➢ 59: Muralha Humana Gentil

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Lalisa

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Lalisa

Eu cheguei em casa chorando, mas eu não estava sentindo apenas tristeza.
O meu peito estava sentindo uma raiva incontrolável, inexplicável. 
Eu fui tão idiota em menos de uma semana, fui tão idiota por tanto tempo e mesmo assim, ainda não aprendi a lição. 

Eu nunca mais quero estar perto de qualquer coisa, pessoa, lembrança ou objeto que me lembre Oh Se-Hun.

Eu estava soluçando, e envergonhada, saí do táxi. 

O taxista havia me perguntado o que tinha ocorrido, e eu quase expliquei toda a merda para ele.
Por sorte, não o fiz.

Guardei tudo para que a Ji-Hyo escutasse. 

— Droga, eu estou com tanta raiva — falei, sozinha enquanto empurrava a porta de casa, eu só não continuei a praguejar porque a imagem de minha mãe falou mais alto do que tudo.

— Por que estava chorando, Lalisa? — Ela perguntou, o seu tom indiferente estava de volta ao normal.
Na verdade, ela não estava com um tom de indiferença.

Ela estava exasperando… exaustão?

Eu gaguejei por leves segundos e revirei os olhos, secando as lágrimas: — Hã… Eu estava fora e quando voltei para casa, totalmente distraída, acabei acertando a minha cabeça num tronco de árvore.

— E você está chorando por causa disso? — Seu cotovelo estava apoiado na almofada, ela estava com as pernas cruzadas e usava um terno cinza claro.
Ela provavelmente estava voltando do trabalho.

— O tronco era muito duro. — Respondi e soltei uma risada, é claro que ela não acreditaria mas, ela não revidou. 
Ajustei as alças de minha mochila e caminhei até sua direção, passos hesitantes, respiração entrecortada. 

Estou em um perfeito estado.
Só me faltava galhos e folhas no cabelo.

— Você e o papai acabaram de chegar? — Perguntei, eu estava pronta para sair dali a qualquer segundo. 

— Sim, mas seu pai saiu. — Ela disse, há algo de estranho, há algo totalmente estranho.

Acho que eu devo questionar… Ou é melhor apenas esquecer essa situação? 

Olhei em seus olhos, seu rosto estava demarcado por um pó de maquiagem caro, sombras douradas discretas e rímel equilibrado, mas nem um bom corretivo pôde ser capaz de esconder suas olheiras.

— Mãe… — Eu a chamei, eu não sabia como perguntar, apenas abracei o meu corpo e fui direta —…posso te perguntar uma coisa? 

— Pode — ela respondeu, sem olhar em minha direção. 

— O pai me falou que você sabia sobre toda a situação… que vocês sabiam na verdade, mas sempre esperaram por uma resposta de minha parte — falei, queimando os meus neurônios —, isso é verdade? 

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora