➢ 34: 'Por essa eu não esperava'

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> Lalisa

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> Lalisa

Eu queria decifrar o seu olhar, decifrá-lo era algo estressante.
Ele era intenso, o seu olhar era intenso e brilhante.
Já não posso classificar o seu brilho devido à iluminação incandescente das lâmpadas alaranjadas que iluminavam todas as mesas de madeira maciça pouco deterioradas.

Eu não podia negar que estava, realmente estreitando o meu olhar para entender, tive de questionar a mim mesma, o que raios ele pensava.
E por que ele guardava um sorriso em suas pupilas escuras?

Por qual motivo ele mantinha brilhos incandescentes nos olhos?

Eram muitas perguntas, que facilmente, foram interrompidas por Alex: — Eu não acho que eu esteja do lado de ninguém... Sou justa. — Ele soltou um sorriso. Se eu o conhecesse bem, poderia dizer que esse sorriso é fatal. — Ei... Tem alguém ainda comigo nessa mesa?

— Sim, Alex. — Ele respondeu, ele deixou de me encarar e o seu olhar se deslizou na direção da pequena de cabelos castanhos mesclados sentada ao meu lado. — Estamos todos aqui, ainda com você.

Eu balancei a minha cabeça, positivamente e negativamente, eu estava... Confusa, relativamente confusa, – não me pergunte como mas, sim, eu estava confusa –, era estranho.

A minha irmã parece ser fácil, qualquer um pode fazer ela abrir o coração.
Só que não.

E isso me assusta, isso me deixa confusa.
Em menos de dois dias, ele pôde conquistar o coração de minha avó e da minha irmã.

Isso me deixa… Aquecida.

Não sei explicar, apenas sinto… Apenas sinto que isso é familiar.
A versão da história que conheço, é que ele saiu de casa por culpa dos pais. Isso significa que ele não tem uma relação boa com eles e… Ao ver ele tratando a Alex daquela maneira, me deixou surpresa.

Até por quê... Ele não tem um semblante de amável e romântico.

Tudo bem, Lalisa. Você não deveria estar tentando estudar os estereótipos desse vizinho.

Merda!
Eu terei de viajar com ele no final de semana.

Por que sinto que isso não será algo bom?

***

— O hot-dog estava tão bom que eu nem sei explicar. — ouço a Alex dizer, puxando a porta traseira direita do SUV, enquanto acariciava a sua barriga. — Sério. Eu poderia dormir confortavelmente agora.

Eu dei a volta até apoiar a minha mão na maçaneta da porta dianteira esquerda: — Você não está com a barriga cheia demais para dormir agora? — antes que ela possa responder, eu implico: — Se você dormir, ninguém irá carregar você e você vai passar a noite no carro.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora