➢ 61: Quero Jogar Basquete

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Lalisa 

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Lalisa 

Os dias estavam passando, o tempo estava passando, eu não tenho a menor ideia de como isso aconteceu mas, aconteceu.

Não vejo o vizinho há duas semanas, estudamos na mesma universidade, moramos no mesmo bairro.

Moramos um ao lado do outro.
E não o vejo há tanto tempo.
Não tenho sinal de vida dele.
E isso me assusta muito.

Ji-Hyo me disse há pouco tempo que o único fator que poderia solucionar os meus problemas com o vizinho seria o tempo.

Mas… Isso não está acontecendo.
Duas semanas.
E nada.

Além desse intervalo, o ocorrido ainda percorre a minha mente. As cicatrizes externas já estão quase curadas porém, ainda me assusto ao lembrar de como e o que poderia acontecer naquela tarde.

— Bom dia, Lali. — Chanyeol me cumprimentou assim que eu abri a porta.

Estávamos frequentando à casa um do outro agora, isso é uma novidade desde os tempos da briga, desde o tempo da tragédia.

Ele mora em uma casa mais simples, no final da rua, se mudaram recentemente graças a um problema no qual Chanyeol não quis me contar.

É estranho mas acredito que ele irá me contar um dia.
Pode ser um motivo pessoal de seu pai, não posso pressionar. 

— Bom dia, Chany… — O mesmo depositou um beijo em minha testa antes que eu completasse a minha frase, eu soltei uma risada fraca e o deixei entrar.

— Está pronta para ir? — Chanyeol perguntou, abraçando sua mochila marrom clara.

— Calma, calma — eu ri — você já comeu? 

Ele riu.

— Bebi café — respondeu ele —, você está com a mesa lotada e não consegue comer, não é?

Empurrei a porta e começamos a caminhar na direção da mesa de jantar: — Eu não entendo o porquê de encher tanto uma mesa para apenas três pessoas. Mada nem sequer come conosco.

— Vou pegar um bagel e rechear de queijo — ele falou e deixou a mochila apoiada no braço da cadeira. — Lali, você respondeu ao questionário do professor Khalil?

Minha cabeça estava tão atolada em centenas de coisas que me esquecia até de minhas maiores prioridades.
A escola.

A razão pela qual sai de Forth Worth. 

— Não, eu… Eu me esqueci completamente dele — me sentei na cadeira e acariciei minha nuca, não tenho ideia de como estão meus resultados, meu pai está pagando a faculdade e eu nem consigo entender como raios ele ainda não reclamou comigo.

Eu sou uma mosca morta.
Não falo, não faço nada na frente dos alunos, não reajo na aula…
Se o meu pai souber – isso se ele já não souber –, estarei ferrada.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora