➢ 32: É só uma foto!

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> Lalisa

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> Lalisa.

Mais um dia calmo que poderia se transformar em estressante em frações de segundos.
Eu estava voltando para casa, às quatro da bendita quinta-feira, quando estranhamente, recebi uma ligação da minha própria mãe.

— Alô? — Acrescento assim que levei o aparelho à orelha, posicionei em meu ouvido e, surpreendente.

Olá, filha. Como você está? — O seu tom era calmo, ela estava compreensivelmente tranquila. — Desculpe não ligar ontem, o seu pai acabou nos levando para áreas sem sinal algum, perdão, filha.

Isso me parece um tanto estranho.

— Estou bem. A Alex e a vovó também estão bem. — Falando nelas... Preciso conversar com a vovó e mais, arrastar a Alex para o chuveiro. — Você precisa de algo?

O sol estava quente, o ar não estava tão abafado, as ruas estavam tranquilas e com pouco trânsito no tráfego.
Típica primavera.

Feliz aniversário, minha garota. — Ela disse, eu consigo imaginar um sorriso. A minha mãe não é tão fria e lânguida como o meu pai consegue ser. — O seu pai também manda comemorações e festividades para você.

— A senhora só pode estar brincando, não é? — Acabo soltando uma tosse fraca, limpei a garganta e percebi que não. — Por que ele mesmo não ligou?

Abelinha… O teu pai está ocupado… Agora mesmo, conseguimos sentar juntos para almoçar, porém, ele acabou saindo para assinar papéis. — Um fato fatídico de viver com um empresário. — Eu vou pedir para que ele ligue mais tarde.

Eu soltei uma risada forçada, sem querer que os meus olhos ficassem gelados e com vontade de chorar.

— Obrigada por ligar, mãe... — Por mais que fosse um tanto… Atrasado. — E não… Não precisa avisar ou pedir para que ele me chame, se ele está ocupado, eu não quero atrapalhar.

Voltaremos em breve — Foi a sua última mensagem. — Fique forte, vamos comemorar quando eu estiver de volta.

— Claro… Ao seu dispor. — Após a minha mensagem de ironia, ela desligou. Após isso, esfreguei levemente o meu celular contra o tecido da saia e o guardei, surpresa, disse num murmúrio para mim mesma: — Quando você quiser, mamãe... Nós podemos ir ao shopping.

***

O tempo marcado na minha tela de bloqueio era exato em cinco horas da tarde, a Alex estava saindo do banho e, para variar, enchendo a minha paciência com as suas insinuações desnecessárias.

— Você me acha muito forçada, Lisa? — Ouço a mesma perguntar assim que cruzou o quarto, novamente, apenas de toalha e com os cabelos ensopados.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora