➢ 7: Um assalto esquisito.

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> Lalisa

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> Lalisa.

Era terça-feira, o primeiro dia no qual eu iria entregar os meus papéis à faculdade.
Eu estava terminando de abotoar a minha calça jeans, pensando em um milagre.

Eu tenho dezoito anos, é normal… Não soltar nenhuma lágrima ao lembrar do que ocorreu?

Ontem, eu e o meu pai saímos da loja de decoração para ambientes, a primeira coisa que ele me deixou comprar foi um quadro.

Um quadro emoldurado que carregava uma mensagem, – acredito que, se muitas pessoas olhassem para o meu pai e eu fazendo compras de decoração, iriam torcer o nariz por conta disso, muitos acham que o meu pai é uma pessoa soberba, com grande postura de altivez¹⁶, então, eu também iria estranhar –, "seja sempre feliz, não importa o que lhe aconteça".

Eu esperava um: "mudanças são comuns e são benefícios".

Mas não, além desse quadro e do outro quadro de figuras geométricas, ele também me comprou um espelho.

Um espelho de chão em forma arredondada, – não era brega, muito menos parecido com o espelho que a Cinderela tinha –, eu diria que era uma forma oval.

Eu estava encarando o meu reflexo no espelho, eu estava apresentável.
Uma camiseta sólida escura e jeans casuais… A minha bota escura estava combinando com a camiseta.

Acredito que estou bem.

Puxo a minha bolsa tiracolo que estava jogada na cama, a manhã estava pouco nublada por culpa da chuva anterior, percebo isso ao olhar a janela que iluminava o quarto, um pouco atrás da cama.

Quanta criatividade tem esses arquitetos.

Encaro a variação entre os ambientes da casa, e concluo que a frase "certos argumentos são irrefutáveis¹⁷", não há o que dizer sobre essa casa.

Sorrio comigo mesma e retiro o celular do carregador, o relógio marcava aproximadamente sete horas da manhã.

Ou seja, estou quase atrasada!

— Olá, mãe... — Eu falo, sozinha, eu achava que a minha mãe estaria na sala de jantar um pouco à frente da escada, tomando o seu "desjejum matinal", porém, ela não estava.

Que esquisito.

Me aproximo da mesa, vejo que havia uma jarra de suco, provavelmente de laranja, queijo fresco, pães, torradas e outros alimentos.

— Bom dia, srta. Manoban. — Assim que eu escutei essa voz desconhecida, pouco rouca, acabei soltando um grito de susto e quase cai na cadeira próxima à mesa. — Oh, desculpe se assustei a senhorita.

Olho para trás e vejo uma senhora de idade avançada à minha frente, ela estava usando um uniforme cinza e branco, ela era baixinha, de cabelos loiros e bastante claros.

My Neighbor, A Bastard | Lalisa Manoban  Onde histórias criam vida. Descubra agora