Capítulo 2 - Melhor sensação da minha vida

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POV Eda

12 horas se passaram, eu dormi 3, ao lado dele, em uma cadeira improvisada, era a única maneira em que eu conseguia me acalmar ao ponto de conseguir dormir.

Acordei com o barulho da chefe de plantão batendo na maca, tentando chamar minha atenção.

- Eda, vá para casa.

- Não. - Resmunguei. - Eu vou dobrar de novo.

- Eda você está há 36 horas aqui, sem folga, sabe que não posso te deixar fazer isso. - Ela olhou para o paciente. - Se dobrar, não vai conseguir ver ele acordar.

- Quero estar aqui quando isso acontecer. - Sussurrei, soando mais como um desabafo. Meu olhar foi para ele, meu corpo parecia entrar em sintonia com o dele, eu sentia uma necessidade de não deixá-lo, de protegê-lo, de não abandonar.

- Você, como chefe da UTI, sabe que não posso fazer isso. Efe prometeu não foi? Tire 12 horas de folga, e quando voltar ele estará acordado.

Cedi, me levantando da cadeira, indo em direção ao vestiário, tomar um banho e ir para casa. A chefe comemorou.

- Essa é a minha garota, te prometo que ninguém vai te roubar seu paciente?

- Mesmo? - Respondi

- Mesmo, mesmo.

Saímos do leito, ela estava com as mãos em meus ombros, como se me direciona-se para o vestiário. Parte de mim achava que ela pensava que eu iria fugir.

- Sabe, desde que ele chegou eu nunca peguei o nome dele. Tanta correria mulher.

Chegamos a porta do vestiário, ela sorriu, prestativa a minha dúvida.

- Serkan, Serkan Bolat.

Sorri em resposta, era um nome bonito.

Não vou mentir, a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi dormir. Meu corpo finalmente relaxou e eu consegui descansar. Nem nos meus plantões mais pesados eu me sentia assim, meu corpo todo estava tenso, eu estava ansiosa, era uma mistura de emocional com físico que é difícil explicar.

Sonhei que estava no hospital, rotina, rondas, limpezas, medicação, mas ao chegar ao leito 12, ele estava vazio. Ele tinha ido embora sem eu o conhecer. No sonho, Melo estava do meu lado, tentando me consolar.

- Dada, Dada....

Até perceber que ela estava me chamando para acordar.

- Dada, Dada! - Ela gritou quando abri os olhos.

Resmunguei virando o corpo para o outro lado.

- Dada, vai dormir o dia todo? A Tia Ayfer está preocupada

- E se for? Me deixe dormir. - Reclamei

- Não posso.

Virei meu corpo em sua direção com o olhar confuso.

- Vim com a missão de que precisava te acordar. - Melo olhou para a porta nervosa, depois olhou para mim. - Você sabe como ela é.

Levantei lentamente da cama e Melo comemorou.

Sim, eu sabia como minha tia era.

Quando cheguei na cozinha, percebi que tinha perdido o café da manhã e o almoço, eram 3 horas da tarde. Minha tia comemorou em um grito.

- Finalmente! A princesa acordou!

- Bom dia. - Falei sem graça.

Nós nos abraçamos, ela fez carinho em meus cabelos e sussurrou.

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