocinar corretamente.

— Lalisa? — Ji-Hyo me chamou, eu não dei ouvidos.

O que eu acabara de sofrer à tarde, essa tarde, esse mesmo dia, essa mesma tarde de segunda.

Ela passou a apontar a mão à frente de meus olhos: — Lisa? — Eu não a respondi. — Lalisa!

— Sim? — Olhei para ela, confusa e ela quase juntou as sobrancelhas em sinal de desapontamento.

— Você está pensando no que aconteceu há pouco, estou certa? — Ji-Hyo perguntou, deixando o papel dobrado na cama, ela abriu os braços e sorriu —, vem cá... vamos esquecer disso juntas, hm?

Eu me deixei cair em seus braços, como se ela fosse a irmã mais velha que me faltara todos esses anos, abracei a sua cintura e eu não sei o porquê, comecei a chorar.

— Oh não, não, não chore — ela me agarrou em um abraço apertado —, isso tudo acabou. O pesadelo terminou, você está livre agora, Lisa...

— Ele… podia ter… feito atrocidades comigo, Ji-Hyo — eu falei, diretamente e surpresa por estar tremendo, eu não consigo explicar se sinto alívio em saber que ele está atrás das grades mas, não consigo saber o que realmente sinto —, a maneira que ele estava possuído de ódio, eu nunca pensei que ele podia agir daquela maneira.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora